terça-feira, 17 de maio de 2011

ÁCAROS

ÁCAROS

Ácaros da traquéia. 

Os ácaros existem no meio ambiente, nas poeiras, nos detritos, um pouco por todo o lado, aliás é destes que eles se alimentam.
Quando as aves por qualquer motivo se cruzam com estes bichinhos, as coisas complicam-se.
O Sternostoma tracheacolum ( Ácaro da Asma–Fole-de-Canário ), Cytodites Nudus ( Ácaro dos Sacos Aéreos das Aves ), são só dois dos muitos, outros responsáveis por muitas dores de cabeça e desgostos de criadores e amadores que criam aves de gaiola ou ornamentais.
Primeiro instalam-se na boca afectando as vias aéreas. Nesta altura a ave sente-se incomodada e esfrega o bico nos poleiros e grades com vista a libertar-se destes, deixa de cantar, mas a ave come regularmente e está desperta.
Com o tempo os ácaros migram para a traqueia, o que torna a situação mais grave. A ave começa a ter irritação na traqueia e narinas manifestando um mau estar permanente por dificuldades respiratórias, dorme embolada (forma de bola) e respira com alguma dificuldade e tosse, passa a comer menos que o normal e as sua fezes começam a ser mais líquidas e esbranquiçadas.
Numa situação já muito grave os ácaros atingem os pulmões da ave contaminando todo o aparelho respiratório. Situação em que se pode já ouvir um ruído tipo assobio constante, durante o período noturno este ruído aumenta. A ave respira com muita dificuldade e mantém o bico aberto e espirra, esfrega a zona da traqueia e parte inferior do bico nos poleiros podendo mesmo provocar pequenas peladas (falta de penas) na zona descrita. A ave alimenta-se com muita dificuldade o que provoca a debilidade da mesma, as suas defesas caem o que a torna mais débil e frágil, facilitando o aparecimento de outras doenças. Como consequência da sua debilidade fica sujeita a apanhar novas bactérias e outros fungos. Estes problemas contribuem para o agravamento do seu estado de saúde e acaba com uma morte em agonia.
Como prevenir:
Devemos manter as aves longe de correntes de ar e vento, evitar o contacto com outro tipo de aves (galinhas, pombos, aves silvestres, aves da rua), evitar as poeiras no interior do local onde mantemos as aves (em vez de varrer o chão será melhor limpa-lo com um pano úmido), evitar sobre povoamento dos viveiros, manter o local bem arejado, limpar e desinfectar os viveiros com alguma regularidade, desinfectar os ninhos e viveiros depois de cada criação (substituir o forro dos ninhos bem como toda a matéria de construção), antes do início das criações usar anti-ácaros em pó ou outro para prevenir o seu aparecimento, sempre que possível utilizar comedouros fechados de modo a que as aves não defequem em cima das sementes( assim evitamos o alastramento da doenças) , soprar/limpar as sementes dos comedouros de modo a não acumular pó ou restos muito pequeninos, sempre que adquirir uma ave nova faça-lhe uma quarentena antes de a juntar ao seu plantel, comprar sementes o mais limpas possível e por fim, estar atento aos primeiros sinais (isso poderá fazer a diferença entre a vida ou morte da(s) ave(s)).
Tratamento:
Atenção.Os ácaros provocam outras infecções em todo o sistema respiratório, que por consequência levam a debilidade de outros  órgãos.
Devemos ler sempre as indicações e dosagem dos produtos antes de utilizar nos tratamentos, muitos destes produtos são tóxicos e quando mal utilizados podem esterilizar as aves ou mesmo matar.
Separar as aves infectadas.
Avaliar convenientemente o estado em que se encontra a ave ou aves (podendo recorrer a ajuda de um veterinário ou criador mais experiente) muito importante este passo.
Deve começar a dar logo de imediato um poli-vitamínio ( conjunto de várias vitaminas essenciais) uma boa escolha é a qualidade e diversidade nas vitaminas essenciais, para ajudar a ave a combater a falta de apetite e consequente fraqueza, estas ponderão ser ministradas na água ou nas sementes/papa.
Começar o tratamento a mais rápido que puder (não deixar progredir os ácaros), retirar nesta altura o gritez. O gritez contém substancias que dificultam o tratamento (minerais e carvão vegetal), usar uma mistura de semente mais rica e energéticas. Recorrer ao uso de  sementes cozidas ou  germinadas(ricas em ferro).
Durante o período de tratamento não se deve dar banho nas aves doentes.
Há produtos que utilizam as penas como meio de propagação do mesmo (ácaros externos)Arranjar um produto que contenha na sua composição “ivermectina”.
Produto recomendado por vários criadores
a “ivermectina” é de uso exclusivo para aves. Usado no combate a vários tipos de ácaros, vermes carídeos e nemetódeos gastritestinais é também muito eficaz no combate do piolho vermelho.No mercado das pet shops, veterinário e farmácias podemos encontrar alguns remédios/medicamentos para debelar este tipo de ácaros e suas consequenciais.
Das muitas coisas que li e consultei na net e não só os que vou descrever são os mais falados (fórum) bem como paginas onde as doenças das aves são abordadas.O “ ALLAX” da Jofadel, frasco de 5 ml é uma boa aposta. Pelas informações que li do produto pareceu-me bom. Atenção que eu nunca experimentei o “Allax” , estou a basear-me só no que li.Depois temos o “PULMOSAN” da Bogena, frasco de 10 ml, recomendado em muitos sites e forums para problemas de ácaros e sistema respiratório. Este, eu já experimentei e só tenho a reconhecer que é bom. Contudo tem um contra o seu preço.No Sitio do Curio, uma vez ao ano, apos  a muda,usa-se o Ivomec-Pour-On,como prevenção. Ao  indagarmos os preços devemos pensar quanto vale um bom pássaro ou o nosso pássaro preferido, para os criadores será mais fácil a sua compra, pois o produto poderá salvar muitas aves.
Logo o seu preço vale a pena.Devemos ter cuidado na  aplicação devido a ser um produto tóxico e forte.
Também temos o “FLORAMUCIL” da FLORA, produto francês que não é para combater os ácaros, mas sim para restaurar as capacidades respiratórias da ave, utilizando só um complemento de um antibiótico respiratório. Solução de carboxymethylcysteine e de essências vegetais aromatizadas.
A Orniex têm o “CORIZPEX” que é indicado para o controle de infecções respiratórias, gastro-intestinais e outros processos infecciosos das aves.
Como conclusão deste artigo, posso afirmar que haverá muitos outros produtos de outras marcas no mercado, uns melhores outros piores, o objectivo não é comparar produtos ou medicamentos mas sim tentar ajudar as pessoas com este tipo especifico de problema.
Este artigo têm como apoio literatura e imagens recolhidos na net.
Fonte: http://www.sitiodocurio.com.br/

terça-feira, 10 de maio de 2011

Ácaro knemidocoptes

Ácaro knemidocoptes

Causa sarna de bicos, penas, e pés.Vive sobre e sob a pele da ave, em galerias, promovendo coceira. Os ácaros penetram na pele do pássaro levantando-a. Com a evolução da doença a pele cai dando lugar a crostas esbranquiçadas, podendo, ainda criar feridas, pois o pássaro coça com muita freqüência a área atingida.
A contaminação por este ácaro é multifatorial, sendo que as principais são: umidade ambiental baixa, hipovitaminose A (deficiência de vitamina A) , deficiências nutricionais. O ácaro após infectar uma ave, pode ficar até dois anos, em forma latente (dormente), sem levar ao quadro clínico da doença. Causam lesões queretinizadas proliferativas (crostas) ao redor do bico, anus, pernas e pés.
Como profilaxia (prevenção): fazer quarentena e tratamento preventivo das aves,


Sintomas: O pássaro passa a se coçar seguidamente ficando irrequieto na gaiola. Com a evolução do quadro podemos observar escamações de peleao redor do bico, anus, pernas e pés. Há casos em que as lesões chegam a causar deformações no bico e nas unhas

Tratamento: Pegue a ave, abra a asa e pulverize com Piolhaves. Nas feridas empregar uma pomada a base de enxofre.

Prevenção:
4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos.
Cuidados com a higiene de gaiolas acessórios e ambiente, correção alimentar, ambiente de criação de aves deve ser bem ventilado e arejado, mas sem corrente de vento.

ACARÍASE RESPIRATÓRIA

ACARÍASE RESPIRATÓRIA

Causas: Ataque do ácaro Stermostoma tracheaculum, nas vias respiratórias. A transmissão normalmente se dá nas exposições, torneios e na introdução de novas aves no criatório. Pode ser transmitida por pássaros livres que tenham acesso ao criatório. É comum a aproximação de pardais quando as gaiolas estão fora para treinamento ou banhos de sol.
Sintomas: Respiração penosa, curta, com o pássaro abrindo e fechando o bico constantemente. O pássaro passa a se alimentar menos e emagrece.
Tratamento: Isolar imediatamente o pássaro apresentando esses sintomas. Ministrar G-Trox ou Ivomec pour-on em todo o plantel em duas doses com intervalo de 15 dias. Desinfetar todo o criatório, preferencialmente pintando as paredes com cal virgem. Aplicar Front-Line Spray na dose de 2 gotas no dorso das aves, repetindo a dose 7 dias e 15 dias após a primeira dose, apresenta bom resultado..
Prevenção:
Além da higiene, 4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos. Evitar expor os pássaros a riscos de contágio. Colocar em quarentena todo o pássaro que participar de uma exposição ou torneio.

ÁCAROS DAS PENAS

ÁCAROS DAS PENAS

Causas: Parasita Syrongophilus bicectinata.
Em ambiente natural é comum a presença de alguns piolhos brancos/amarelados, que, normalmente não são visíveis, sendo residentes naturais, que são até benéficos para os pássaros, pois removem células mortas das penas e pele e até determinadas bactérias. Quando a higiene é relaxada no criatório, o acumulo de sujeira e de fezes formam o ambiente propício para o desenvolvimento de uma superpopulação de parasitas que passam a incomodar a ave. Há casos, inclusive de fêmeas que abandonam o choco por se sentirem incomodadas, embora esses piolhos não se alimentem do sangue dos pássaros. As reinfestações podem acontecer a qualquer momento. Pardais e outros pássaros contribuem para o ressurgimento de novos focos.

Sintomas: O pássaro passa a se coçar seguidamente ficando irrequieto na gaiola. As cerdas ficam com aspecto "roído", quebradas, imperfeitas e sem brilho. Dependendo da quantidade de ácaros, podem comprometer o vôo. Para verificar se a ave está sendo atacada por ácaros, pegue-a e observe com a sua asa aberta contra a luz.

Tratamento: Pegue a ave, abra a asa e pulverize com Front-line Spray. Há criadores que pulverizam com o inseticida SBP, o que não recomendamos por não termos vivido a experiência. Produtos à base de Ivermectina não costumam apresentar bom resultado.


Prevenção:
Além da higiene, 4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos.

ÁCAROS VERMELHOS

ÁCAROS VERMELHOS
Causas: Parasita Dermanysus gallinae. Estes parasitas causam grandes problemas na reprodução. Chamados piolhos vermelhos por serem hematófagos e apresentarem côr vermelha quando cheios de sangue. São comumente encontrados em pombos e galinhas podem ter sua presença despercebida por um longo período no criatório. É parasita noturno, se protegendo e reproduzindo em frestas, rachaduras e vãos, durante o dia. Seu ciclo de vida pode ser completado em uma semana. Em criadouros pode permanecer por 6 meses, após a retirada das ave. A transmissão do problema se dá através de objetos "contaminados" como: gaiolas, comedouros, capas de gaiolas, outros acessórios e pelo próprio trânsito de pessoas de um criadouro a outro.
A ave não dorme direito, se estressando e perdendo nutrientes para o parasita. Podem causar: diminuição da eficiência reprodutiva nos machos, diminuição da postura nas fêmeas, diminuição da velocidade de crescimento dos filhotes, fraqueza, letargia, e diminuição de apetite.

Sintomas: Estes ácaros, durante o dia se escondem nas ranhuras dos poleiros, molas das portas e buracos na parede ou teto. Durante o dia, principalmente nos banhos de sol, não são observados e os pássaros ficam tranqüilos. Ataca as aves á noite. Durante a noite os pássaros ficam agitados e não param de se bicar tentando se livrar dos parasitas.
Tratamento: Pegue a ave, abra a asa e pulverize com Front-line Spray . Há criadores que pulverizam com o inseticida SBP, o que não recomendamos por não termos vivido a experiência. Tratar com G-TROX ou aplicar Ivomec Pour-on na dose de 1 gota no dorso das aves apresenta bom resultado. Desinfetar o criatório.

Prevenção:
Além da higiene, 4 ou 5 gotas de vinagre na água do banho ajudam a manter os parasitas longe. Pulverizações quinzenais com o produto Plumas Kleen (não borrifar sobre qualquer vasilhame usado na alimentação) mantém os piolhos e outros parasitas longe dos pássaros, funcionando, ainda como repelente de insetos.

AFLATOXICOSE

AFLATOXICOSE

Causas: Aflatoxicose é uma intoxicação resultante da ingestão da aflatoxina em misturas de sementes e rações contaminadas. As aflatoxinas são um grupo de compostos tóxicos produzidos por certas cepas dos fungos Aspergillus flavus e A. Parasiticus. Em condições favoráveis de temperatura e umidade, estes fungos crescem em sementes e alimentos, resultando na produção das aflatoxinas.
A aflatoxina causa necrose aguda, cirrose e carcinoma de fígado. A aflatoxina B1 é potencialmente carcinogênica em muitas espécies, incluindo os pássaros. Em cada espécie, o fígado é o primeiro órgão atacado. Além de sua associação com doença do fígado, as aflatoxinas podem afetar o rim, baço e pâncreas.
.

Sintomas: Doença de diagnóstico muito dificil. Grande causadora de mortes.
Tratamento: Difícil tratamento. Pouco sensível aos antibióticos..
Prevenção:Inclusão de adsorventes de micotoxinas, principalmente nas misturas de sementes.

ASMA

ASMA
Causas: Sternostoma tracheacolum. Poeira, friagem, alimentos condimentados, gaiolas sujas, mudanças no clima e má ventilação do criadouro.
Sintomas: Respiração difícil acesso asmático freqüente e ofegante. Em casos muito graves imobilidade, olhos entreabertos, penas soltas respiração acelerada intermitente com emissão de pequenos gemidos. Evolui rapidamente para sua forma crônica se não for tratada adequadamente.
Tratamento: Eliminar imediatamente frio, vento, poeira, úmidade. Colocar a ave em gaiola com temperatura de 30C. Se o pássaro apresentar crises agudas, na hora da crise administrar gotas de adrenalina a 1./10.000. Manter a gaiola coberta e fazer uso de um inalador com solução de Tylan apresenta ótimos resultados. O tratamento com R-Trill vem possibilitando bom resultado em muitos casos.
Prevenção: Evitar lugares úmidos e sujeitos a ventos frios. Mudanças bruscas de temperatura.

Aspergilose

Aspergilose
Causa: Aspergillus fumigatus (e diversos fungos do mesmo gênero).

Sintomas: Há possibilidade de serem infectadas as vias respiratórias, os olhos e a pele. Quando a infecção se dá nas vias respiratórias ( pulmão), o pássaro respira mal, emagrece e morre. Quando a infecção ocorre nos olhos, percebe-se que estes ficam irritados e lacrimejantes e a córnea opaca. A infecção cutânea provoca perda das penas, que se quebram facilmente.A aspergilose pode, facilmente, ser confundida com coriza e a difteria.

Tratamento: Micostain Solução Oral , G-Trox.

Prevenção: Rigor com a higiene. Cuidado com alimentos estragados e mofados (principalmente a mistura de sementes) e com a umidade.

BRONQUITE OU TRANQUEITE

BRONQUITE OU TRANQUEITE
Causas: Correntes de ar, aves em local de ar não renovado, bruscas mudanças de temperaturas.
Sintomas: A ave perde o apetite, narinas obstruídas, bico aberto, rouquidão e catarro, a ave não canta e fica agitada.
Tratamento: Separar o pássaro, colocando-o em uma temperatura de 30C. R-Trill, 10 gotas em 50ml na água de beber por 15 dias.

Carencia vitamínica

A
A Carência da vitamina A pode ocasionar crescimento retardado e diminuição na produção de ovos.
B1
A Carência da vitamina B1 pode ocasionar desordens nervosas em aves jovens ou adultas, culminando em uma paralisia característica chamada polineurite.
B2
A Carência da vitamina B2 pode ocasionar baixa eclosào e embriões com dedos torcidos e deformados.
B6 A Carência da vitamina B6 pode ocasionar movimentos desordenados, seguidos de convulsões, exaustão e morte.
B12
A Carência da vitamina B12 pode ocasionar anemias macorcíticas (produzidas por hemorragias e atos cirúgicos). Ocasiona problemas com o crescimento, perdas de peso e do apetite.
C
A Carência da vitamina C pode comprometer as defesas orgânicas, principalmente durante periodos de convalescenças de doenças infecciosas, hemorrágicas e estados febris.
D3
A Carência da vitamina D3 pode ocasionar cascas finas e quebradiças nos ovos.
E
A Carência da vitamina E pode ocasionar azoospermia e necrospermia nos machos; infertilidade, abortos e esterilidade nas fêmeas.
H
A Carência da vitamina H (biotina) pode ocasionar dermatite. A base dos pés fica áspera, calosa e pode apresentar feridas, formando hemorragias.
K
A Carência da vitamina K pode diminuir a resistência à hemorragias e aumentar o tempo de cicatrização.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

COCCIDIOSE OU ISOSPOROSE

COCCIDIOSE OU ISOSPOROSE
(ver artigo sobre Isosporose)
Causas: Isospora lacazei e outras espécies do mesmo gênero. É um micróbio semelhante ao que causa as eimerioses. O reconhecimento só é feito pelo exame microscópico na fase adulta.
O micróbio é expelido pelas fezes e, ao atingir a faze adulta no chão, pode infectar os pássaros pelo ar, através da comida e da água.
Os pássaros adultos podem ser portadores da isosporose sem apresentarem os sintomas da doença, porém as fezes contaminadas podem atingir outros pássaros ou os próprios filhotes.
A infecção se agrava nos filhotes por serem mais sensíveis..

Sintomas: Cansaço, sede contínua, o osso do peito fica saliente e magrecimento progressivo. Ela atinge principalmente o intestino delgado e o ceco, em especial dos filhotes, provocando hemorragias. Os pássaros ficam tristes, arrepiados, sem forças para voar, mesmo que deles nos aproximemos. Os pássaros permanecem muito tempo junto ao comedouro sem, no entanto, absorver os nutrientes do alimento ingerido. As fezes se tornam moles e as vezes sanguinolentas. Manchas esbranquiçadas podem estar espalhadas pela parede intestinal, observadas na necrópcia.
Tratamento: Coccidex ou Coccinon. A associação do Coccidex com o R-Trill produz ótimos resultados na medicação emergencial. Há casos de resistencia à alguns medicamentos. O tratamento é prolondado e as chances de recuperação total, após quadro agudo, são pequenas. O NF-180 é muito eficiente, porem foi proibido no Brasil. Sulfas causam ausência de produção de espermatozóides nos machos durante 30 a 40 dias, a chamada azoospermia. Nenhum ovo será galado nestas condições. Não use Sulfas para reprodutores próximo à fase de reprodução.
Prevenção: Muita higiene, quarentena com pássaros recebidos e uso de Pro-bióticos e Pre-bióticos na alimentação.

Colibacilose

Colibacilose
Causa:A colibacilose é uma doença causada pela Escherichia Coli. Esta bactéria com grande capacidade de desenvolver resistência aos antimicrobianos, tem se mostrado uma das maiores ameaças à avicultura de produção e à avicultura de gaiola.
Todas as aves são susceptíveis a colibacilose. A transmissão pode ser congênita, já na formação do ovo ou por via direta, de ave para ave. A água, fezes e alimentos podem ser contaminados e tornarem-se meios de disseminação. Mesmo pelo ar podem ser inaladas as bactérias, quando o ambiente está contaminado.


São vários sorotipos diferentes de Escherichia Coli, alguns típicos da flora intestinal dos nossos pássaros. Não há registro da presença de sorotipos patogênicos para o homem encontrados em aves, descaracterizando a doença como zoonose.
Embora ainda carente de estudos mais aprofundados, há a teoria de que essa bactéria se desenvolva em casos de pássaros atacados por micoplasmas, com o sistema imunológico comprometido. Seria, por assim dizer, uma conseqüência natural da micoplasmose.

Para a confirmação do diagnóstico é necessária a necropsia dos filhotes mortos, e, para o tratamento seguro a cultura de órgãos e o antibiograma. São comuns culturas de Escherichia Coli resistentes a vários princípios ativos.


Sintomas: O quadro clínico pode apresentar inflamação do abdomem, dos sacos aéreos cervicais e toráxicos e do oviduto. Normalmente, é possível observar manchas amareladas no interior do abdomem. Na necropsia se observa que o saco de gema, que deveria desaparecer completamente logo após o nascimento dos filhotes, ainda mantém resíduos que armazenam colônias de bactérias que vão se espalhando pela corrente sanguínea causando a falência orgânica e a morte dos filhotes na primeira semana de vida. A morte de filhotes nidícolas é o principal alerta para a doença.

Tratamento: A fosfomicina, presente no Monuril, de uso humano, tem se mostrado eficiente em mais de 90 % dos casos. A Tetraciclina, a Ciprofloxacina, a Enrofloxacina, a Amoxilina, a Ampicilina e a Norfloxacina têm se mostrado eficiente em menos de 50 % dos casos.
Prevenção: Boa alimentação e uso de pré-bióticos e pro-bióticos. Controle estratégico da Micoplasmose.

Cólera

Cólera

Causa: Pasteurella avicida


Sintomas: Os pássaros ficam enfraquecidos, as fezes ficam muito moles, sanguinolentas de de coloração amarelada.
A autópsia revela coração com secreção líquida turvas e sinais de sangue, pulmões vermelhos, intestinos também vermelhos e sanguinolentos, fígado com lesões de cor acinzentada. A doença se propaga pelas secreções produzidas na boca e nariz. O pássaro morre em pouco tempo.


Tratamento. Usar medicamento a base de Sulfa (sulfatiazol, sulfametazina etc.) ou Terramicina.
Medicamentos modernos indicados: Neo-sulmetina SM, que é uma associação de sulfaquinoxalina e neomicina.
Põem-se dez gotas no bebedouro durante três dias. Descansa-se dois dias e repete-se o tratamento.
Avemetasina, que é uma associação de sulfaquinoxalina e sulfametasina. É preparada com 2,5 ml do para um litro de água. Adiciona-se uma colherinha de café de bicarbonato de sódio.

Sulfas causam ausência de produção de espermatozóides nos machos durante 30a40 dias, a chamada azoospermia. Nenhum ovo será galado nestas condições. Não use Sulfas para reprodutores próximo à fase de reprodução.

Prevenção: Vacinação e quarentena dos novos pássaros.

CORIZA

CORIZA
Causas: Hemophilus gallinarum (forma aguda). Corpusculo cocobaciliforme ( forma lenta). As duas vêm associadas. Bruscas mudanças climáticas, aves em locais úmidos, aves mal alimentadas, falta de vitamina C.

Sintomas: Secreção aquosa nos olhos e narinas.Com a evolução da doença, as narinas ficam completamente obstruídas. Os olhos, em virtude da infecção, ficam inflamados e a ave pode perder a visão.

Tratamento: Limpar as narinas com cotonete impregnado em solução de permanganato de potássio, com 1./1.000. Aviarium ou Terramicina na água de beber, vitaminas.

Prevenção: Evitar lugares úmidos e sujeitos a ventos frios. Mudanças bruscas de temperatura.

DIARRÉIAS

DIARRÉIAS

Causas: Má alimentação, alimentos azedos, deteriorados e água suja.

Sintomas: Fezes líquidas de cor amarela-esverdeada, falta de apetite e emagrecimento, ânus inflamado.

Tratamento: Corte as penas do traseiro com cuidado e lave a região com água morna, após enxugue. Administrar Neo Sulmetina SM.
Sulfas causam ausência de produção de espermatozóides nos machos durante 30a40 dias, a chamada azoospermia. Nenhum ovo será galado nestas condições. Não use Sulfas para reprodutores próximo à fase de reprodução.

Prevenção: Dieta equilibrada e qualidade nos alimentos

Dificuldade na postura

Transcrevemos artigo do Dr Gilson Barbosa, conhecido articulista de ornitofilia e criador de curiós de canto clássico, que aborda o assunto com especial propriedade.

"CÓPULA E PROSTRAÇÃO

De alguma forma todos os  criadores  de Curiós um dia enfrentarão problemas relacionados à postura de ovos por parte de suas matrizes. Em última estância, enfrentarão situações de dúvida em relação à cronologia que envolve o período que vai desde a cópula até a postura. Via de regra este período varia provocando incertezas quanto ao momento da postura, quando devemos interferir e como fazer esta interferência. O criador de Curiós precisa a princípio adquirir conhecimentos mínimos do que está acontecendo no  interior do sistema reprodutor enquanto observa externamente o comportamento e sintomas apresentados pela fêmea. O relacionamento entre o observado externamente (sintomas) com o interno oculto é fundamental para uma tomada de posição frente a uma retenção de ovo por parte da fêmea.
Antes de descrever o método pelo qual o criador fará a intervenção, julgo indispensável à obtenção de um diagnóstico do problema com extrema precisão, para tanto, o criador em espacial os principiantes, precisam adquirir os conhecimentos necessários à produção do “Diagnóstico  Diferencial” e comparativo com situações de normalidade.
INDUÇÃO DA POSTURA
 MÉTODO DA IMPULSÃO EXTERNA  
          Decorridas 24 horas da cópula ou 72 horas como limite máximo, cabe-nos observar se a fêmea apresenta tristeza acentuada, geralmente  acompanhada de respiração ofegante, plumagem grossa (embolada), e se estiver  sobre o fundo da gaiola não reagindo a ser colhida com a mão, em caso afirmativo, trata-se  de  caso clássico de Retenção de Ovo. Este diagnóstico não falha. Os sintomas poderão ocorrer na postura do primeiro ovo, no entanto temos verificado o problema também na postura do segundo, (Caso da casca mole é mais freqüente no segundo ovo). Ocorre ainda na postura de um só ovo que pode ser mole, ou, duro avantajado.
         Constatado o quadro descrito a cima colocamos imediatamente em prática o método da Impulsão Externa que consiste no seguinte.
1º Passo
Colhemos a Curiôa cuidadosamente com a mão direita (devemo-nos acercar de todos os cuidados para que a enferma não se debata nem alce vôo de nossas mãos) colocamos  de costas  sobre a palma da nossa mão esquerda de forma que o dedo médio faça o apoio nas costas e com o dedo indicador e anular da mesma mão  prendam suas azas garantindo-nos uma boa contenção. (se não dispor desta habilidade manual solicite ajuda a terceiros). Ver fotografia Contenção-01.
2º Passo
Com a mão direita livre,  utilize as extremidades dos dedos indicador e anular para localizar o osso externo do peito “Quilha” e, deslocando-o em direção ao anus encontramos a cavidade abdominal logo abaixo das costelas, esta parte da ave é desprovida de ossos e suavemente deslocamos os dedos ligeiramente abertos sobre os intestinos buscando manter sempre a simetria do abdômen em relação a linha definida pelo osso externo, ai aplicamos nesta área leve pressão em direção ao orifício anal, podemos mediante a sensibilidade das extremidades do dedo localizar o ovo por apalpação e determinar quantos são e a condição de casca se mole ou dura.
Efetuamos mediante a constatação por apalpação com as extremidades dos dedos movimentos lineares dotados de leve pressão que vão do osso externo até o local aonde se encontra alojado o ovo. Ao sentir o ovo sob os dedos saberemos o grau de dificuldade para expulsa-los, pois, se a casca for mole  a dificuldade esta na constrição dos músculos do oviduto que deformando-o  impedem-no de sair. Se a casca for dura a dificuldade será pela pressão  bi  polar  exercida pelos músculos constritores, logo que tenhamos conhecimento da situação quanto ao tipo de casca procederemos  de maneira diferenciada.
3° Passo.
Se o ovo possui casca mole (caso documentado com fotografias e anexadas) podemos efetuar uma pressão maior com as pontas dos dedos indicador e anular até encontrarmos a extremidade vértice do ovo, (procedendo desta forma não corremos o risco de exercermos pressão sobre o ovo  o que fatalmente o romperia) neste ponto efetuamos movimentos delicados de pressão que irão estimular, ou mesmo substituir as contrações e ajudar a impelir o ovo através do oviduto até o orifício anal. Como podemos verificar o processo é demorado, então precisamos intercalo-lo com instantes de descanso o que provoca  muitas das vezes uma retomada das contrações por parte da Curiôa e geralmente a postura ocorre durante o período de descanso. Caso contrário, retomaremos as pressões anteriormente descritas, intercalando-as com períodos de descanso até que se verifique o surgimento de um ponto branco (Fotografias Contração-01-02-03) que crescerá à medida que o método se desenvolve até o surgimento de boa parte da coroa do ovo, neste momento mediante o uso de uma seringa dotada de agulha grossa e sem ponta (agulha de uso bovino) efetuamos uma punção de todo o conteúdo do ovo e em seguida puxamos a sua casca membranosa e vazia com a ajuda de uma pinça finalizando desta forma todo o processo, a fêmea em dois dias estará totalmente recuperada,  no entanto é recomendável coloca-la por algumas horas em local aquecido para recuperar-se.   
Se o ovo possui casca dura o processo é o mesmo, devemos apenas tomar o cuidado de não efetuar pressão sobre o ovo e sim sobre a sua extremidade vértice em direção a sua saída, é necessário tranqüilidade e concentração durante todo o processo que deve ser intercalado por descanso até atingirmos o objetivo. A segurança do executor do método é fundamental,  deve repousar no fato de ter adquirido todos os conhecimentos necessários à prática do mesmo, pois não há lugar para insegurança ou vacilo, iniciado o processo devemos ir até o fim. Em alguns casos a postura pode ocorrer logo após a massagem, para tanto o ovo deve deslocar-se até a cloaca.
Acreditamos que a divulgação do método descrito não se constitui novidade entre os criadores de pássaros que já os praticam há décadas, no entanto o criador iniciante encontrará ao seu dispor as informações necessárias e capazes de salvar a vida de várias fêmeas em reprodução. Observar conjunto de fotografias anexadas."
Autor Gilson Barbosa
gilsonferreirabarbosa@hotmail.com

Falhas na plumagem

Falhas na plumagem
Várias poderão ser as causas de problemas com a plumagem. Desde as carências nutricionais aos problemas com ácaros e fungos.
Nesse tópico abordaremos uma micose que seguidamente atormenta criadores, causando a queda da plumagem, especialmente na região da nuca e do pescoço dos pássaros.
Essa micose não se mostra sensível aos medicamentos empregados rotineiramente nos criatórios.
É sensível aos conazois. O tratamento que empregamos com sucesso consta do uso tópico de uma pomada de uso humano, Oceral Creme da Bayer, cujo ativo é o oxiconazol, mais o Cetoconazol, solução a 20%, destinado ao uso em cães. O Oceral deve ser passado dia sim/ dia não, durante uma semana, com o cuidado de evitar contato com as vistas ou orifícios respiratórios.
O Cetoconazol deve ser empregado por 30 dias, 3 gotas em 50 mL da água de bebida.
Na maioria dos casos, mesmo com a cura total, a plumagem somente é refeita na próxima estação de muda de penas.

FRATURAS

FRATURAS

Quando ocorre de a ave quebrar um osso, a primeira providência é retirar os poleiros e colocar água e comida a disposição da ave. Será necessário encanar o osso com gesso dissolvido em água ou álcool, que levará mais ou menos um mês para colar. Se for a perna que quebrou, pegue um canudinho de refresco cortado ao meio, coloque as duas partes na perna e passe o gesso, deixando uns 45 dias, após retire o gesso. Se for a asa que quebrou, será necessário cortar todas as penas da asa, dependendo da fratura, tente encaná-la com gesso. Caso não consiga, o melhor e mais correto é levar a ave a um veterinário, que esta mais acostumado a fazer estes serviços.

Ministrar um anti-infamatório.

Intoxicação

Intoxicação
Causa: Alimento deteriorado, frutos ou verduras com agrotóxicos, uso indiscriminado de medicamentos, inseticidas, etc.
Sintomas: Alteração rápida da disposição. Convulsões, perda do equilíbrio, diarréia, vômitos. Em alguns casos morte súbita.
Tratamento: Uso de anti-tóxicos veterinários. Extratos hepáticos. Mercepton. Em intoxicações por inseticidas o uso de sulfato de atropina é o mais indicado. Fornecer glicose nos primeiros sintomas. (5 mL de glicose a 50% em um bebedouro com 50 mL de água).
Prevenção: Cuidado na escolha dos alimentos ministrados. Evitar uso de inseticidas no criatório. Não abusar de medicamentos em geral. Estar atento à posologia de medicamentos ministrados.

Mortalidade de neonatos

Mortalidade de neonatos

Tomamos a liberdade de trancrever e-mail do Dr Anderson Carangola, que aborda o problema com grande propriedade.
As infecções, principalmente por bactérias gram negativas, são as principais causas de mortalidade em aves neonatas.
Acometem principalmente os tratos respiratório e digestivo.
Podem ser utilizadas bacterioscopias e culturas de matérias das cavidades nasais,do papo e da cloaca.
A bacterioscopia, feita via microscópio, é mais rápida e dá uma idéia do tipo da bactéria causadora. A cultura é mais eficaz na identificação do germe e de quais agentes antibacterianos seriam mais eficazes. Porém a cultura demora cerca de três dias para dar o resultado.
Outro problema é que nesses locais a presença de bactérias, do mesmo tipo das que causam a doença, é muito comum, podendo atrapalhar o diagnóstico preciso com ambas as técnicas. Existe uma grande importância do acompanhamento de um veterinário experiente no trato de aves para uma perfeita utilização dessas ferramentas diagnósticas.
O antibiótico citado, o Clavulin 250 (amoxacilina com ácido clavulânico) é eficaz contra uma boa variedade das bactérias responsáveis.É eficiente por via oral e apresenta baixa toxicidade. Pode causar irritação gastrintestinal com vômitos e diarréia. Apresenta também boa eficácia contra bactérias gram positivas.
Em casos graves essa droga pode não ser eficiente, principalmente para as gram negativas, onde seria mais indicada uma quinolona (ciprofloxacina, enrofloxacina ou outras mais modernas).
Um outro grupo de agentes infectantes comuns nos transtornos na época do ninho é o dos fungos. O tratamento é feito com antifúngicos, como a nistatina.
Tanto as bactérias gram negativas (Escherichia coli, Klebsiella e Enterobacter sp, por exemplo) tem como grande fonte transmissora a via fecal-oral. Ou seja, ingestão de alimentos contaminados por fezes.
Daí a importância da higiene absoluta com todo o ambiente e utensílios empregados na criação. Lembre-mos que uma bactéria que num adulto saudável não causaria nada, em um recém nascido poderia causar a morte rapidamente.
Cordialmente,
Anderson Carangola MG

Muda Francesa

Muda Francesa
Causas: Infecções bacterianas, parasitoses, deficiência metabólica ou é ligada à hereditariedade.

Sintomas: Algumas penas tomam aspecto retorcido e desalinhado. Podem tornar-se quebradiças.

Tratamento: Verificar se o pássaro apresenta infestação por ácaro. Melhorar a condição nutricional do pássaro, reforçando vitaminas, cálcio e ferro na dieta. Cortar a pena deformada com uma tesoura e aguardar a próxima muda para sua substituição. Não arrancar as penas.
Prevenção: Dieta equilibrada e higiene.

Ovo branco

Muito embora o ovo branco não seja uma doença e sim consequência de alguma deficiência, trancrevemos texto da Dra Stella Maris Benez sobre o assunto por tratar-se de um grande problema dos criátorios.
"O maior número de reclamações dos criadores de pássaros durante a fase de reprodução é a incidência de ovos brancos. Inúmeras são as causas dos altos índices de ovos brancos. Dentre elas podemos incluir causas ambientais, nutricionais, infecciosas e de manejo.
Iremos desenvolver algumas considerações sobre a prevenção e correção das causas do ovo branco, dando maior enfoque para os efeitos nutricionais e infecciosos, promovendo maior rendimento, maior produção e maior segurança para a saúde dos criatórios de aves.

Causas Ambientais - soluções
O ovo mantido em ambiente com ar de má qualidade absorve através dos poros a sujeira, os gases nocivos e os microorganismos patogênicos para o embrião. O embrião morre antes do sétimo dia da incubação, fazendo com que o criador fique confuso no diagnóstico de fecundação. As causas ambientais e suas soluções são:
· Ventilação insuficiente - procure abrir janelas na parte de baixo do criatório, usar tela ou invés de vidro nas janelas, conter vento com cortinas.
· Renovação do ar insuficiente - fazer saídas de ar nos pontos mais altos da sala de criação, ou nas paredes opostas a entrada de ar, exceto na parede voltada para o Sul. Fazer sempre saídas altas de ar .
· Qualidade baixa do ar - veja renovação de ar, mantenha limpeza do criatório diária.
· Ausências de saídas de ar - o ar quente sobe, juntamente com partículas de sujeira e microorganismos, dificultando as trocas de ar.
· Sujeira em excesso - Procure trocar ninhos sujos, bandejas com odor forte, bandejas úmidas e fétidas.
· Trocas de bandeja inadequadas - Troque as bandejas pelo menos 1 vez por semana. Não acumule papéis sobrepostos nas bandejas.
· Varredura de penas - Procure usar aspirador de pó para limpeza do criatório, pois faz pouco pó.
· Excesso de pó na criação - use aspirador de pó, ou molhe o chão antes de varrer. Use uma bisnaga de água que faça uma pulverização fina sobre a sujeira.
· Mudanças bruscas de temperatura - fora do controle dos criadores, as alterações bruscas de temperatura podem causar baixa fertilidade no macho, morte embrionária na primeira semana da incubação e perda "da libido", ou seja , os reprodutores não ficam mais fogosos.

Causa de Manejo
O ovo se contamina no meio ambiente através dos poros. Microorganismos da mão dos tratadores e dos criadores podem contaminar o embrião. Da mesma forma como descrita anteriormente, o embrião morre antes do sétimo dia da incubação, ou um pouco mais velho, fazendo com que o criador fique confuso no diagnóstico de fecundação ou perca a postura da fêmea no choco. As causas de manejo e suas soluções são:
· Ventilação dos ovos na espero do choco - deposite os ovos que aguardam a volta para o choco em algodão, ou papel toalha amassado ou papel higiênico amassado.
· Contaminação - Nunca coloque os ovos em espera sobre sementes, pois estas riscam a casca do ovo e seus fungos e bactérias entram através dos poros do ovo, matando o germe do embrião.
· Bactérias da mão das pessoas - Streptococcus e Staphylococcus são bactérias que existem nas mãos das pessoas, e que passam para a casca dos ovos, matando filhotes. Pesquisas revelam que foram a causa de morte de 85% de embriões de periquitos australianos. Causa a mesma morte em canários e outras aves. Use luvas ou pinças de plástico para segurar os ovos para ovoscopia e para o repouso antes do choco.
· Ovoscopia - choques térmicos e choques mecânicos matam os embriões. Cuidados com ovoscópios sem proteção térmica para apoio dos ovos para a leitura. Forre a borda com cortiça renovável ou espuma. Evite choques do ovo com o ninho ou com o ovoscópio, ou mesmo choques ao transportá-los.
· Medicações indevidas - as Sulfas causam ausência de produção de espermatozóides nos machos durante 30a40 dias, a chamada azoospermia. Nenhum ovo será galado nestas condições. Não use Sulfas para reprodutores próximo à fase de reprodução.

Causas NutricionaisAs principais causas de ovo branco são as de origem nutricional:
· Desbalanceamento nutricional das farinhadas caseiras - fazer testes de bromatologia e suplementação das deficiências. Use farinhadas comerciais registradas. Exemplo a Farinatta Bianco, Farinatta Suprema e Farinatta Intensive Red.
· Falta de premix vitamínico, mineral e de aminoácidos nas farinhadas - Use premix nutricional para suplementação das farinhadas caseiras, exemplo, o Premix A e Premix B.
· Falta ou excesso de vitaminas - nestas condições os sintomas são semelhantes, e de difícil diagnóstico. A história da criação é a melhor forma de diagnóstico. Na falta de vitaminas acrescente premix na farinhada, ou vitaminas solúveis, exemplo Rovital-C, 5dias seguidos, com manutenção 1a3 vezes na semana.
· Falta de minerais - os ovos podem ficar frágeis, com casca porosa ou irregular, causando fraturas de casca, contaminações mais freqüentes, perda de fêmeas em acidentes na oviposição. Use Macromix, fonte de cálcio e fósforo nas farinhadas, use farinha de ostra na areia, use farinhadas balanceadas. Ele melhora a formação da casca dos ovos, prevenindo a ocorrência ovos de casca mole, aumenta a resistência do ovo à incubação. Promove contração sincronizada do oviducto, prevenindo a retenção de ovos virados nas fêmeas em postura. Previne a baixa postura.
· Ação do complexo de vitaminas - exemplo Rovital-C usado para manter e restabelecer a saúde dos com desgaste da reprodução e da cobertura nos machos, desgaste da postura e criação dos filhotes nas fêmeas, desgaste físico do desmame, calor e frio excessivos, variações bruscas de temperatura, deficiências nutricionais, todas causas de ovo branco. Tem grande indicação na reprodução para melhorar a fertilidade de fêmeas e de machos, e preparar os jovens reprodutores, age nos picos de produção de ovos.
· Deficiência de aminoácidos - exemplo metionina e lisina. Devemos acrescentar estes elementos quando do diagnóstico, são encontrados comercialmente como Metionina e Lisina. Exemplo de suas ações. A Metionina promove aumento no tamanho dos ovos das fêmeas em postura, aumento da fertilidade dos machos e melhora da eclosão dos ovos. A Lisina previne o canibalismo de filhotes e de ovos.
· Vitamina A encontrada na forma de Vitamin A atua em casos de baixa fertilidade.
· Vitamina E encontrada na forma de Vitamin E com Levedura seca de cana tem ação importante na reprodução. Previne a morte embrionária, a baixa eclosão dos ovos, a degeneração testicular dos machos.
· Biotina é uma vitamina encontrada como Vitamin H (Biotina) é indicada na baixa eclosão de ovos, morte embrionária.
· Levedo de Cana é um alimento natural rico em proteínas, minerais, vitaminas do complexo B (vitamina B1, B2, B6), bem como vitaminas do tipo ácido nicotínico, ácido pantotênico e ácido fólico, e quando usado de forma contínua, auxilia na reprodução das aves, colaborando com a ação das outras vitaminas importantes para a reprodução, citadas acima. Pode ser encontrado da forma pura ou agregado à outras vitaminas.

Causas InfecciosasAs principais causas infecciosas de ovo branco são mycoplasmose e bactérias secundárias encontradas no meio ambiente ou na mão dos tratadores. O mycoplasma afeta os reprodutores de forma lenta, podendo se manifestar até 1,5 ano após a contaminação. Devemos utilizar medicações preventivas de forma estratégica nas fases críticas da criação.
· Mycoplasmose - causa infertilidade de machos (diagnosticada como ovos brancos), infertilidade de fêmeas, morte do embrião no ovo, principalmente antes da eclosão. Fraqueza de filhotes, morte de filhotes na primeira semana de vida. Para tratamento e prevenção da mycoplasmose e de suas conseqüências, existe um forma estratégica de prevenir a criação com o Nalyt H Fases, fazendo com que as aves recebem em cada fase crítica o medicamento que controla o desenvolvimento da infecção por este agente. O Nalyt 100 Plus é indicado para o tratamento de casos mais graves, para posterior entrada na fase de prevenção. Atua nos quadros de infertilidade infecciosa dos machos, reduzindo o número de ovos brancos. A prevenção pode ser feita com a linha Fases para muda de penas, reprodução, baby, que inclui o tratamento de filhotes na primeira semana de vida e no desmame.
· Nos filhotes a mycoplasmose age - controlando os agentes que acometem os filhotes na primeira semana de vida e na semana seguida ao desmame. Nestas fases os filhotes fiquem estressados, com queda de resistência, acarretando as grandes perdas da criação. A medicação preventiva reduz quadros de "pinta-preta", retenção de saco da gema, diarréia de ninho, riscos de sapinho, morte do filhote na primeira semana de vida, auxilia na reabsorção perfeita do saco da gema, reduz problemas respiratórios e a diarréia dos filhotes no desmame.
· Nos adultos a prevenção atua na infertilidade dos machos, na causa de ovos brancos, e de ovos não galados, na mortalidade do embrião e na bicagem do ovo.
· Pesquisas mostram que os bioflavonóides contribuem para o aumento da produção de ovos e sobrevivência dos embriões. No mercado encontramos o Prevent, que é um derivado de ácidos orgânicos de alta biodisponibilidade. Promove a manutenção da criação nos períodos de stress, estimula o sistema imunológico, melhora na produção dos ovos, auxilia na prevenção e no controle da Salmonelose e Colibacilose.
· Probióticos - são indicados para a formação de uma flora microbiana gástrica e intestinal saudáveis nos adultos, pois desta forma, quando regurgitarem o primeiro alimento para o filhote, estarão passando esta flora para formação nos filhotes. O ProbLac é um exemplo de probiótico, previne a diarréia de ninho dos filhotes, auxilia na redução da "pinta preta" e na retenção do saco da gema nos filhotes.

A melhor forma do criador evitar ou reduzir a formação de ovos brancos é a realização de exames dos ovos e dos reprodutores na época da postura, e organizar um programa de prevenção na criação, que inclui desde a desinfecção do ambiente de criação, até o fornecimento das medicações preventivas e mesmo curativas para todo o plantel. O esquema de prevenção com medicação não pode falhar em nenhuma ave, pois aquelas que não participam da prevenção podem se tornar portadoras caso estejam com o agente. Procure identificar e corrigir todos os pontos descritos neste artigo, para que possa minimizar os riscos de ovos brancos na criação."
Veterinária especializada em Aves - Dra. Stella Maris Benez.

 

PEVIDE

PEVIDE

Chamamos de Pevide à crosta que se forma na extremidade da língua de alguns pássaros, reflexo de uma inflamação que está associada a hipovitaminose.

Crosta retirada com auxílio
de uma pinça
Causas:A principal causadora é carência de vitamina A.

Sintomas:
O pássaro apresenta dificuldade para alimentar-se, abrindo e fechando o bico constantemente. O pássaro passa a se alimentar menos e emagrece.

Tratamento:Quando a crosta esta se soltando com relativa facilidade, o que ocorre na medida em que vai perdendo sua flexibilidade, poderá ser removida com uma pinça. A remoção da crosta facilitará a alimentação do pássaro.
No local deve ser passado um cotonete embebido em Nistatina solução oral, uma vez ao dia, durante uma semana.
Há estudos que apontam para uma associação de infestação parasitária com o surgimento da Pevide, embora essa seja conseqüência indireta. É indicado exame de fezes para identificação de infestações verminóticas e coccidiose.

Prevenção:
Dieta equilibrada e controle verminótico do plantel

Peito Seco

Peito Seco

Peito seco não é propriamente uma doença, é sim, um sintoma.
A perda de massa corporal indica a incapacidade do organismo para aproveitar os nutrientes ingeridos.

Causas: Várias são as causas possíveis, a mais comum é a coccidiose. Também as verminoses mais significativas poderão levar a perda de massa corporal.
Sintomas:A perda de massa corporal faz com que o osso do peito do pássaro tome a forma de facão (certo exagero). Esse é um sintoma apresentado em um estagio avançado da doença. Um criador atento a seus pássaros perceberá alterações de comportamento, apetite, disposição e volume de ingestão de líquidos muito antes do peito secar.
Tratamento: É altamente indicado um exame de fezes para definir o diagnostico e determinar o tratamento. Na impossibilidade, ministrar um medicamento para coccidiose imediatamente. Manter farinhada com prebióticos e probioticos e complexo vitamínico. Concluído o tratamento da coccidiose. Aguarde uma semana e faça uma vermifugação.
Prevenção:
Higiene, equilíbrio da dieta, ministrar probióticos regularmente ao plantel e observar as aves, procurando identificar possíveis problemas sanitários antes que se configure o peito seco.


Psitacose

PsitacoseDoença de ocorrência comum em psitacídeos. Pode ocorres em outros pássaros.
Causa: Chlamydia psittaci
Sintomas: Diarréia esverdeada, sanguinolenta; corrimento nasal e ocular, dispnéia; fígado e baço aumentados com focos de necrose; sacos aéreos espessados.
Tratamento: Uso das tetracilinas.
Prevenção: Evitar a manutenção de psitacídeos próximo ao criatório. Quarentena com novos pássaros

STRESS

STRESS
Causas: Sustos, barulhos repentinos no criadouro, mudança de instalações, etc.

Sintomas: A ave fica sonolenta, abatida, assustada devido à inabilitação, alimentação imprópria ou excesso de antibióticos.

Tratamento: Administrar vitaminas, eliminar os barulhos, as causas de fadiga, alimentação insuficiente, mudanças de temperaturas e excesso de parasitas.

Rouquidão

Rouquidão
Comum em pássaros canoros.
Sintomas:
Muito comum em trincas. A voz fica rouca e há grande dificuldade para cantar. No inicio da rouquidão somem algumas notas do canto e com o agravamento o pássaro fica mudo. Muitos pássaros acometidos por rouquidão, mesmo recuperados, nunca mais voltam aos torneios, embora permaneçam como reprodutores.
Causas:
São muitas as causa possíveis para a rouquidão dos pássaros. Na maioria dos casos a rouquidão está relacionada com correntes de ar, mudança brusca de temperatura ou, ainda, ingestão de alimentos ou água gelados. São os casos de tratamento mais fácil.
A rouquidão pode ser causada por doenças respiratórias ou por ácaros. Os casos mais graves estão ligados às infestações pelo nematóide Syngamus Trachea, cuja larva pode atingir tanto o trato gástrico do animal como o sistema respiratório, principalmente a traquéia e os pulmões. Dependendo da quantidade de parasitas, as aves apresentam dificuldades respiratórias e podem até morrer sufocadas. Fêmeas adultas podem chegar a medir 2 cm e se fixar nos pulmões ou traquéia do pássaro.

Tratamento:
O tratamento está ligado ao diagnóstico. Na impossibilidade de uma avaliação por médico veterinário, costumamos descartar a possibilidade de infestação por ácaros de traqueia com o emprego de Ivermectina. São várias as opções, como o Ivomec Pour On, o Alax, a Reverctina ou o G-Trox, com preferência para o G-Trox pela facilidade de manejo e dosagem.

Se o uso da ivermectina não solucionar o problema de rouquidão concluímos que a causa seja de origem bacterina. A primeira opção é a associação de sulfametoxazol e trimetropina, contidas no R-Trill, ou no Afectrim. A posologia mais usual é de 8 a 10 gotas em 50 mL de água, durante 10dias.
Se a recuperação não for total, restará o recurso do tratamento com Tilosina, encontrada no Tylan ou no Nalyt da Angercal. Já vimos muitos passarinheiros empregarem a associação de 1 g de Nalyt Plus com 8 gotas de R-Trill em 50 mL. As interações medicamentosas devem ser objeto de muita atenção, pois corremos o risco de potencializar efeitos, tanto benéficos quanto maléficos. Ainda com, praticamente o mesmo espectro de ação, pode ser empregado o Linco-Spectin.

Prevenção:
Evitar mudanças bruscas de temperatura, correntes de ar e alimentos gelados. Ministrar uma gota de própolis em 50 ml de água ou chá de romã, sempre que o pássaro retornar de treinamentos ou torneios onde, normalmente, canta mais do que é acostumado em seu dia a dia. Vermifugar com G-Trox 2 vezes por ano.

SUOR DAS FÊMEAS

SUOR DAS FÊMEAS

Aparece quando os filhotes ainda não saíram do ninho. A fêmea, bem como os filhotes, apresenta o peito todo molhado, às vezes o próprio ninho fica úmido.

O suor das fêmeas ocorre devido às diarréias que atacam os filhotes. Estes podem ser provocadas por doenças como a Salmomelose ou mesmo por problemas alimentares. É bom relembrar, a esse respeito que os pássaros não têm glândulas sudoríparas.

Independentemente do antibiótico ministrado, o imediato fornecimento de um repositor eletrolítico é fundamental.
Uma boa opção é o Elétric da Aarão.

Verminoses

Verminoses

Em nosso entendimento a vermifugação do plantel, duas vezes ao ano, é importante fator para a manutenção de uma condição sanitária ideal.
Sabemos que o vermífugo, como praticamente todo o medicamento, é um mal menor que se destina ao combate de mal maior. Observamos durante alguns anos a evolução de planteis de criadores que partem da premissa de que vermifugando os pássaros que chegam ao criatório, não há possibilidade de reinfestações, pois não há meio de contaminação de suas aves e concluímos que o saldo de quem controla melhor as verminoses é positivo.

Adotamos a aplicação de G-Trox com uma cápsula em 50mL de água, permanecendo sem trocar a água por dois dias, 6 dias de intervalo e repetimos a medicação , após o término da muda de penas e antes da estação de reprodução (final de julho ou início de agosto).
No intervalo entre os dias de tratamento, por 5 dias após cada vermifugação ministramos Aminosol