quinta-feira, 25 de abril de 2013

A importância de um correto manejo da desinfecção

A importância de um correto manejo da desinfecção
Por: Eduardo C. Rosatti
Quinabra - Quimica Natural Brasileira Ltda
INTRODUÇÃO
Atualmente, para sustentar bons resultados e manter a lucratividade na atividade avícola, principalmente em sistemas de produção intensiva, devemos levar em conta três fatores básicos: higiene e sanidade animal, melhoramento genético e alimentação adequada.
Uma boa prática de higiene e sanidade, requer a adoção de medidas preventivas que melhoram a qualidade de vida dos animais e com isso reduz o uso de medicamentos, além de reduzir a taxa de mortalidade, aumentar a taxa de crescimento e melhorar a conversão alimentar.
O correto manejo da desinfecção é uma das principais ferramentas de higiene e sanidade que consiste na destruição ou controle de agentes infecciosos presentes no meio ambiente, por processos químico ou físico. O uso de produtos químicos é a prática mais usual e efetiva na desinfecção.
Vazio sanitário
O primeiro passo de um bom processo de desinfecção é fazer uma limpeza rigorosa das instalações e equipamentos eliminando ao máximo a matéria orgânica das superfícies. O processo de limpeza, após a saída do lote, consiste em retirar o esterco, varrer o piso, remover restos de ração nos comedouros, lavar as gaiolas vazias e o galpão com água pressurizada. Com a remoção da matéria orgânica, a atuação do desinfetante será mais efetiva. Após a aplicação do desinfetante, esperar por sete dias para entrada do novo lote.
Manutenção
Com as novas aves alojadas nas gaiolas, fazer a desinfecção uma vez por semana, pulverizando a solução sobre as aves, atentando para o uso de produtos não tóxicos e nem irritantes para os animais.
Vale lembrar que o manejo de desinfecção é somente um suporte e não substituto de outras medidas higiênicas tais como a proibição ou o controle de entrada de veículos na granja, cinturão verde, depósito de esterco afastado da granja entre outros. Em um programa de desinfecção, nunca misturar ou combinar desinfetantes, pois esse procedimento pode surtir efeito negativo como a neutralização ou até mesmo obtendo-se um subproduto tóxico.
Desinfetantes
Os desinfetantes comumente usados são a amônia Quaternária, Glutaraldeído e a Soda Cáustica. Os compostos de Amônia Quaternária são empregados em pisos, paredes e equipamentos, tem boa ação penetrante, por isso são muito úteis em superfície porosa, mas tem pouca ação contra fungos e vírus e atividade reduzida na presença de água dura. O Glutaraldeído é um desinfetante de largo espectro e é ativo na presença de matéria orgânica, mas não se recomenda sua aplicação sobre os animais, além de seus resíduos contaminarem os alimentos. A soda cáustica inibe o crescimento e desenvolvimento de muitas bactérias, mas não tem efeito sobre os esporos bacterianos, além de ser tóxico, irritante e corrosivo.
Novas tecnologias em desinfetantes vêm sendo amplamente desenvolvidas, dentre as quais podemos citar os ácidos orgânicos (ácido ascórbico, cítrico e lático), que possuem amplo espectro de ação, boa estabilidade na presença de matéria orgânica e podem ser aplicado sobre os animais e na presença do homem por não serem tóxicos, quando nas dosagens corretas, além de serem biodegradáveis.
A importância do Rodízio
Como sabemos, a maioria dos desinfetantes quimioterápicos, quando usados constantemente, abrem a possibilidade dos microrganismos adquirirem resistência à sua ação desinfetante, tornando-se ainda mais agressivas e conseqüentemente causando mais danos, por isso é extremamente importante fazer rodízios de desinfecção visando anular essa possibilidade.
Custo x benefício
O investimento em higiene e sanidade é justificável, pois ele irá reduzir a incidência de enfermidades, tais como Gumboro, Laringotraqueíte entre outras, que atuam negativamente sobre a produção. Conseqüentemente o granjeiro terá menor queda de produtividade o que resulta em uma maior rentabilidade, além disso irá desembolsar menos recursos com medicamentos, o que nos leva a concluir que o investimento em desinfecção realmente vale a pena.
Fonte: www.criadourorenascer.com.br

Alimentos Funcionais - Prebióticos e probióticos

Alimentos Funcionais - Prebióticos e probióticos
Por ALFONSO BARRA,
Membro da C.R.O./COM
Tradução: Eduardo C. Rosatti
Quinabra - Quimica Natural Brasileira Ltda
INTRODUÇÃO
Recentemente tem surgido com todo seus atrativos entre os criadores que praticam a Ornitologia Desportiva (que já conhecíamos e tínhamos experiência com o uso de algum probiótico em nosso aviário) a inquietude em conhecer e entender o que são e como atuam no organismo dos pássaros de gaiola os prebióticos.
Dado a novidade do tema e a importância que, para melhorar a salubridade, evitar o stress, retardar o envelhecimento e proporcionar uma ótima qualidade de vida aos pássaros de companhia, pode implicar na aplicação de algum prebiótico ou probiótico, é o que me leva a publicar este trabalho meramente informativo.
Iniciarei indicando como define a palavra prebiótico a Dra. I. Goñi, da Faculdade de Farmácia da Universidade Complutense de Madrid, quando disse que é o “ingrediente alimentar não digestível que afeta beneficamente o hospedeiro que o ingere, estimulando de forma seletiva o crescimento e atividade, de um numero limitado de espécies bacterianas benéficas residentes no intestino”, que em nosso caso e o dos pássaros de gaiola.
Assim mesmo direi que a palavra probiótico é definida pelo Prof. B. Mayo, do C.S.I.C em Astúrias, como “suplementos alimentícios com bactérias vivas que contribuem para manter o equilíbrio microbiano do trato intestinal”.
Há mais de duas décadas a utilização de lactobacilos intestinais já era conhecido, se bem que atualmente se utilizam outras varias cepas de agentes microbianos “ amigos”.
Resumindo, creio que pode-se dizer que os prebióticos e os probióticos formam um conjunto de elementos conhecidos e denominados alimentos funcionais, que são “ingredientes alimentares que produzem efeitos benéficos para a saúde”; são básicos para entender como é possível operar de maneira natural e benéfica sobre o sistema imunológico dos pássaros para evitar, amenizar ou reduzir os efeitos nocivos das doenças, melhorando a qualidade de vida das aves em nossos aviários.
ANTIOXIDANTES NUTRICIONAIS
A informação e experiência sobre o uso e aplicação em meu aviário do prebiótico “EVENCIT ORNIT” é recente e conseqüência de haver contatado a Empresa Probena, S.L., com sede em Pinseque (Zaragoza), que é quem importa e comercializa dito produto, depois de haver lido na publicação “Selecciones Avícola” o trabalho “Vuelve el império de la natural”, de quem é autora a Dra. Elinor Mc. Cartney de Pen e Tec Consulting.
O prebiótico “EVENCIT ORNIT” é um extrato de cítricos bioestabilizados, que oferece alta disponibilidade de bioflavonóides e ácido ascórbico (vitamina C), entre outros componentes naturais próprios dos cítricos.
A empresa PROBENA, S.L. me colocou em contato com sua veterinária especializada em nutrição animal, Marta Navarro, que possui um alto nível cientifico e técnico e me serviu amplas informações sobre os benefícios que podem oferecer tal produto complementando a alimentação dos pássaros. Com seu assessoramento iniciei uma serie de testes práticos de aplicação dos prebiótico, corretamente dosado e administrado com a farinhada de cria.
Os resultados iniciais destes testes parecem ser positivos, razão pela qual me decidi a redigir este trabalho, uma vez que considero ser interessante para o conhecimento dos que praticamos a ornitologia desportiva.
Em qualquer aviário, pode ocorrer uma serie de circunstancias capazes de introduzir elementos patogênicos infecciosos com capacidade para provocar um stress social e ambiental, suficiente para incrementar as doenças de nossos pássaros. Circunstancias estas que podem ser:
Entrada de novos exemplares adquiridos ou intercambiados com o propósito de melhorar o plantel de reprodutores ou reduzir a consangüinidade;
Saídas de nossos exemplares para Concursos e Exposições;
Excessivos números de visitas não previstas ao aviário;
A aquisição e reposição de estoque de sementes e outros alimentos;
Mudanças bruscas de temperatura e outras circunstâncias do manejo diário.

Ademais, quando possuímos algum exemplar que por sua importância genética, sua qualidade reprodutora e sua beleza fenótipa, a qualidade na interpretação da partitura nos canários de canto, a beleza de sua forma ou posição quanto a postura, sem darmos conta dos cuidados especiais (geralmente sentimental) com as aves que envelhecem e são mais vulneráveis aos efeitos negativos citados anteriormente.
O envelhecimento dos pássaros de gaiola não se pode considerar como uma enfermidade, se não como uma perda progressiva e imperceptível da capacidade de adaptação como conseqüência de um déficit da reserva funcional de seus diferentes órgãos, ou seja, uma síndrome geriátrica.
Estudos recentes têm evidenciado que os antioxidantes nutricionais naturais, possuem capacidade suficiente para prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida dos seres que os ingerem. Cada vez adquire mais adeptos a idéia de que a administração prolongada de um suplemento, ou ingrediente adicional antioxidante a dieta diária é capaz de potencializar os mecanismos de defesa natural dos pássaros.
O prebiótico “EVENCIT ORNIT”, objeto deste trabalho, é um produto de origem natural obtido a partir de quatro variedades de cítricos: o pomelo, a tangerina, a bergamota e a laranja, todos eles ricos em vitamina C, bioflavonóides e ácidos graxos polinsaturados que atuam sobre o organismo do pássaro, com um período de ação lenta mas de forma progressiva e contínua.
A associação de bioflavonóides e vitamina C, possui efeitos sinérgicos que potenciam sua atividade antioxidante metabólica. O primeiro nível de atuação do produto se realiza no trato digestivo, onde exerce uma ação reguladora da flora intestinal, uma vez que protege as mucosas digestivas. Uma vez efetuada tal absorção protege o sistema imunológico do pássaro, com o que se melhora a resposta do organismo ao stress e as doenças.
A partir da segunda semana de administração do produto, quando comecei a observar que as fezes depositadas nas bandejas das gaiolas eram mais compactas (menos liquidas do que o normal), apesar de que os pássaros continuavam consumindo a mesma dieta habitual, incluindo o fornecimento diário de alface e maçãs. Até hoje venho observando:
Que o “odor clássico e peculiar do aviário”, como conseqüência do depósito – em meu aviário semanal – no fundo das bandejas de gaiolas, reduziu notavelmente apesar das elevadas temperaturas de verão;
Que o cruzamento continuou normal;
Que a muda ocorreu bem e a fixação dos pigmentos carotenóides, de uso habitual nos pássaros de fator vermelho foram assimilados perfeitamente;
Que não houve mortalidade com índices superiores ao normal neste período de cria e que os pássaros tanto jovens como adultos estão sadios, cantantod, bem pigmentados e com plumagem brilhante e aderido ao corpo.

Por tudo isso e a nível pratico, creio que a administração deste prebiótico seguramente nos ajudara a controlar patologias intestinais dos pássaros, a estimular o sistema imunológico, a reduzir o stress ambiental e a retardar o envelhecimento melhorando assim a saúde de nossos pássaros.
CONCLUSÕES
Para terminar, direi que o que de maneira especial me levou a redigir este trabalho informativo foi lembrar que “a arte de curar com elementos naturais originários do reino vegetal é tão antigo como a própria humanidade”, como já disse em trabalho anterior sobre fitoterapia.
As técnicas atuais permitem melhorar o conhecimento e o uso destas substancias naturais para nosso beneficio, o que facilita reservar as substancias sintéticas (como antibióticos) para combater situações infecciosas concretas e importantes, reduzindo a aparição de resistências bacterianas aos antibióticos.
Considero, pois, que pode ser interessante para os aficionados criadores de pássaros – sob orientação de seu veterinário habitual – estarem interados dos resultados de testes até hoje positivas, obtidas em meu aviário com o prebiótico “EVENCIT ORNIT”.
Referencias Bibliograficas:
Dra. Elinor Mc. Cartney, "Selecciones Avícolas" de abril de 2002
Prof. Baltasar Mayo. "Canal Salud", 2000-2001.
Dra. Isabel Goñi, Faculdad de Farmacia U. Complutense, Madrid.
Información Técnico-científica facilitada por Probena, S.L. – 2002.
Control de experimentación práctica dirigido por la veterinaria Marta Navarro.
Fonte: www.criadourorenascer.com.br