quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Alimentação

Alimentação
       Vivemos uma fase de transição na alimentação da avicultura de gaiola. A introdução de farinhadas e extrusados na alimentação de curiós e outros granívoros ainda encontra grande resistência entre os criadores.
       Como há 40 anos não se admitia que os cães, essencialmente carnívoros, pudessem ser criados saudáveis com rações industrializadas, atualmente a maioria dos criadores e mantenedores de pássaros em gaiolas acredita na tradicional mistura de sementes como forma mais adequada para alimentá-los.
        A migração para alimentos industrializados é a tendência natural. Na medida que as pesquisas evoluem e os resultados se tornam mais evidentes, um número cada vez maior de criadores passa a empregar alimentos extrusados.

       A mistura de sementes é uma grande vulnerabilidade do controle sanitário do plantel. É difícil obter sementes que tenham sido corretamente armazenadas desde sua colheita até a embalagem para comercialização. Níveis de umidade acima do recomendado, pulverização com produtos para o combate de pragas, manuseio sem higiene e, principalmente, o desenvolvimento de fungos com produção de micotoxinas são problemas constantes com as sementes.

       É possível, com um investimento um pouco maior, adquirir semente e misturas de sementes, de fornecedores que providenciam sua esterilização por radiação e incluem adsorventes de micotoxinas, eliminando, dessa forma, a maioria dos seus inconvenientes.

       Uma boa mistura de sementes deve se basear em 50 % de alpiste e 40 % de uma mistura de painços variados. Nos últimos 10 % o criador poderá incluir uma mistura de arroz cateto com casca e outras sementes de sua preferência como Aveia descascada, Níger, Nabão, Colza, Linhaça, Erva-doce, Perila, Quinua, etc... O alpiste é a semente que mais se aproxima dos valores nutricionais aceitos como dieta básica adequada para a manutenção dos curiós. Os diversos tipos de painço possuem o mesmo resultado nutricional e são diversificados na mistura de sementes apenas como forma de torná-la mais palatável para os pássaros. Como os curiós são extremamente ativos, sua dieta pode ser um pouco mais energética que a de outros pássaros.

       Os curiós consomem pequenas quantidades diárias de sementes. Um erro de muitos criadores é a adoção de comedouros de grande capacidade que recebem uma quantidade sementes que poderia durar mais de uma semana para ser consumida. Diariamente assopram as cascas e recompletam os comedouros. Dessa forma, ao assoprarem as sementes, poderão contaminá-las com uma serie de bactérias e vírus, enquanto a porção que permanece no fundo comedouro por muitos dias desenvolverá grande quantidade de fungos.
       Na temporada de cria, a alimentação de filhotes pode incluir as sementes germinadas e pré-germinadas. Com o início do processo de germinação, ocorre um aumento da disponibilidade de nutrientes, necessários ao desenvolvimento da nova planta. Essa maior disponibilidade pode ser aproveitada, com grande resultado, na alimentação dos filhotes. Recomendamos a leitura de um artigo sobre o assunto, no link SEMENTES GERMINADAS

       Os curiós aceitam muito bem as farinhadas, principalmente quando acrescidas de ovos cozidos.
       Embora cada criador tenha a sua fórmula de farinhada, e muitas sejam as opções industrializadas, adotamos a Farinatta Premium Curió e Bicudo, fabricada pela Angercal. Para cada ovo cozido e passado na peneira, adicionamos 4 colheres de sopa da Farinatta. Os ovos devem ser cozidos por um período entre 20 e 25 minutos de fervura. Um tempo menor de cocção não assegura a eliminação de salmonelas e um tempo maior implica em significativa perda de nutrientes. Empregamos gema e clara.   Há necessidade de retirada dos restos ao final do dia, pois é grande o risco de fermentação em função da umidade conferida pelo ovo cozido.
       Servimos essa mistura em comedouros tipo unha grande.
       Consideramos esse preparo fundamental para a alimentação dos filhotes.

       Mantemos duas extrusadas à disposição dos nossos pássaros. A Alcon Club Curiós, da Alcon e a SM 16, da MegaZoo.        A aceitação da Alcon Club Curiós é excelente e o seu consumo significativo por todos os pássaros do plantel. A aceitação da SM 16 não é tão boa. Alguns pássaros a rejeitam ou consomem pouco.
       Entendemos que o uso de rações extrusadas e farinhadas industrializadas acrescenta qualidade na alimentação dos pássaros. Mas não recomendamos a eliminação da mistura de sementes. Os curiós gostam de descascar sementes. Seu consumo faz parte do instinto natural. Devemos, ainda, levar em conta a possibilidade de transferência de um pássaro para outro plantel e sua maior facilidade de adaptação ao novo manejo alimentar, seja com sementes ou com rações.

       Verduras como o Almeirão ou a Chicória são bem aceitos pelos curiós. Também o Jiló e o Maxixe. Milho verde, em espigas, é muito apreciado pelos curiós, mas deve ser servido com moderação e retirado ao final do dia. O milho verde é muito energético e apresenta baixo nível protéico.
       Não empregamos frutas, legumes ou verduras, pelo risco de presença de agrotóxicos. Mesmo o milho verde pode apresentar resíduos tóxicos. Quem tiver certeza da origem e ausência de produtos químicos poderá empregá-los com os seus pássaros.

       As larvas de Tenébrio Molitor são empregadas por muitos criadores, especialmente para fêmeas que estejam tratando de filhotes. Os alimentos vivos foram importantes há tempos atrás. Atualmente, a diversidade de produtos industrializados torna seu uso um risco desnecessário. Não empregamos alimentos vivos em nosso criatório.
       Se o criador puder produzir suas larvas livres de fungos e bactérias, poderá oferecê-las aos seus curiós. Sugerimos aos interessados pela criação de larvas, a leitura de um artigo no link CRIAÇÃO DE LARVAS SEM FUNGOS

       Uma areia com granulometria fina é importante para a digestão dos curiós. É preciso muito cuidado com grãos maiores que podem ficar presos no interior do bico ou mesmo, ferir o epitélio intestinal.

       Água de boa qualidade deve ser trocada diariamente e servida em bebedouros com capacidade mínima de 50 mL. Bebedouros menores comprometerão a qualidade da água ao longo do dia.
       Preferimos empregar bebedouros com coloração âmbar, para maior proteção contra os efeitos da luz solar.

Fonte: http://www.cantoefibra.com.br/

RAÇÕES EXTRUSADAS SEM MEDO

RAÇÕES EXTRUSADAS SEM MEDO
A alimentação representa o principal fator na vida do passaro, portanto, é importante uma dieta adequada do ponto de vista nutricional e que estimule o consumo gerando os melhores fatores de conversão sob todos os aspectos,  como: longevidade, produtividade saúde alimentar e a relação custo benefício.
 O que é a Extrusão

Consiste em submeter o alimento a variações de pressão abruptas, elevando a pressão interna do alimento e diminuindo a externa, o que causaria uma expansão da matéria. A tecnologia de expansão de alimentos esta baseada em expor a massa alimentícia a ser processada a uma alta temperatura por um curto espaço de tempo. Após essa exposição os alimentos passam pelos processos normais de peletização (Dra Flavia Maria de Oliveira Borges- Médica Veterinaria - Nutrição Animal ).

Algumas vantagens com rações extrusadas.
A diminuição de bactérias patogênicas, mofos e fungos, pode chegar a zero com a combinação de temperatura, pressão e umidade nas extrusoras e expansoras, ao contrario dos grãos de sementes seriamente comprometidos com infestações de micotoxinas - substâncias produzidas por fungos que se desenvolvem nos grãos - que por serem estáveis não são destruídas pelo calor, cocção ou congelamento.

Estudos científicos nos revelam que uma estimativa de 25% das sementes produzidas no mundo estejam contaminadas com micotoxinas (Feeding Times).
Muito importante que nós passarinheiros estejamos alertas na aquisição destes produtos, afinal o cerealista não tem a mesma responsabilidade que os fabricantes de rações animais. Estes, com infraestrutura industrial voltadas para o aprimoramento de seus produtos, no campo da pesquisa científica e nutricional, visam atender o mercado cada vez mais exigente e competitivo.
JGH-Sitio do Curió 
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Alcon Club Curió é uma ração extrusada de alta digestibilidade que atende totalmente às exigências nutricionais de pássaros como Curió, Bicudo e Azulão, podendo perfazer 100 % de sua alimentação. Contém Prebiótico que promove o crescimento seletivo de bactérias benéficas presentes nos intestinos, diminuindo por competição os microorganismos patogênicos e prevenindo infecções intestinais. Seu uso evita problemas nutricionais, como excesso de gordura e deficiência de vitaminas, freqüentes nas dietas à base de sementes. Elaborada com ingredientes selecionados, vitaminas e minerais de alta qualidade, esta alimentação apresenta as cores, textura e aroma mais agradáveis aos pássaros. Proporciona considerável economia, já que o consumo é cerca de 30 a 40 % menor que o volume de sementes que seriam utilizadas, em função das cascas e do desperdício de sementes pelos pássaros. alcon Club Curió facilita muito o manejo, pois não há necessidade da rotina diária de soprar as cascas das sementes. Deste modo a ração pode ser fornecida para vários dias. A ausência de agrotóxicos, normalmente presente nas sementes, evita intoxicações e doenças pulmonares. Criadores profissionais que utilizam a ração há mais de 10 anos atestam que o uso continuado do produto melhora o potencial reprodutivo e o estado nutricional do pássaro, aumentando sua resistência e diminuindo sobremaneira a incidência de doenças e a mortalidade, além de aumentar a vitalidade, a beleza das penas e o vigor do canto.
Modo de Usar:
Servir em comedouros limpos e secos. Deixar água limpa sempre à disposição. Pássaros habituados às dietas a base de sementes poderão estranhar inicialmente o novo alimento. Neste caso, para facilitar a adaptação, deve-se proceder a mistura da ração com as sementes de costume, conforme a tabela:

1º ao 3º dia
¼ ração  -  ¾ sementes
4º ao 6º dia
½ ração  -  ½ sementes
7º ao 9º dia
¾ ração  -  ¼ sementes
A partir do 10º dia
Somente alcon Club Curió

Composição Básica do Produto:
Creme de milho, proteína hidrolisada de soja, ovo desidratado, óleo de soja refinado, leveduras, suplemento vitamínico mineral, prebiótico, corante alimentício, aromatizante natural, antioxidante BHT.
Alcon Club Top Lifeé um alimento altamente nutritivo, necessário para a manutenção da vitalidade dos pássaros nos períodos de maior exigência, como reprodução, muda de penas, convalescença ou estresse. Viagens, mudança de local, excesso de ruídos e doenças são algumas das causas de estresse em pássaros.
Elaborado em processo de extrusão, com ingredientes selecionados, ovos desidratados, vitaminas e minerais de alta qualidade, alcon Club Top Life apresenta excelente palatabilidade e proporciona adequada nutrição para adultos e filhotes, com grande digestibilidade. Contém Prebiótico que promove o crescimento seletivo de bactérias benéficas presentes nos intestinos, diminuindo por competição os microorganismos patogênicos e prevenindo infecções intestinais. Este efeito favorece a instalação da flora intestinal adequada nos filhotes, responsável pela melhoria na digestão e maior resistência às doenças. O uso de alcon Club Top Life aumenta a eficiência reprodutiva, reduzindo a incidência de ovos gorados, além de melhorar sensivelmente o canto. A suplementação alimentar nos períodos de maior exigência nutricional pode também ser feita com extrema eficiência com alcon Club Farinhada com Ovo para Canários, Alcon Club Farinhada com Ovo para Psitacídeos e alcon Club Farinhada - Pássaros Frugívoros e Insetívoros, além dos suplementos da linha alcon Club.
Modo de Usar:
Servir em comedouros limpos e secos, nos períodos de reprodução e muda, ou a partir do momento em que se observar sintomas de doença ou sinais de estresse. Durante o período de alimentação dos filhotes, alcon Club Top Life pode ser servido úmido, em comedouro separado. Neste caso, o comedouro deverá ser lavado diariamente. Não é necessário acrescentar ovos.
Composição Básica do Produto:
Trigo Integral, creme de milho, proteína texturizada de soja, farinha de carne, óleo de soja refinado, ovo integral desidratado, fosfato bicálcico, cloreto de sódio, suplemento vitamínico mineral, prebiótico, aroma de anis, antioxidante BHT.
Eventuais Substitutivos:
Remoído de trigo, farinha de trigo, fubá de milho.

As micotoxinas são substâncias produzidas por fungos que se desenvolvem nos grãos. As mesmas são estáveis e não destruídas por calor, cocção ou congelamento.
Estudos científicos nos revelam uma estimativa de 25% das sementes produzidas no mundo estejam contaminadas com micotoxinas (Feeding times).
Mesmo níveis muito baixos destas toxinas podem causar problemas como carcinoma hepático, baixa na humidade, alta conversão alimentar, baixa produção de ovos, mau empenamento,diarréia, lesões de pele e mucosa, perda de peso, baixo rendimento em torneios e nos casos de intoxicação aguda, a morte.
Preocupados por esta ameaça e sempre levados pela filosofia na produção e o alto rendimento da nossa criação, pesquisamos as possíveis soluções para evitar a intoxicação de nossas aves através da mistura das sementes.
Os resultados foram surpreendentes! chegamos a identificar produtos absorventes de micotoxinas, sem nenhuma contra indicação ou efeitos colaterais, de origem natural (Pró-bióticos) que neutralizam completamente a ação tóxica do tão indesejável inimigo, responsavel pela mortalidade de nossas aves de estimação.
Desta forma estamos desenvolvendo misturas de sementes balanceadas para nossos curiós, coleiras, bicudos e outros granívoros, adicionando às referidas misturas dois grupos de aditivos importados de altíssima qualidade ou seja, absorvente de micotoxinas, neutralizando a ação tóxica e anti-fungo, inibindo a formação de colônias, respectivamente.
O nosso processo de produção inclue sementes de alta qualidade e confiabilidade com os produtos aditivos acima e com preços extremamente baixos. VERIFIQUE !!!! 

MUDA - TROCA DE PENAS E BICO.

 MUDA - TROCA DE PENAS
Gostaria de poder escrever por varias horas seguidas sobre o assunto “Troca de Penas” entretanto, irei direto ao centro da questão:

1.    Observe que durante a muda os passaros reduzem o seu metabolismo, por isto comem pouco, justamente no momento em que mais precisam comer para repor as energias gasta na Troca de penas.

2.    Observe que durante a muda os passaros voam pouco, perdem a mobilidade por motivos óbvios. Imagine em vida selvagem ter que encontrar o seu alimento durante o inverno, quando não existe a fartura típica da Primavera e Verão. Observe  ainda ter que voar grandes distâncias para encontra-los. Daí a redução do metabolismo, logo, comem pouco quando necessitariam comer muito, para poder repor as energias gastas durante a “Troca de Penas”.

3.    Observe que aqui no Brasil os passaros trocam de penas praticamente no Outono / Inverno, ou quando as temperaturas começam a cair. Como ficar sem a plumagem no frio??? Sera que o frio favorece a muda???  A muda ocorre no momento em que os dias começam a ficar mais curtos, escurece mais cedo, sendo assim os passaros passam a maior parte do tempo (noites mais longas) em descanso. Observe que a nova plumagem, ou melhor, as penas que se encontram em processo de crescimento e “Cura” (enxugamento do sangue dos canhões) não podem ser submetidas ` ação mecânica do vento, caso ocorra, o passaro repetira a muda ou fara um “Repique” na plumagem, logo não devem ser submetidos a ação plena do vento antes da hora.  

Conclusão:

Estas são algumas das questões que podemos levantar numa rapida abordagem. Todas as questões aqui enumeradas parecem conflitantes, pois, os passaros não se alimentam na razão direta das suas necessidades, tem o seu metabolismo atenuado para atender a escassez dos alimentos, escassez esta, característica da época, que nos parece imprópria `a muda, pois faz frio, exatamente no momento em que os passaros estao perdendo as penas.

Todas estas questões aqui levantadas, nos levam a acreditar que o organismo dos passaros efetua uma reserva calórica compatível com suas necessidades durante a muda, não sendo necessario qualquer suplementação de nutrientes em condições normais de saúde.  
 Acreditamos que uma suplementação com “Concentrados Vitamínicos e ou Ferrosos” sejam de todo desnecessario pela sobrecarga que ira submeter o fígado do passaro, quando este, acreditamos possuir reservas de Glicogênio armazenadas em quantidades suficientes a manter o Tônus necessario a que a Muda se processe sem alterações.  Faço restrição apenas aos passaros que não entraram espontaneamente na muda, por apresentarem deficiências nutricionais indispensaveis a faze-lo.
Nestes casos e somente nestes, ministro o Protovit Plus do laboratório Roche até que a muda se instale.
 É esta a minha pratica e entendimento da questão.
 Gilson Ferreira-BA
Gilson Bahia, em síntese, ensina:
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MUDA DE BICO
Em síntese Gilson Bahia ensina:
              I
A muda de Bico é o processo pelo qual as aves substituem o revestimento queratinoso do bico, gasto pelo tempo e pelo uso por um revestimento novo. Muitas vezes esta muda ocorre em uma época determinada do ano, conhecida como “Época da Muda” que normalmente coincide com a muda anual da plumagem. O processo de muda de bico é bastante complexo ao entendimento mediante a simples observação visual, contudo, temos observado o desprendimento da velha camada de revestimento queratinoso  mediante a ação da nova camada que surge como elemento impulsor do processo de perda do velho revestimento que esfolia e se desprende do bico para dar lugar à nova camada que surge.
A nova camada cobre uniformemente todo o bico, e segrega a camada gasta por uma nova camada especial de células que surge sob a camada velha como se fosse uma espécie de liquido que ao contato com o ar endurece expulsando a camada residual ao mesmo tempo em que toma o seu lugar como revestimento novo. Todo o processo completa-se em torno de cinco a seis semanas, e proporciona ao passaro uma debilidade alimentar,       consequência da perda de parte da eficiência de algumas funções vitais do Bico. Neste período devemos fornecer aos Curiós alimentos de consistência branda, buscando facilitar as operações de esmagamento e descascagem das sementes oferecidas. Recomenda-se neste período em que os Curios sofrem restrições alimentares, por terem reduzido a eficiência mecânica do seu bico, um regime alimentar rico em proteínas, destinadas a reporem as reservas do organismo, gastas  com a Muda de Penas e Bico.
            Costumamos ministrar no bebedouro um complexo vitamínico aliado a uma mistura de sementes a base de Painços com o intuito de minimizar os problemas nutricionais provocados pela Muda em questão.
A Muda de Bico normalmente ocorre conjuntamente com a Muda anual de penas. Entretanto, alguns Curios as fazem de forma tão gradual que não chega a ser notada pelo criador, outros Curiós não seguem esta regra.  Atribuímos este comportamento à presença de deficiências nutricionais que termina por canalizar as reservas de proteinas para a Muda de Penas obrigando-os a efetuar a Muda de Bico em período distinto . Alguns Curiós antecipam a Muda  de Bico em relação à de penas, que só tera início alguns meses depois da conclusão desta. Nestes  casos o criador geralmente observa a presença das sementes esmagadas no comedouro, e este fato indica a presença da muda, que, quando  isolada, apresenta-se bem mais forte que a muda combinada com a de penas.  Quando a Muda de Bico apresenta-se isolada, é comum a observação por parte do criador de áreas do bico com coloração diferenciada mostrando claramente o surgimento do novo revestimento queratinoso.
Quando a muda de penas ocorre, e as penas caem uma após a outra, em uma sucessão uniforme e regular, sendo que na medida em que caem são substituídas em ordem igualmente regular por penas novas, e a muda é espaçada de forma harmoniosa, os Curiós conservam a sua capacidade de voar durante este período e apresentam  uma muda de bico imperceptível aos olhos do criador, sendo este comportamento muito comum aos Curiós criados em viveiros. Comportamento contrario verifica-se nos Curiós de Gaiola que perderam ao longo do tempo esta capacidade, ficando incapacitados de voar durante a muda combinada de penas e bico exigindo do criador cuidados especiais de manejo. A camada queratinosa tem vida e esta vida é limitada, quando a camada superficial morre é substituída por uma nova e o seu ciclo de vida é anual.
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MUDA DE PENAS
Mesmo sendo muito resistentes, as penas dos pássaros precisam ser substituídas anualmente. Embora, a qualquer momento, se uma pena for arrancada ou vier a cair por qualquer motivo, outra nasça em seu lugar, a época da muda das penas ocorre após a estação de reprodução, no período compreendido entre janeiro e maio, com maior concentração nos meses de fevereiro e março. Na natureza o período de troca da plumagem se arrasta por cerca de quatro meses. Em viveiros ou gaiolões também é mais demorada. Tudo por conta da necessidade de o pássaro manter uma condição ótima de vôo.
Em ambiente doméstico, ocupando gaiolas típicas, não deve levar mais de 8 semanas na troca da plumagem. Há espécimes que completam a muda em 40 dias, mas estes são a exceção e não a regra.
A época da muda varia um pouco de uma região para outra, sendo influenciada pela temperatura, umidade relativa do ar, etc.
Aspectos psicológicos podem influenciar a entrada do pássaro em muda. Um pássaro em meio às fêmeas ou ouvindo e disputando canto com outros machos poderá retardar sua entrada na muda. O pássaro necessita tranqüilidade para uma muda natural.
Devemos evitar prolongar o período de reprodução para não comprometer a muda do plantel. Os filhotes tirados a mais nessa temporada, serão cobrados na produção futura.
Fatores de estresse como mudança de ambiente, viagens, variações bruscas de temperatura, mudanças e desequilíbrios na dieta poderão precipitar a entrada do pássaro na muda.
Forçar a muda não é prática recomendável.
A muda é um processo natural na vida das aves, relacionado a fatores biológicos, ligados aos hormônios produzidos pela tireóide. A fase da muda é mais complexa que a simples substituição das penas, envolvendo processos que não são percebidos como, por exemplo, a reorganização do aparelho reprodutivo. Durante a muda, as fêmeas não produzem óvulos e os machos perdem temporariamente a fertilidade. Daí ser comum ocorrer de um pássaro, próximo de entrar na muda ou terminando-a, galar uma fêmea e não fertilizar os ovos.
Durante a muda os machos esfriam, param de cantar e na maioria das vezes diminuem muito a sua movimentação na gaiola. Na natureza param as disputas territoriais e se juntam aos bandos, machos e fêmeas.
As penas devem cair devagar, naturalmente, de forma a que quase não se perceba sua entrada em muda. Se de um dia para outro a gaiola aparecer forrada de penas ou se partes da pele estiverem expostas, há algo errado.
Os filhotes nascem quase pelados, cobertos com uma finíssima plumagem. Aos poucos vão aparecendo as penas e quando saem do ninho já estão empenados por inteiro.
No terceiro ou quarto mês de vida efetuarão uma muda que chamamos muda de ninho.
 O filhote fará uma muda rápida de penas que chamamos MUDA DE PARDO. As mudas de penas anuais ocorrerão então mais ou menos 12 meses à partir desta muda de pardo. Após a muda de pardo, o Curió deverá ser colocado na VOADEIRA por 20 dias, para que possa voltar ao seu estado atlético, já que na muda o curió passa por um processo de letargia e após este período levá-lo para passear. Se não for possível levá-lo passear, deixá-lo dentro do carro por algum tempo ajudará no seu desenvolvimento (não esqueça de deixá-lo à sombra e com boa ventilação). Quanto mais se “mexer”com o Curió, mudando-o constantemente de um ambiente para outro, melhor.
Essa muda de pardo não é completa, . As penas das asas e da cauda não são substituídas (rémiges e rectrizes). Mudam somente as penas do peito e da cabeça.
Nos adultos a muda das penas das asas e do rabo é iniciada do centro para as extremidades. Em ambas as asas as quedas são simultâneas. As penas do corpo são renovadas quase simultaneamente e as últimas a serem substituídas são as da cabeça. Dizemos que  enxugou a muda quando não vemos mais nenhum cartucho de penas novas em sua cabeça.
Podem ocorrer características particulares na muda de alguns pássaros, sem que, necessariamente, esteja ocorrendo um problema. No final da primeira muda completa os  machos curiós apresentam penas pretas mescladas com penas marrons, sendo chamados pintões ou maracajás. Essa plumagem marca o que seria o período de adolescência . Na próxima muda ficará com a definitiva plumagem negra e será considerado adulto.
A muda de penas é um evento natural na vida dos pássaros, não pode ser tratada como uma enfermidade. No entanto, os pássaros ficam mais debilitados e suscetíveis às doenças nesse período, inspirando mais atenção, especialmente com variações bruscas de temperatura e com correntes de ar.
Temperaturas mais elevadas favorecem uma muda mais rápida. Muitos criadores encapam a gaiola durante a muda, com a intenção de manter o pássaro mais tranqüilo e protegido de variações bruscas de temperatura. Com a menor circulação de ar pela gaiola encapada, podem surgir problemas sanitários causados pelos vapores emanados dos excrementos do pássaro, notadamente a amônia. Podem ocorrer desde irritações dos olhos e das vias respiratórias até uma intoxicação mais séria. Para contornar o problema, é colocado na bandeja da gaiola carvão vegetal triturado. O carvão vegetal é conhecido pela sua capacidade de absorção e retenção de substâncias químicas. Tanto é que sua presença é comum em muitos filtros. Isso deu início à lenda de que carvão no fundo da gaiola ajuda na muda. Já vimos vários criadores com gaiolas desencapadas e forradas de carvão, para “desencruar a muda”.
Os banhos são permitidos e recomendados, com a precaução de evitar dias e horas mais frios. Duas gotinhas de vinagre de maçã na água do banho ajudam na prevenção de ácaros e conferem um aspecto de limpeza à plumagem. Banhos de sol são excelentes.
Uma dieta equilibrada é garantia de muda bem feita.
Quando um pássaro muda de forma mais lenta, é comum ouvirmos que está com muda francesa. No entanto, não há propriedade nessa afirmação, se o pássaro não estiver acometido por um vírus natural dos mamíferos que se adaptou às aves, mais precisamente um polyomavirus, da família dos papovaviridae, neste caso designado por um avipolyomavirus. Na realidade, a muda francesa se trata de uma variante menos fatal do verdadeiro vírus, designado por Budgerigar Fledgling Disease Virus (BFDV), característico por afetar o crescimento das penas. Pássaros adultos poderão ser portadores assintomáticos dessa virose. É comum que apresentem plumagem irregular e sem brilho, com algumas penas mais curtas ou eriçadas.
Quando a muda não transcorre como o previsto, devemos buscar as causas do problema.
As causas clínicas mais comuns são parasitas de pele, parasitas internos (vermes, protozoários), infecções bacterianas ou fúngicas na pele ou nos folículos das penas, alergias, distúrbios hormonais, desnutrição, aspergilose (infecção respiratória fúngica), doenças internas (doenças hepáticas) e carências nutricionais.
As causas psicológicas ou comportamentais são o estresse, medo, susto, luz no criatório reduzindo as horas de sono, mudança brusca na rotina do pássaro, presença de outros pássaros cantando no recinto ou mistura de machos e fêmeas, principalmente, em diferentes estágios da muda.
Outra prática tradicional de muitos criadores é colocar o pássaro para exercitar-se em gaiolões no final da muda.
E exercícios são benéficos não apenas para os pássaros. No entanto, colocar um pássaro em um gaiolão e depois de um mês devolve-lo à gaiola convencional é uma prática de pouca valia. Equivale a praticarmos esporte durante um mês por ano.
Os pássaros que são condicionados a permanecer em gaiolões, passando para gaiolas convencionais apenas por ocasião de passeios, treinamentos e torneios, apresentam condição física superior em suas apresentações. É impressionante como se mostram alegres com a aproximação da gaiola. Sabem que vão passear.
Concluída a muda é hora de vermifugar o plantel, cortar as unhas que estiverem fora de medida e iniciar os preparativos para a temporada de reprodução e torneios.
 

Muda de Bico

Muda de Bico
        Morfologia & Função
        O Bico é a proeminência córnea da boca das aves, composto por uma estrutura óssea fundamental na vida de um pássaro, é o elemento coletor e selecionador dos alimentos, bem como separador das impurezas, preparando-os para ingestão. Possui forma cônica nos granívoros, a exemplo dos Curiós, onde a sua robustez e tamanho depende exclusivamente do regime alimentar que o meio ambiente lhes oferece.
        Responsável pela apanha e preparo dos alimentos, o bico exerce diversas funções vitais, indo desde a função de defesa e ataque constituindo-se numa poderosa arma, a função de manter a plumagem em ordem e articulação do canto.
        Partes Integrantes do Bico
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        Estrutura & Composição
        O Bico é composto por duas mandíbulas que se articulam dando origem a uma poderosa estrutura capaz de esmagar as mais duras sementes em suas maxilas, em forma de prensa, de fechamento em Torquês.
        Esta estrutura é constituída de um núcleo ósseo recoberto por uma substância córnea denominada queratina ou ceratina, substância protéica do grupo das proteínas ou albuminas que dão ao bico a dureza necessária a exercer as suas funções.
        Esta substância também está presente nas unhas e na composição das penas.
        A queratina se apresenta na cor preta, branca e amarelada sendo mais resistente a de cor preta e mais frágil a de cor branca.

        O Bico possui um funcionamento semelhante ao de um alicate articulado dotado de maior força na sua base e formato cônico próprio para a quebra de sementes que após esmaga-las nas suas maxilas "prensa" (base do bico) utiliza as facas com o auxilio da língua para descasca-las e remover a sua polpa com as quais se alimentam.
        Os bicos não possuem dentes para triturar os alimentos, utilizam a Moela para esta função, bolsa musculosa pertencente ao aparelho digestivo que utiliza em seu interior pedriscos no auxilio a trituração dos alimentos exercendo a função de verdadeiros dentes mediante movimentos de contração da Moela.
        Desgaste Mecânico do Bico
        Com o uso freqüente o bico apresenta um desgaste no revestimento queratinoso, em especial na linha de comissura.
        Este desgaste evita o crescimento exagerado do revestimento protetor da estrutura óssea do bico.
        Entretanto, alguns Curiós por serem submetidos a regimes alimentares com sementes muito duras apresentam um acentuado desgaste, dificultando o processo de esmagamento e descascagem das sementes acarretando uma deficiência alimentar por não serem capazes de executarem convenientemente as suas funções.
        É muito comum verificarmos no comedouro das nossas gaiolas a presença de sementes parcialmente esmagadas. Quando tal fato ocorre observamos que o tegumento das sementes encontra-se semi-abertos sem, contudo, sofrerem o descascamento habitual.
        Este fato é sem dúvida um forte indicador de acentuado desgaste no revestimento queratinoso do bico, por serem estas sementes muito duras ou por acentuado desgaste da queratina na linha de comissura acarretando deficiência na função esmagadora da prensa, ou descascamento das sementes pelas facas.
        Quando ocorrerem sinais de ineficiência na descascagem das sementes, cumpri-nos efetuar uma análise detalhada da estrutura do Bico e seu revestimento queratinoso, pois, as mandíbulas são dotadas de um revestimento foliado dispostos em camadas sucessivas que cressem a partir da base do bico revestindo-o totalmente.
        Quando observamos este comportamento geralmente as camadas foliadas se descolam na linha de comissura, sofrendo segregação, perdendo a sua eficiência mecânica e causando a deficiência de descascagem das sementes.
        Aí, dizemos que o Curió está fazendo a "Muda de Bico".
        Muda de Bico
        A muda de Bico é o processo pelo qual as aves substituem o revestimento Queratinoso do bico, gasto pelo tempo e pelo uso por um revestimento novo.
        Muitas vezes esta muda ocorre em uma época determinada do ano, conhecida como "Época da Muda" que normalmente coincide com a muda anual da plumagem. O processo de muda de bico é bastante complexo ao entendimento mediante a simples observação visual, contudo, temos observado o desprendimento da velha camada de revestimento queratinoso mediante a ação da nova camada que surge como elemento impulsor do processo de perda do velho revestimento que esfolia e se desprende do bico para dar lugar à nova camada que surge.
        A nova camada cobre uniformemente todo o bico, e segrega a camada gasta por uma nova camada especial de células que surge sob a camada velha como se fosse uma espécie de liquido que ao contato com o ar endurece expulsando a camada residual ao mesmo tempo em que toma o seu lugar como revestimento novo.
        Todo o processo completa-se em torno de cinco a seis semanas, e proporciona ao pássaro uma debilidade alimentar, conseqüência da perda de parte da eficiência de algumas funções vitais do Bico.
        Neste período devemos fornecer aos Curiós alimentos de consistência branda, buscando facilitar as operações de esmagamento e descascagem das sementes oferecidas. Recomenda-se neste período em que os Curiós sofrem restrições alimentares, por terem reduzido a eficiência mecânica do seu bico um regime alimentar rico em proteínas, destinadas a reporem as reservas do organismo, gastas com a Muda de Penas e Bico.
        Costumamos ministrar no bebedouro um complexo vitamínico aliado a uma mistura de sementes a base de Painços com o intuito de minimizar os problemas nutricionais provocados pela Muda em questão.
        A Muda de Bico normalmente ocorre conjuntamente com a Muda anual de penas. Entretanto, alguns Curiós as fazem de forma tão gradual que não chega a ser notada pelo criador, outros Curiós não seguem esta regra.
        Atribuímos este comportamento à presença de deficiências nutricionais que termina por canalizar as reservas protéicas para a Muda de Penas obrigando-os a efetuar a Muda de Bico em período distinto.
        Alguns Curiós antecipam a Muda de Bico em relação à de penas, que só terá início alguns meses depois da conclusão desta.
        Nestes casos o criador geralmente observa a presença das sementes esmagadas no comedouro, e este fato indica a presença da muda, que, quando isolada, apresenta-se bem mais forte que a muda combinada com a de penas.
        Quando a Muda de Bico apresenta-se isolada, é comum a observação por parte do criador de áreas do bico com coloração diferenciada mostrando claramente o surgimento do novo revestimento queratinoso.
        Quando a muda de penas ocorre, e as penas caem uma após a outra, em uma sucessão uniforme e regular, sendo que na medida em que caem são substituídas em ordem igualmente regular por penas novas, e a muda é espaçada de forma harmoniosa, os Curiós conservam a sua capacidade de voar durante este período e apresentam uma muda de bico imperceptível aos olhos do criador, sendo este comportamento muito comum aos Curiós criados em viveiros.
        Comportamento contrário verifica-se nos Curiós de Gaiola que perderam ao longo do tempo esta capacidade, ficando incapacitados de voar durante a muda combinada de penas e bico exigindo do criador cuidados especiais de manejo.
        A camada queratinosa tem vida e esta vida é limitada, quando a camada superficial morre é substituída por uma nova e o seu ciclo de vida é anual.




Autor
Gilson Ferreira Barbosa
gilsonferreirabarbosa@hotmail.com
Tel - 73- 211 8233 613 4442
Rua da Espanha, n° 86.
Itabuna-BA. CEP- 45.605-130
Fonte: http://www.cantoefibra.com.br/

DPA - Distúrbios de Plumagem nas Aves

DPA - Distúrbios de Plumagem nas Aves
        Conhecemos a saúde de um curió pela sua plumagem, o "DPA" - Distúrbio de Plumagem nas Aves indica desequilíbrio físico e psíquico da sua saúde e do seu comportamento, refletido na plumagem.
Acreditamos que não existe doença sem o seu agente causador, logo a plumagem funciona como elemento indicador de que algo estar errado com a ave, e precisamos identificar o agente causador através de diagnóstico rápido e preciso, o que nem sempre é possível de ser feito.

        No caso específico da AD. Auto Depenação, temos investigado aspectos inadequados de alimentação e manejo bem como a presença de Stress, entretanto a maioria dos casos não se resolveu devido a não identificação do agente causador e a inexistência de medicamentos específicos ao caso, culminando com a morte das aves por terem sido submetidas a tratamentos agressivos e experimentais.

        Não gostaria de dizer "NÃO TEM JEITO", todavia, relacionarei alguns aspectos tratados por nós com relativo sucesso em nossa criação mediante monitorização de Médico Veterinário especializado:
        1. O curió se auto depena por ter desenvolvido hiper sensibilidade ao calor, colocado em ambiente com temperaturas entre 20ºC e 26ºC graus o problema gradativamente tende a se resolver. O agente causador:
Temperatura elevada no criadouro, evitar telhas de fibrocimento no verão.
        2. Colocação inadequada das caixas de tenébrio sobre as prateleiras da criação, o DPA. Instala-se na maioria das aves, sendo que algumas preservam a cauda e azas, e a cabeça por motivos de acessibilidade. O Agente causador são fungos, ácaros e leveduras provenientes do Substrato das caixas, foram feitas comprovações laboratoriais nestes casos. Tratamento, 04 a 06 gotas de vinagre na água do banho durante 15 dias e mais nada. Claro! Remoção das caixas e assepsia das prateleiras e gaiolas, Sol nelas.
        3. O curió possui "FOGO CRÔNICO" o DPA instala-se na região do peito, ventre, dorso e pernas, e intensifica à medida que a ave escuta o canto de outra ave, provocando uma fogosidade com cantar incessante caracterizando um estado de "Distúrbio Neurológico", neste caso o Curió não deve ser utilizado como Padreador pois temos verificado a manifestação após algum tempo do DPA em toda a sua prole, inclusive fêmeas aonde a característica Fogo Crônico também está presente.
        Enumeramos os seguintes procedimentos:
        1. A ave em questão deve ser vermifugada da seguinte forma: Retira-se o bebedouro deixando-a sedenta por 04 horas consecutivas para em seguida oferece-la em um bebedouro 15ml de água e a quarta Parte de um comprimido de CANEX COMPOSTO (princípio ativo Pamoato de Pirantel) dissolvido para que a ave beba a vontade, em seguida retira-se o bebedouro com o vermífugo e retorna-se com água pura. A ave expelirá todos os vermes (Cestódeos) dentro de no máximo 20 a 30 minutos é impressionante o DPA simplesmente desaparece. Repete-se o tratamento com 30 dias. Se o problema for verminose (Caso mais freqüente) o Curió estará emplumado em 60 dias.
        2. Caso não haja infestação por Cestódeos, ministrar por 30 dias consecutivos a quarta Parte, 0.5mg de um comprimido de Polaramine laboratório Schering-Plough uso humano de 2 mg em 25ml de água (principio ativo Meleato de Dexclorfeniramina). Se o problema for alérgico o Curió estará emplumado em 60 dias.
        3. Caso o problema não tenha sido resolvido com os procedimentos anteriores e haja fortes suspeitas de distúrbios neurocomportamentais, com presença de ferimentos nas áreas depenadas, ministrar por 30 dias consecutivos a quarta parte de um comprimido de OCLADIL laboratório Sandoz uso humano de 01 mg. Em 25ml de água (princípio ativo Cloxazolam) se o problema for neurológico o Curió estará emplumado em 60 dias.
        OBS: Os procedimentos preconizados nos itens de n°(s) 01-02 e 03 envolvem o uso de "DROGAS" portanto devem ser usados com parcimônia mediante prescrição e acompanhamento diário de um Médico Veterinário Especializado em pássaros.
Autor
Gilson Ferreira Barbosa
gilsonferreirabarbosa@hotmail.com
Tel - 73- 211 8233 613 4442
Rua da Espanha, n° 86.
Itabuna-BA. CEP- 45.605-130
Fonte: http://www.cantoefibra.com.br/

PROCESSO DE VERMIFUGAÇÃO

PROCESSO DE VERMIFUGAÇÃO
        Chegamos ao fim da temporada de Cria do Curió aqui no Nordeste, esta se encerra entre o final de março a início de maio, contudo uma regra básica não pode ser esquecida pelos criadores: São três ninhadas por ano e nada mais, mesmo que os pássaros continuem dispostos a prosseguir o processo de reprodução não devemos permitir, ou se quer tentar uma quarta ninhada.
        A reprodução deve ser iniciada em Setembro e interrompida em Março, damos aos Curiós sete meses para tal mister, possibilitando dois meses por ninhada e mais 30 dias para o desenvolvimento do Cortejamento inicial, o fato é que no mês de março após produzirem a terceira ninhada devemos interromper o processo com a remoção do ninho e a retirada do Cortejador, Galador, Sonorização Mecânica ou qualquer elemento estimulador da reprodução do interior do criadouro para que ocorra o esfriamento das matrizes e se inicie o "Recesso de Descanso" ou período de recuperação do plantel, período este compreendido entre a última ninhada e a Troca de Penas "Muda", fundamental para que os pássaros recuperem as energias gastas com a reprodução e preparem o seu organismo para a realização de uma muda tranqüila e sem percalços.
        Este Recesso a que me refiro deve ocorrer entre os meses de Abril e Maio quando devemos substituir a dieta de Cria pela de recuperação do organismo possibilitando a aquisição do Tonos capas de suportar os rigores da Muda.
        A condição física necessária e adequada é fundamental, precisamos chegar ao início do período da Muda com os nossos pássaros em condições saudáveis sem qualquer sinal de esgotamento profundo, precisam estar no fim da muda com boas condições, isto é, no fim do mês de Julho no máximo, para que possamos durante parte do mês de Julho e agosto preparar todo o nosso plantel para a nova Estação de Cria que irá se iniciar durante o mês de Setembro.
        É neste ponto, e após esta explanação resumida da cronologia e dos procedimentos que adotamos, que falaremos da Vermifugação.
        Verminose: Helmintoses (Nematódeos, Cestódeos e Trematódeos).
        Podemos afirmar com vasta comprovação por Exames Parasitológicos de fezes (pesquisa de ovos dos helmintos) que Curiós nascidos em domesticidade, em gaiolas de arame, dotadas de grade de proteção de fundo e bandeja revestida com papel absorvente, em que a grade é substituída de quatro em quatro dias por outra limpa, enquanto a usada é encaminhada para higienização e desinfecção com hipoclorito, e passam quatro dias no sol, e mais, com substituição do papel da bandeja de oito em oito dias (papel absorvente A estiva). "Não tem Verminose" (Helmintoses). Não existe infestação via "Saco Vitelino" a exemplo das que ocorrem nos mamíferos via "Placentária". Esta é a nossa constatação e entendimento com Curiós dotados de "Certificação de Boa Origem".
        Nós, Criadores Amadoristas cuidadosos e dedicados, amantes extremados do Curió, ficamos ansiosos por oferecer-lhes o melhor, custe quanto custar, e, neste afã corremos o risco de Vermifugá-los na época errada e desnecessariamente.
        Não estou pregando a ausência de verminose nos Curiós e sim, a ausência de helmintoses em Pássaros com Certificação de Origem e criados dentro dos critérios descritos.
Vermifugação de Curiós só com Exame Parasitológico de Fezes, (pesquisa dos ovos dos helmintos) e repetido por pelo menos duas vezes.
        Muito cuidado com a "Toxidez" de certos produtos e suas dosagens que devem ser em função do "Peso Vivo" do pássaro (penas não contam) e que acima de tudo precisam estar em condições apropriadas de saúda para receberem este tratamento.
        O organismo do Curió reage rapidamente às agressões, não nos dando tempo a reparar erros que poderão ser fatais.
        Ministrar vermífugo diariamente por sete dias ou mais, é no meu entender uma temeridade, este ato pode minar, debilitar a resistência hepática dos nossos Curiós provocando problemas futuros que não saberemos a causa nem como resolve-los.
        Temos encontrado Helmintoses do tipo Cestódeos (tênias) em Curiós "MATEIROS" ou oriundos de criadouros negligentes com a limpeza, verdadeiros depósitos de pássaros.
        Ministramos aos Curiós de origem desconhecida, ou em regime de "Descaso com a higiene" apenas quando constatamos em exame de Laboratório a presença de ovos ou vermes do tipo Cestódeos expelidos nas fezes e observados inclusive a olho nú, usamos o Vermífugo de nome "Canex Composto" Fabricado pelo laboratório Agribands do Brasil Ltda. Rod. Campinas/Paulínia Km 122 S/N Paulínia SP. Tel-(19) 3884-7188. Usamos ½ comprimido em 20ml de água, deixamos os Curiós sedentos por 4 horas e fornecemos o conteúdo do bebedouro por apenas uma única "Bebida" dose única, em seguida retiramos o bebedouro para outra gaiola até o último Curió, com exame parasitológico positivo.
        Repetimos o procedimento com 15 dias. Os resultados são observados em 10 a 15 minutos com a expulsão dos vermes que podemos observar a olhos nus e, até ajudarmos em sua remoção, pois ficam pendurados no anus do Curió.
        Não temos a pretensão de polemizar o assunto, pretendemos apenas formalizar a nossa opinião sobre esta questão hora em discussão aqui no grupo.
        Aqueles que por ventura discordem do dito ou tenham posições divergentes, por favor, desconsiderem o exposto.
Mas polêmica não.
Autor
Gilson Ferreira Barbosa
gilsonferreirabarbosa@hotmail.com
Tel - 73- 211 8233 613 4442
Rua da Espanha, n° 86.
Itabuna-BA. CEP- 45.605-130
Fonte: http://www.cantoefibra.com.br/