Alimentos Funcionais - Prebióticos e probióticos
Por ALFONSO BARRA,
Membro da C.R.O./COM
Tradução: Eduardo C. Rosatti
Quinabra - Quimica Natural Brasileira Ltda
INTRODUÇÃO
Recentemente tem surgido com todo seus atrativos entre os criadores que praticam a Ornitologia Desportiva (que já conhecíamos e tínhamos experiência com o uso de algum probiótico em nosso aviário) a inquietude em conhecer e entender o que são e como atuam no organismo dos pássaros de gaiola os prebióticos.
Dado a novidade do tema e a importância que, para melhorar a salubridade, evitar o stress, retardar o envelhecimento e proporcionar uma ótima qualidade de vida aos pássaros de companhia, pode implicar na aplicação de algum prebiótico ou probiótico, é o que me leva a publicar este trabalho meramente informativo.
Iniciarei indicando como define a palavra prebiótico a Dra. I. Goñi, da Faculdade de Farmácia da Universidade Complutense de Madrid, quando disse que é o “ingrediente alimentar não digestível que afeta beneficamente o hospedeiro que o ingere, estimulando de forma seletiva o crescimento e atividade, de um numero limitado de espécies bacterianas benéficas residentes no intestino”, que em nosso caso e o dos pássaros de gaiola.
Assim mesmo direi que a palavra probiótico é definida pelo Prof. B. Mayo, do C.S.I.C em Astúrias, como “suplementos alimentícios com bactérias vivas que contribuem para manter o equilíbrio microbiano do trato intestinal”.
Há mais de duas décadas a utilização de lactobacilos intestinais já era conhecido, se bem que atualmente se utilizam outras varias cepas de agentes microbianos “ amigos”.
Resumindo, creio que pode-se dizer que os prebióticos e os probióticos formam um conjunto de elementos conhecidos e denominados alimentos funcionais, que são “ingredientes alimentares que produzem efeitos benéficos para a saúde”; são básicos para entender como é possível operar de maneira natural e benéfica sobre o sistema imunológico dos pássaros para evitar, amenizar ou reduzir os efeitos nocivos das doenças, melhorando a qualidade de vida das aves em nossos aviários.
ANTIOXIDANTES NUTRICIONAIS
A informação e experiência sobre o uso e aplicação em meu aviário do prebiótico “EVENCIT ORNIT” é recente e conseqüência de haver contatado a Empresa Probena, S.L., com sede em Pinseque (Zaragoza), que é quem importa e comercializa dito produto, depois de haver lido na publicação “Selecciones Avícola” o trabalho “Vuelve el império de la natural”, de quem é autora a Dra. Elinor Mc. Cartney de Pen e Tec Consulting.
O prebiótico “EVENCIT ORNIT” é um extrato de cítricos bioestabilizados, que oferece alta disponibilidade de bioflavonóides e ácido ascórbico (vitamina C), entre outros componentes naturais próprios dos cítricos.
A empresa PROBENA, S.L. me colocou em contato com sua veterinária especializada em nutrição animal, Marta Navarro, que possui um alto nível cientifico e técnico e me serviu amplas informações sobre os benefícios que podem oferecer tal produto complementando a alimentação dos pássaros. Com seu assessoramento iniciei uma serie de testes práticos de aplicação dos prebiótico, corretamente dosado e administrado com a farinhada de cria.
Os resultados iniciais destes testes parecem ser positivos, razão pela qual me decidi a redigir este trabalho, uma vez que considero ser interessante para o conhecimento dos que praticamos a ornitologia desportiva.
Em qualquer aviário, pode ocorrer uma serie de circunstancias capazes de introduzir elementos patogênicos infecciosos com capacidade para provocar um stress social e ambiental, suficiente para incrementar as doenças de nossos pássaros. Circunstancias estas que podem ser:
Entrada de novos exemplares adquiridos ou intercambiados com o propósito de melhorar o plantel de reprodutores ou reduzir a consangüinidade;
Saídas de nossos exemplares para Concursos e Exposições;
Excessivos números de visitas não previstas ao aviário;
A aquisição e reposição de estoque de sementes e outros alimentos;
Mudanças bruscas de temperatura e outras circunstâncias do manejo diário.
Ademais, quando possuímos algum exemplar que por sua importância genética, sua qualidade reprodutora e sua beleza fenótipa, a qualidade na interpretação da partitura nos canários de canto, a beleza de sua forma ou posição quanto a postura, sem darmos conta dos cuidados especiais (geralmente sentimental) com as aves que envelhecem e são mais vulneráveis aos efeitos negativos citados anteriormente.
O envelhecimento dos pássaros de gaiola não se pode considerar como uma enfermidade, se não como uma perda progressiva e imperceptível da capacidade de adaptação como conseqüência de um déficit da reserva funcional de seus diferentes órgãos, ou seja, uma síndrome geriátrica.
Estudos recentes têm evidenciado que os antioxidantes nutricionais naturais, possuem capacidade suficiente para prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida dos seres que os ingerem. Cada vez adquire mais adeptos a idéia de que a administração prolongada de um suplemento, ou ingrediente adicional antioxidante a dieta diária é capaz de potencializar os mecanismos de defesa natural dos pássaros.
O prebiótico “EVENCIT ORNIT”, objeto deste trabalho, é um produto de origem natural obtido a partir de quatro variedades de cítricos: o pomelo, a tangerina, a bergamota e a laranja, todos eles ricos em vitamina C, bioflavonóides e ácidos graxos polinsaturados que atuam sobre o organismo do pássaro, com um período de ação lenta mas de forma progressiva e contínua.
A associação de bioflavonóides e vitamina C, possui efeitos sinérgicos que potenciam sua atividade antioxidante metabólica. O primeiro nível de atuação do produto se realiza no trato digestivo, onde exerce uma ação reguladora da flora intestinal, uma vez que protege as mucosas digestivas. Uma vez efetuada tal absorção protege o sistema imunológico do pássaro, com o que se melhora a resposta do organismo ao stress e as doenças.
A partir da segunda semana de administração do produto, quando comecei a observar que as fezes depositadas nas bandejas das gaiolas eram mais compactas (menos liquidas do que o normal), apesar de que os pássaros continuavam consumindo a mesma dieta habitual, incluindo o fornecimento diário de alface e maçãs. Até hoje venho observando:
Que o “odor clássico e peculiar do aviário”, como conseqüência do depósito – em meu aviário semanal – no fundo das bandejas de gaiolas, reduziu notavelmente apesar das elevadas temperaturas de verão;
Que o cruzamento continuou normal;
Que a muda ocorreu bem e a fixação dos pigmentos carotenóides, de uso habitual nos pássaros de fator vermelho foram assimilados perfeitamente;
Que não houve mortalidade com índices superiores ao normal neste período de cria e que os pássaros tanto jovens como adultos estão sadios, cantantod, bem pigmentados e com plumagem brilhante e aderido ao corpo.
Por tudo isso e a nível pratico, creio que a administração deste prebiótico seguramente nos ajudara a controlar patologias intestinais dos pássaros, a estimular o sistema imunológico, a reduzir o stress ambiental e a retardar o envelhecimento melhorando assim a saúde de nossos pássaros.
CONCLUSÕES
Para terminar, direi que o que de maneira especial me levou a redigir este trabalho informativo foi lembrar que “a arte de curar com elementos naturais originários do reino vegetal é tão antigo como a própria humanidade”, como já disse em trabalho anterior sobre fitoterapia.
As técnicas atuais permitem melhorar o conhecimento e o uso destas substancias naturais para nosso beneficio, o que facilita reservar as substancias sintéticas (como antibióticos) para combater situações infecciosas concretas e importantes, reduzindo a aparição de resistências bacterianas aos antibióticos.
Considero, pois, que pode ser interessante para os aficionados criadores de pássaros – sob orientação de seu veterinário habitual – estarem interados dos resultados de testes até hoje positivas, obtidas em meu aviário com o prebiótico “EVENCIT ORNIT”.
Referencias Bibliograficas:
Dra. Elinor Mc. Cartney, "Selecciones Avícolas" de abril de 2002
Prof. Baltasar Mayo. "Canal Salud", 2000-2001.
Dra. Isabel Goñi, Faculdad de Farmacia U. Complutense, Madrid.
Información Técnico-científica facilitada por Probena, S.L. – 2002.
Control de experimentación práctica dirigido por la veterinaria Marta Navarro.
Fonte: www.criadourorenascer.com.br
quinta-feira, 25 de abril de 2013
terça-feira, 19 de março de 2013
Calosidades em Aves de Torneio: Que mistério é esse.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Infertilidade na Criação
Coccidiose: Entendendo o Mistério!
Coccidiose: Entendendo o Mistério!
Prezados leitores e amigos! Agora que estão todos com suas aves ganhando troféus conforme edição passada me volto a uma questão que nunca havia falado aqui. Eu trago hoje para vocês a verdade sobre a coccidiose. Aí vocês me perguntam vai ser a mesma historinha dos outros. Eu digo a vocês que vocês serão surpreendidos pela verdade. Então trazendo de forma descontraída e irreverente estaremos hoje abordando a verdade sobre a coccidiose e verminoses.
Vamos separar o nosso bate papo. Vamos começar pelas verminoses. Vou tentar ser simples, ok. Sem muitas palavras difíceis. Uma ave pode ter verme propriamente dito que se dividem em nematóide e trematóides (redondo ou chato). O ciclo evolutivo da maioria dos vermes intestinais das aves necessita de um hospedeiro intermediário no ciclo que será sempre um invertebrado (minhocas). Então já começamos com a nossa primeira revelação: uma ave de gaiola dificilmente terá verme. Por que isso Dr.?? Por que esses nematóides em quase sua totalidade precisam de um hospedeiro intermediário ou paratêmico para fechar o ciclo. Esses hospedeiros são normalmente minhocas de vida livre. Ora ora.. então você concorda comigo que quem tem verme é ave de terreno (galinha, pavão, etc). Aí vem uma duvida terrível na cabeça de vocês. E o verme da traquéia que muita gente fala.. eu nunca vi! Isso se dá pelo fato do seu Trinca Ferro não ir ao chão comer hospedeiro intermediário. Mas fulaninho me falou que todo Trinca tem. Enfim.. e como agem esses antiparasitários?! Temos vermífugo que mata verme. as bases são muitas como o mebendazol, albendazol, febendazol e por aí vai. Ora, se eu estou falando que ave de gaiola não tem verme. Porque dar vermífugo?! Enfim, comprovem fazendo exame de fezes em suas aves. Ave não é um cãozinho que toma remédio de verme de tempos em tempos. Vamos ser mais realistas e críticos. Vamos passar para o próximo raciocínio.
Então ave de gaiola não tem nada?!? Claro que tem. Tem Coccídeos! Esses coccídeos são divididos em uma série de espécies. em ordem de importância temos Isospora spp (90%) Eimeria spp (5%) e os outros (5%).. e porque a ave tem mais coccídeos!? Porque são de ciclo direto. A ave elimina o coccídeo nas fezes e este fica na gaiola e em média em 5 dias matura e vira infectante. Daí a ave se contamina de novo. Perceberam porque a lenda de dizer que a doença está na gaiola existe. É verdade! Mas existem desinfetantes para isso (Amônia Quaternária). O segredo além de combater o protozoário de forma correta esta em desinfetar da mesma forma o ambiente em que sua ave vive.
Como você pode ver são inúmeras espécies de coccídeos e cada um se trata de uma forma. Isospora é de uma forma Eimeria é de outra. Enfim não adianta dar um remédio como preventivo entendeu!? Usar coccidiostático não mata o coccídeo. Você faz apenas uma espécie de encistamento do coccídeo (bradizoíta). Se o animal passar por um stress os coccídeos voltam a uma fase de taquizoíta e causa doença de novo. Não to dizendo que não uso. Até uso, mas depende da clínica do animal, pois esses remédios agem de forma mais rápida e evita muitas vezes a morte do animal.
Por isso você deve fazer exame de fezes para determinar qual o coccídeo e o grau de infecção. Com isso você vai saber qual medicamento utilizar de forma adequada e debelar a infecção no seu plantel ou na sua ave. Logicamente existem outras medidas principalmente higiênicas para acabar com a infecção, além de quarentena de animais novos e tal. Vai ter muita gente falando que besteira. baboseira e tal.. mas é verdade. Só que é mais fácil dar algum preventivo e rezar do que fazer exame de fezes. O assunto é longo.. mas o tempo é curto. Despeço-me por aqui e depois desse tema bombástico espero estar de volta na próxima edição. Como não poderia faltar deixo o pensamento do dia: ´´ O fracasso é um excelente oportunidade para o sucesso´´.
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Dr. Felipe Victório de Castro Bath
Médico Veterinário CRMV-RJ 8772
Especialista em Biologia, Manejo e Medicina da Conservação dos Animais Selvagens
Mestre em Microbiologia Veterinária pela UFRRJ
Tel.: (21)81014122/ (21)78795270
ID.:10*96860 / (21)22786652
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
MUDA - TROCA DE PENAS
MUDA - TROCA DE PENAS
1. Observe que durante a muda os passaros reduzem o seu metabolismo, por isto comem pouco, justamente no momento em que mais precisam comer para repor as energias gasta na Troca de penas.
2. Observe que durante a muda os passaros voam pouco, perdem a mobilidade por motivos óbvios. Imagine em vida selvagem ter que encontrar o seu alimento durante o inverno, quando não existe a fartura típica da Primavera e Verão. Observe ainda ter que voar grandes distâncias para encontra-los. Daí a redução do metabolismo, logo, comem pouco quando necessitariam comer muito, para poder repor as energias gastas durante a “Troca de Penas”.
3. Observe que aqui no Brasil os passaros trocam de penas praticamente no Outono / Inverno, ou quando as temperaturas começam a cair. Como ficar sem a plumagem no frio? Sera que o frio favorece a muda? A muda ocorre no momento em que os dias começam a ficar mais curtos, escurece mais cedo, sendo assim os passaros passam a maior parte do tempo (noites mais longas) em descanso. Observe que a nova plumagem, ou melhor, as penas que se encontram em processo de crescimento e “Cura” (enxugamento do sangue dos canhões) não podem ser submetidas ` ação mecânica do vento, caso ocorra, o passaro repetira a muda ou fara um “Repique” na plumagem, logo não devem ser submetidos a ação plena do vento antes da hora.
Conclusão:
Estas são algumas das questões que podemos levantar numa rapida abordagem. Todas as questões aqui enumeradas parecem conflitantes, pois, os passaros não se alimentam na razão direta das suas necessidades, tem o seu metabolismo atenuado para atender a escassez dos alimentos, escassez esta, característica da época, que nos parece imprópria `a muda, pois faz frio, exatamente no momento em que os passaros estao perdendo as penas.
Todas estas questões aqui levantadas, nos levam a acreditar que o organismo dos passaros efetua uma reserva calórica compatível com suas necessidades durante a muda, não sendo necessario qualquer suplementação de nutrientes em condições normais de saúde.
Acreditamos que uma suplementação com “Concentrados Vitamínicos e ou Ferrosos” sejam de todo desnecessario pela sobrecarga que ira submeter o fígado do passaro, quando este, acreditamos possuir reservas de Glicogênio armazenadas em quantidades suficientes a manter o Tônus necessario a que a Muda se processe sem alterações. Faço restrição apenas aos passaros que não entraram espontaneamente na muda, por apresentarem deficiências nutricionais indispensaveis a faze-lo.
Nestes casos e somente nestes, ministro o Protovit Plus do laboratório Roche até que a muda se instale.
Mesmo sendo muito resistentes, as penas dos pássaros precisam ser substituídas anualmente. Embora, a qualquer momento, se uma pena for arrancada ou vier a cair por qualquer motivo, outra nasça em seu lugar, a época da muda das penas ocorre após a estação de reprodução, no período compreendido entre janeiro e maio, com maior concentração nos meses de fevereiro e março. Na natureza o período de troca da plumagem se arrasta por cerca de quatro meses. Em viveiros ou gaiolões também é mais demorada. Tudo por conta da necessidade de o pássaro manter uma condição ótima de vôo.
Em ambiente doméstico, ocupando gaiolas típicas, não deve levar mais de 8 semanas na troca da plumagem. Há espécimes que completam a muda em 40 dias, mas estes são a exceção e não a regra.
A época da muda varia um pouco de uma região para outra, sendo influenciada pela temperatura, umidade relativa do ar, etc.
Aspectos psicológicos podem influenciar a entrada do pássaro em muda. Um pássaro em meio às fêmeas ou ouvindo e disputando canto com outros machos poderá retardar sua entrada na muda. O pássaro necessita tranqüilidade para uma muda natural.
Devemos evitar prolongar o período de reprodução para não comprometer a muda do plantel. Os filhotes tirados a mais nessa temporada, serão cobrados na produção futura.
Fatores de estresse como mudança de ambiente, viagens, variações bruscas de temperatura, mudanças e desequilíbrios na dieta poderão precipitar a entrada do pássaro na muda.
Forçar a muda não é prática recomendável.
A muda é um processo natural na vida das aves, relacionado a fatores biológicos, ligados aos hormônios produzidos pela tireóide. A fase da muda é mais complexa que a simples substituição das penas, envolvendo processos que não são percebidos como, por exemplo, a reorganização do aparelho reprodutivo. Durante a muda, as fêmeas não produzem óvulos e os machos perdem temporariamente a fertilidade. Daí ser comum ocorrer de um pássaro, próximo de entrar na muda ou terminando-a, galar uma fêmea e não fertilizar os ovos.
Durante a muda os machos esfriam, param de cantar e na maioria das vezes diminuem muito a sua movimentação na gaiola. Na natureza param as disputas territoriais e se juntam aos bandos, machos e fêmeas.
As penas devem cair devagar, naturalmente, de forma a que quase não se perceba sua entrada em muda. Se de um dia para outro a gaiola aparecer forrada de penas ou se partes da pele estiverem expostas, há algo errado.
Os filhotes nascem quase pelados, cobertos com uma finíssima plumagem. Aos poucos vão aparecendo as penas e quando saem do ninho já estão empenados por inteiro.
No terceiro ou quarto mês de vida efetuarão uma muda que chamamos muda de ninho. O filhote fará uma muda rápida de penas que chamamos MUDA DE PARDO. As mudas de penas anuais ocorrerão então mais ou menos 12 meses à partir desta muda de pardo. Após a muda de pardo, o Curió deverá ser colocado na VOADEIRA por 20 dias, para que possa voltar ao seu estado atlético, já que na muda o curió passa por um processo de letargia e após este período levá-lo para passear. Se não for possível levá-lo passear, deixá-lo dentro do carro por algum tempo ajudará no seu desenvolvimento (não esqueça de deixá-lo à sombra e com boa ventilação). Quanto mais se “mexer”com o Curió, mudando-o constantemente de um ambiente para outro, melhor.
Essa muda de pardo não é completa, . As penas das asas e da cauda não são substituídas (rémiges e rectrizes). Mudam somente as penas do peito e da cabeça.
Nos adultos a muda das penas das asas e do rabo é iniciada do centro para as extremidades. Em ambas as asas as quedas são simultâneas. As penas do corpo são renovadas quase simultaneamente e as últimas a serem substituídas são as da cabeça. Dizemos que enxugou a muda quando não vemos mais nenhum cartucho de penas novas em sua cabeça.
Podem ocorrer características particulares na muda de alguns pássaros, sem que, necessariamente, esteja ocorrendo um problema. No final da primeira muda completa os machos curiós apresentam penas pretas mescladas com penas marrons, sendo chamados pintões ou maracajás. Essa plumagem marca o que seria o período de adolescência . Na próxima muda ficará com a definitiva plumagem negra e será considerado adulto.
A muda de penas é um evento natural na vida dos pássaros, não pode ser tratada como uma enfermidade. No entanto, os pássaros ficam mais debilitados e suscetíveis às doenças nesse período, inspirando mais atenção, especialmente com variações bruscas de temperatura e com correntes de ar.
Temperaturas mais elevadas favorecem uma muda mais rápida. Muitos criadores encapam a gaiola durante a muda, com a intenção de manter o pássaro mais tranqüilo e protegido de variações bruscas de temperatura. Com a menor circulação de ar pela gaiola encapada, podem surgir problemas sanitários causados pelos vapores emanados dos excrementos do pássaro, notadamente a amônia. Podem ocorrer desde irritações dos olhos e das vias respiratórias até uma intoxicação mais séria. Para contornar o problema, é colocado na bandeja da gaiola carvão vegetal triturado. O carvão vegetal é conhecido pela sua capacidade de absorção e retenção de substâncias químicas. Tanto é que sua presença é comum em muitos filtros. Isso deu início à lenda de que carvão no fundo da gaiola ajuda na muda. Já vimos vários criadores com gaiolas desencapadas e forradas de carvão, para “desencruar a muda”.
Os banhos são permitidos e recomendados, com a precaução de evitar dias e horas mais frios. Duas gotinhas de vinagre de maçã na água do banho ajudam na prevenção de ácaros e conferem um aspecto de limpeza à plumagem. Banhos de sol são excelentes.
Uma dieta equilibrada é garantia de muda bem feita.
Quando um pássaro muda de forma mais lenta, é comum ouvirmos que está com muda francesa. No entanto, não há propriedade nessa afirmação, se o pássaro não estiver acometido por um vírus natural dos mamíferos que se adaptou às aves, mais precisamente um polyomavirus, da família dos papovaviridae, neste caso designado por um avipolyomavirus. Na realidade, a muda francesa se trata de uma variante menos fatal do verdadeiro vírus, designado por Budgerigar Fledgling Disease Virus (BFDV), característico por afetar o crescimento das penas. Pássaros adultos poderão ser portadores assintomáticos dessa virose. É comum que apresentem plumagem irregular e sem brilho, com algumas penas mais curtas ou eriçadas.
Quando a muda não transcorre como o previsto, devemos buscar as causas do problema.
As causas clínicas mais comuns são parasitas de pele, parasitas internos (vermes, protozoários), infecções bacterianas ou fúngicas na pele ou nos folículos das penas, alergias, distúrbios hormonais, desnutrição, aspergilose (infecção respiratória fúngica), doenças internas (doenças hepáticas) e carências nutricionais.
As causas psicológicas ou comportamentais são o estresse, medo, susto, luz no criatório reduzindo as horas de sono, mudança brusca na rotina do pássaro, presença de outros pássaros cantando no recinto ou mistura de machos e fêmeas, principalmente, em diferentes estágios da muda.
Outra prática tradicional de muitos criadores é colocar o pássaro para exercitar-se em gaiolões no final da muda.
E exercícios são benéficos não apenas para os pássaros. No entanto, colocar um pássaro em um gaiolão e depois de um mês devolve-lo à gaiola convencional é uma prática de pouca valia. Equivale a praticarmos esporte durante um mês por ano.
Os pássaros que são condicionados a permanecer em gaiolões, passando para gaiolas convencionais apenas por ocasião de passeios, treinamentos e torneios, apresentam condição física superior em suas apresentações. É impressionante como se mostram alegres com a aproximação da gaiola. Sabem que vão passear.
Concluída a muda é hora de vermifugar o plantel, cortar as unhas que estiverem fora de medida e iniciar os preparativos para a temporada de reprodução e torneios.
É esta a minha pratica e entendimento da questão.
Gilson Ferreira-BA
1. Observe que durante a muda os passaros reduzem o seu metabolismo, por isto comem pouco, justamente no momento em que mais precisam comer para repor as energias gasta na Troca de penas.
2. Observe que durante a muda os passaros voam pouco, perdem a mobilidade por motivos óbvios. Imagine em vida selvagem ter que encontrar o seu alimento durante o inverno, quando não existe a fartura típica da Primavera e Verão. Observe ainda ter que voar grandes distâncias para encontra-los. Daí a redução do metabolismo, logo, comem pouco quando necessitariam comer muito, para poder repor as energias gastas durante a “Troca de Penas”.
3. Observe que aqui no Brasil os passaros trocam de penas praticamente no Outono / Inverno, ou quando as temperaturas começam a cair. Como ficar sem a plumagem no frio? Sera que o frio favorece a muda? A muda ocorre no momento em que os dias começam a ficar mais curtos, escurece mais cedo, sendo assim os passaros passam a maior parte do tempo (noites mais longas) em descanso. Observe que a nova plumagem, ou melhor, as penas que se encontram em processo de crescimento e “Cura” (enxugamento do sangue dos canhões) não podem ser submetidas ` ação mecânica do vento, caso ocorra, o passaro repetira a muda ou fara um “Repique” na plumagem, logo não devem ser submetidos a ação plena do vento antes da hora.
Conclusão:
Estas são algumas das questões que podemos levantar numa rapida abordagem. Todas as questões aqui enumeradas parecem conflitantes, pois, os passaros não se alimentam na razão direta das suas necessidades, tem o seu metabolismo atenuado para atender a escassez dos alimentos, escassez esta, característica da época, que nos parece imprópria `a muda, pois faz frio, exatamente no momento em que os passaros estao perdendo as penas.
Todas estas questões aqui levantadas, nos levam a acreditar que o organismo dos passaros efetua uma reserva calórica compatível com suas necessidades durante a muda, não sendo necessario qualquer suplementação de nutrientes em condições normais de saúde.
Acreditamos que uma suplementação com “Concentrados Vitamínicos e ou Ferrosos” sejam de todo desnecessario pela sobrecarga que ira submeter o fígado do passaro, quando este, acreditamos possuir reservas de Glicogênio armazenadas em quantidades suficientes a manter o Tônus necessario a que a Muda se processe sem alterações. Faço restrição apenas aos passaros que não entraram espontaneamente na muda, por apresentarem deficiências nutricionais indispensaveis a faze-lo.
Nestes casos e somente nestes, ministro o Protovit Plus do laboratório Roche até que a muda se instale.
Mesmo sendo muito resistentes, as penas dos pássaros precisam ser substituídas anualmente. Embora, a qualquer momento, se uma pena for arrancada ou vier a cair por qualquer motivo, outra nasça em seu lugar, a época da muda das penas ocorre após a estação de reprodução, no período compreendido entre janeiro e maio, com maior concentração nos meses de fevereiro e março. Na natureza o período de troca da plumagem se arrasta por cerca de quatro meses. Em viveiros ou gaiolões também é mais demorada. Tudo por conta da necessidade de o pássaro manter uma condição ótima de vôo.
Em ambiente doméstico, ocupando gaiolas típicas, não deve levar mais de 8 semanas na troca da plumagem. Há espécimes que completam a muda em 40 dias, mas estes são a exceção e não a regra.
A época da muda varia um pouco de uma região para outra, sendo influenciada pela temperatura, umidade relativa do ar, etc.
Aspectos psicológicos podem influenciar a entrada do pássaro em muda. Um pássaro em meio às fêmeas ou ouvindo e disputando canto com outros machos poderá retardar sua entrada na muda. O pássaro necessita tranqüilidade para uma muda natural.
Devemos evitar prolongar o período de reprodução para não comprometer a muda do plantel. Os filhotes tirados a mais nessa temporada, serão cobrados na produção futura.
Fatores de estresse como mudança de ambiente, viagens, variações bruscas de temperatura, mudanças e desequilíbrios na dieta poderão precipitar a entrada do pássaro na muda.
Forçar a muda não é prática recomendável.
A muda é um processo natural na vida das aves, relacionado a fatores biológicos, ligados aos hormônios produzidos pela tireóide. A fase da muda é mais complexa que a simples substituição das penas, envolvendo processos que não são percebidos como, por exemplo, a reorganização do aparelho reprodutivo. Durante a muda, as fêmeas não produzem óvulos e os machos perdem temporariamente a fertilidade. Daí ser comum ocorrer de um pássaro, próximo de entrar na muda ou terminando-a, galar uma fêmea e não fertilizar os ovos.
Durante a muda os machos esfriam, param de cantar e na maioria das vezes diminuem muito a sua movimentação na gaiola. Na natureza param as disputas territoriais e se juntam aos bandos, machos e fêmeas.
As penas devem cair devagar, naturalmente, de forma a que quase não se perceba sua entrada em muda. Se de um dia para outro a gaiola aparecer forrada de penas ou se partes da pele estiverem expostas, há algo errado.
Os filhotes nascem quase pelados, cobertos com uma finíssima plumagem. Aos poucos vão aparecendo as penas e quando saem do ninho já estão empenados por inteiro.
No terceiro ou quarto mês de vida efetuarão uma muda que chamamos muda de ninho. O filhote fará uma muda rápida de penas que chamamos MUDA DE PARDO. As mudas de penas anuais ocorrerão então mais ou menos 12 meses à partir desta muda de pardo. Após a muda de pardo, o Curió deverá ser colocado na VOADEIRA por 20 dias, para que possa voltar ao seu estado atlético, já que na muda o curió passa por um processo de letargia e após este período levá-lo para passear. Se não for possível levá-lo passear, deixá-lo dentro do carro por algum tempo ajudará no seu desenvolvimento (não esqueça de deixá-lo à sombra e com boa ventilação). Quanto mais se “mexer”com o Curió, mudando-o constantemente de um ambiente para outro, melhor.
Essa muda de pardo não é completa, . As penas das asas e da cauda não são substituídas (rémiges e rectrizes). Mudam somente as penas do peito e da cabeça.
Nos adultos a muda das penas das asas e do rabo é iniciada do centro para as extremidades. Em ambas as asas as quedas são simultâneas. As penas do corpo são renovadas quase simultaneamente e as últimas a serem substituídas são as da cabeça. Dizemos que enxugou a muda quando não vemos mais nenhum cartucho de penas novas em sua cabeça.
Podem ocorrer características particulares na muda de alguns pássaros, sem que, necessariamente, esteja ocorrendo um problema. No final da primeira muda completa os machos curiós apresentam penas pretas mescladas com penas marrons, sendo chamados pintões ou maracajás. Essa plumagem marca o que seria o período de adolescência . Na próxima muda ficará com a definitiva plumagem negra e será considerado adulto.
A muda de penas é um evento natural na vida dos pássaros, não pode ser tratada como uma enfermidade. No entanto, os pássaros ficam mais debilitados e suscetíveis às doenças nesse período, inspirando mais atenção, especialmente com variações bruscas de temperatura e com correntes de ar.
Temperaturas mais elevadas favorecem uma muda mais rápida. Muitos criadores encapam a gaiola durante a muda, com a intenção de manter o pássaro mais tranqüilo e protegido de variações bruscas de temperatura. Com a menor circulação de ar pela gaiola encapada, podem surgir problemas sanitários causados pelos vapores emanados dos excrementos do pássaro, notadamente a amônia. Podem ocorrer desde irritações dos olhos e das vias respiratórias até uma intoxicação mais séria. Para contornar o problema, é colocado na bandeja da gaiola carvão vegetal triturado. O carvão vegetal é conhecido pela sua capacidade de absorção e retenção de substâncias químicas. Tanto é que sua presença é comum em muitos filtros. Isso deu início à lenda de que carvão no fundo da gaiola ajuda na muda. Já vimos vários criadores com gaiolas desencapadas e forradas de carvão, para “desencruar a muda”.
Os banhos são permitidos e recomendados, com a precaução de evitar dias e horas mais frios. Duas gotinhas de vinagre de maçã na água do banho ajudam na prevenção de ácaros e conferem um aspecto de limpeza à plumagem. Banhos de sol são excelentes.
Uma dieta equilibrada é garantia de muda bem feita.
Quando um pássaro muda de forma mais lenta, é comum ouvirmos que está com muda francesa. No entanto, não há propriedade nessa afirmação, se o pássaro não estiver acometido por um vírus natural dos mamíferos que se adaptou às aves, mais precisamente um polyomavirus, da família dos papovaviridae, neste caso designado por um avipolyomavirus. Na realidade, a muda francesa se trata de uma variante menos fatal do verdadeiro vírus, designado por Budgerigar Fledgling Disease Virus (BFDV), característico por afetar o crescimento das penas. Pássaros adultos poderão ser portadores assintomáticos dessa virose. É comum que apresentem plumagem irregular e sem brilho, com algumas penas mais curtas ou eriçadas.
Quando a muda não transcorre como o previsto, devemos buscar as causas do problema.
As causas clínicas mais comuns são parasitas de pele, parasitas internos (vermes, protozoários), infecções bacterianas ou fúngicas na pele ou nos folículos das penas, alergias, distúrbios hormonais, desnutrição, aspergilose (infecção respiratória fúngica), doenças internas (doenças hepáticas) e carências nutricionais.
As causas psicológicas ou comportamentais são o estresse, medo, susto, luz no criatório reduzindo as horas de sono, mudança brusca na rotina do pássaro, presença de outros pássaros cantando no recinto ou mistura de machos e fêmeas, principalmente, em diferentes estágios da muda.
Outra prática tradicional de muitos criadores é colocar o pássaro para exercitar-se em gaiolões no final da muda.
E exercícios são benéficos não apenas para os pássaros. No entanto, colocar um pássaro em um gaiolão e depois de um mês devolve-lo à gaiola convencional é uma prática de pouca valia. Equivale a praticarmos esporte durante um mês por ano.
Os pássaros que são condicionados a permanecer em gaiolões, passando para gaiolas convencionais apenas por ocasião de passeios, treinamentos e torneios, apresentam condição física superior em suas apresentações. É impressionante como se mostram alegres com a aproximação da gaiola. Sabem que vão passear.
Concluída a muda é hora de vermifugar o plantel, cortar as unhas que estiverem fora de medida e iniciar os preparativos para a temporada de reprodução e torneios.
É esta a minha pratica e entendimento da questão.
Gilson Ferreira-BA
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Como coletar material corretamente para exame

Foto 2: Observar o halo de ´´ água ´´ que o papel absorve. Indicativo de problemas bactrianos de maneira geral.

Foto 3: Fezes amareladas. Sugestivo de pancreatite.

Foto 4: Halo em tamanho normal, porém esverdeado. Sugestivo de hepatopatias.

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Piolhos, Ácaros e o uso de Ivermectina em Aves!?

Foto 2.: Observar ao lado da haste central das penas milhares de ovos de piolho Malófago de Calopsita.

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Dr. Felipe Victório de Castro Bath
Médico Veterinário CRMV-RJ 8772
Especialista em Biologia, Manejo e Medicina da Conservação dos Animais Selvagens
Mestre em Microbiologia Veterinária pela UFRRJ
Tel.: (21)81014122/ (21)22786652
(21) 78795270 / 10*96860
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