sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Treinamento

 Quando o objetivo é apresentar nossos pássaros em torneios, seja qual for a modalidade, devemos dedicar-lhes manejo específico, de forma a que possam expressar todo o seu potencial.
        Mesmo a atividade reprodutiva necessita de alguma preparação do curió para que desempenhe a função de galador.
Nessas atividades pouco vale a máxima do "o que é bom nasce pronto".

        Preparação do galador
        Quando desejamos empregar um curió como reprodutor é importante que o apresentemos às fêmeas, por alguns instantes, desde quando for pintado ou maracajá. Dessa forma, ele irá despertando a libido, perdendo a timidez e desenvolvendo o hábito de cantar para cortejar a fêmea.
        É importante encostar sua gaiola em uma gaiola criadeira vazia, ambas com os passadores abertos. Dessa forma ele adquirirá a habilidade necessária para passar de uma gaiola para outra com desenvoltura.

        Em um segundo momento, devemos colocar uma gaiola com uma fêmea encostada a outra gaiola criadeira vazia. A gaiola do nosso futuro galador será encostada na criadeira vazia, com os passadores abertos, mas separada por uma divisória. Quando retiramos a divisória ele poderá passar da sua gaiola para a criadeira vazia, buscando a aproximação com a fêmea que estará no outro lado.         Deverá adquirir desenvoltura nessa passagem para a gaiola criadeira, retornando posteriormente para sua.

        Outro recurso empregado por alguns criadores é manter, durante a época da muda de penas, quando os pássaros estão frios, o seu futuro galador com uma fêmea, em um gaiolão maior, do tipo voadeira. Dessa forma ele acostuma com a presença da fêmea no mesmo ambiente. Aprende a evitar os pequenos desentendimentos, fugindo de quaisquer atitudes mais agressivas das fêmeas.
        É importante que, ao adotar tal prática, não escolhamos uma fêmea muito agressiva, pois o efeito poderia ser a intimidação do futuro galador.

        O momento da primeira cruza é decisivo para o futuro do curió como reprodutor. A fêmea escolhida deve ser de excelente temperamento e dócil por ocasião da cópula. A fêmea inexperiente, que nunca tenha sido galada ou cujo temperamento se desconheça deve ser evitada. Se for agredido na primeira tentativa poderá ficar intimidado e nunca voltar a galar.
        É comum que curiós galem ainda maracajás ou mesmo pardos, mas dificilmente são aceitos pelas fêmeas antes de adquirirem a definitiva plumagem de adulto.
        Se tiver sucesso, será galador para sempre. Com a prática melhorará suas habilidades.

        Preparação para as rodas de fibra
        Esse trabalho já começa com a seleção dos filhotes com maior aptidão para fibra. Quando os filhotes ainda estão reunidos em gaiolões já é possível identificar os machos dominantes. Corrichiam mais que os outros e de forma intimidatória. Demarcam territórios para si. Expulsam os demais filhotes quando estão no comedouro, no bebedouro ou na banheira. Escolhem para si as melhores posições nos poleiros.

        Durante todo o período da criação, especialmente durante os banhos de sol, devem ser dispostos de forma que possam ver outros curiós. Dessa forma acostumam a cantar de cara, sem intimidar-se com a presença dos outros.
        Mudanças de ambiente e passeios são importantes para desinibi-los. Passeios em locais onde existam brejos são muito apreciados pelo curió. Visitas a outros criadores onde possa ouvir curiós cantando e, preferencialmente, onde possa envolver-se em disputas de canto, colaboram para o seu desenvolvimento.
        Quando já estiverem pretos, poderão frequentar as badernas (disputas reunindo vários curiós para treinamento). Devem ser posicionados inicialmente a certa distância do local onde estão reunidos os curiós em disputa de canto. Na medida em que demonstrem segurança, cantando com desenvoltura, devem ser aproximados dos demais. Esse manejo deve prosseguir até que ele cante com desenvoltura, enfrentando curiós em gaiolas próximas. Quando estiver reduzindo o volume de canto deve ser retirado do local.

        A próxima etapa é a mais complexa e importante para o sucesso do curió nos torneios: o acasalamento. O curió sem fêmea, se tiver aptidão para as disputas de fibra, cantará com desenvoltura na roda. Irá, no entanto, diminuir progressivamente a quantidade de cantos. Os torneios são um grande desafio. A roda começa normalmente às 8h e a última marcação pode acontecer após o meio-dia. Nessas circunstâncias, o efeito fêmea é fundamental para incentivar o curió a se manter motivado para a disputa.

   O primeiro desafio será encontrar uma fêmea com a qual se afine. Em ambiente isolado, a fêmea que se deseja acasalar deve ser mantida colada a sua gaiola, separada por uma divisória, de modo que se escutem sem se enxergarem. Quando o curió gosta da fêmea, muda seu comportamento. Produz emissões sonoras características, como se fossem filhotes. Muitos chamam esse comportamento de chiar rato. O casal troca pialados e é possível observar o mútuo interesse. Não há regras. Alguns preferem fêmeas mais ativas, que constantemente emitam as notas chamadas quem-quem. Outros preferem fêmeas chamadeiras, que somente emitem pialados. Há outros ainda que rendem melhor quando acasalados com fêmeas que não emitem nenhuma nota. Quando estão acasalados, ao serem afastados um do outro, ficam trocando chamados e alteram o comportamento, tornando-se mais agitados. Se nada disso aconteceu, é hora de trocar a fêmea e reiniciar o processo.
        Se o acasalamento deu certo, todo o manejo do curió deve ser acompanhado da fêmea. Passeios, visitas a brejos ou disputas de canto em outros criatórios devem ser feitos com a presença da fêmea. Sempre sem que um enxergue o outro, mas de modo a que possam trocar pialados.
        O pássaro competidor deve permanecer em voadeira para manter sua capacidade aeróbica na condição ideal, sendo transferido para a gaiola de passeio apenas por ocasião de manejo. A fêmea, em sua gaiola, fica separada do gaiolão do macho por uma divisória de madeira ou plástico, que tenha uma pequena janela. Quando a janelinha da divisória estiver aberta, o casal pode se enxergar.
        Alguns curiós rendem melhor quando ficam mais tempo vendo sua fêmea através da janelinha da divisória. O tempo varia de alguns minutos até a noite inteira, quando é véspera de disputa. Já vimos curiós que ficam ao lado da fêmea, sem divisória alguma, durante a noite que antecede ao torneio, e apresentam grande desempenho. Outros, com o mesmo manejo, ficam saturados de fêmea e não rendem no dia seguinte. O método para encontrar a melhor possibilidade é o da tentativa e erro. Cada curió é um caso diferente.

    Há curiós que são separados de suas fêmeas e rapidamente acasalam com outra. Há outros que quando separados nunca mais apresentam bom desempenho. Há curiós que, mesmo durante a temporada de torneios, são empregados como galadores, cobrindo outras fêmeas do plantel, sem que isso altere o seu desempenho. Há outros que se escutarem uma fêmea pedindo gala ficam passados de fêmea, apresentando queda de desempenho. O pássaro competidor não deve galar a fêmea acompanhante em nenhuma hipótese. Quando isso ocorre, normalmente o desempenho do casal nunca volta a ser o mesmo.
        Acertar um casal competidor não é tarefa fácil. Muitos criadores e mantenedores não conseguiram acertar um curió e depois de esgotadas todas as alternativas, se desfizeram dele, para reencontrá-lo conquistando troféus com outro proprietário. A disputa de fibra é assim mesmo. O que dá certo para um, não é garantia de resultado para outro.
        Quando um curió de fibra muda para a posse de outro criador, dificilmente apresenta o mesmo desempenho. Ou melhora ou piora, mesmo quando o cedente informa todos os detalhes do manejo adotado. 

         Treinamento para a estaca de canto clássico
        Em um torneio de canto, pássaros não são julgados e sim as apresentações. Daí que um curió reconhecidamente superior poderá, em um dia de apresentação deficiente, ser superado por outros com qualidade de canto inferior.

        A apresentação do curió será efetuada em um tempo de 5 minutos, nas instalações destinadas às apresentações dos pássaros de sua modalidade de canto e na hora em que for chamado. Muitas vezes o curió não está em um bom momento ou estranha as instalações e compromete sua apresentação.
        É necessário um trabalho de condicionamento.

        Inicialmente no local onde o pássaro vive. Deve ser mantido encapado. Deve ser mudado de local e a capa da gaiola deve ser retirada algumas vezes. Se cantar dentro de um intervalo de 5 minutos, devemos deixá-lo cantar por algum tempo, até que comece reduzir o volume de canto. Se não cantou, ao final dos 5 minutos deve ser novamente encapado e guardado.

 Quando já estiver bem condicionado, cantará na retirada da capa.

        Uma segunda fase do condicionamento para os torneios implica deslocá-lo encapado para locais desconhecidos do pássaro. Repetir o procedimento da primeira fase. Cantou nos 5 minutos, deixá-lo cantar até que comece a reduzir o volume de canto. Não cantou após 5 minutos, encapá-lo e guardá-lo. Neste manejo é desejável o emprego de uma estaca articulada, para facilitar o manejo em local aonde não exista possibilidade de pendurar sua gaiola. Mas a estaca móvel não deve ser usada em todas as oportunidades, pois há risco de o curió ficar condicionado à estaca.

        Essa fase do condicionamento, embora fundamental para ótimas apresentações, é muito arriscado para a conservação da qualidade do canto. Os curiós são hábeis imitadores e incorporam com grande facilidade novos elementos ao seu canto. Os locais devem ser escolhidos com critério e os treinamentos realizados com parcimônia.


Como iniciar um plantel

Se pudermos enunciar uma virtude fundamental para quem deseja iniciar a formação de um plantel de curiós, ela é a paciência. A paciência é muito mais importante do que a capacidade de investimento.

        Com a reprodução em ambiente controlado e programas sérios de melhoramento genético, aumentamos um importante elemento de decisão que é a previsibilidade. Podemos citar como exemplo, duas linhagens que mantemos em nosso plantel: linhagem Encrenca do Gilson Gardenal, de Cascavel no Paraná e linhagem Jaraguá Velho, de Santa Catariana. Quando pássaros com consangüinidade fechada em cada uma dessas linhagens são cruzados, o resultado é, na maioria das vezes, curiós de muita fibra, razoavelmente repetidores e com pouca habilidade para o encarte de canto clássico. Note-se que essa característica pode ser atribuída aos exemplares que estão conosco.         Consideramos a possibilidade de que outros pássaros, ainda que das mesmas linhagens, apresentem outras peculiaridades. Vez ou outra nasce desses cruzamentos um filhote que aprende a cantar melhor ou mesmo um ótimo repetidor. Embora não tenhamos alcançado, até o presente, um bom índice nos aspectos repetição e capacidade de aprendizado do canto clássico, temos uma alta previsibilidade para característica fibra. Esse é um claro exemplo de previsibilidade.

        Por maior que seja a previsibilidade atingida em um plantel, não há receita para a produção de um campeão. O campeão é o fenômeno e esse é sempre aleatório. No entanto, há vários plantéis onde são conhecidos acasalamentos com grande previsibilidade de resultados para determinadas características, como o aprendizado do canto clássico, vóz, repetição ou mesmo para a fibra.

        A primeira decisão a ser tomada é a escolha do canto que se deseja encartar. Adquirir um filhote em um plantel onde o canto predominante é o paracambi e tentar convencê-lo a cantar praia é uma ótima receita para o insucesso. Ainda que a opção seja a aquisição de um curió para disputar os torneios de fibra, a questão do canto deve ser considerada. Ninguém merece ter um curió latindo dentro de casa.

Escolhido o canto, a paciência deve acompanhar a procura do filhote a ser adquirido. A busca ideal vai do fim para o começo. O ideal é identificar pássaros com as qualidades que desejamos e investigar o acasalamento que o produziu, procurando adquirir um filhote deste mesmo cruzamento.
Um cuidado especial deve ser tomado com os anúncios em revistas e sites na internet. O marketing sobre a qualidade genética dos planteis e linhagens é enorme. Em todas as linhagens são produzidos curiós muito ruins e curiós muito bons. Se assim não fosse, ninguém se dedicaria as outras se houvesse uma linhagem com garantia de melhores resultados. Pedigree não é garantia de resultado. A cada ano são produzidos milhares de filhotes descendentes de ícones da genética e apenas alguns são bons. Mesmo um acasalamento que já produziu excelentes pássaros poderá resultar em um não tão bom. Naturalmente que a probabilidade de obter um bom filhote é maior quando o acasalamento já foi homologado por progênie anterior.

        Se a procura for por um filhote para encartar o canto clássico, a questão do manejo desse filhote durante o seu primeiro mês de vida é tão importante quanto a sua genética. Há anúncios onde são mostradas instalações de criatórios com 10 ou 20 apartamentos acusticamente isolados, onde os filhotes são criados ouvindo apenas o canto do CD ou de um mestre, desde o seu nascimento. Isso realmente é muito bom. No entanto, um criatório pode ter 20 ambientes acusticamente isolados e produzir 500 filhotes por temporada. Como saber se o filhote que estamos adquirindo foi manejado com todos esses recursos ou estava entre os que foram direto para o gaiolão? Aí entra a questão da idoneidade do vendedor. Como em qualquer coletividade, há o joio e o trigo.

Na temporada de 2008 resolvemos conduzir um modesto experimento, que descreveremos de forma sucinta.

        Adquirimos 4 filhotes de renomados planteis comerciais, presentes na internet, com oferta de filhotes de excelente qualidade genética e vetorizados com o canto praia grande clássico. Como havíamos anunciado, em um grupo de discussões sobre curiós, que faríamos essa experiência, as aquisições foram efetuadas através de amigos, que a nosso pedido, negociaram, pagaram e receberam os filhotes por remessa aérea. Os filhotes foram indicados pelos próprios vendedores. A solicitação era de um filhote de boa genética, com perspectiva de repetição e corretamente vetorizado para o canto praia.
        Os preços variaram de R$ 800,00 a R$ 1.500,00. Os filhotes foram colocados em cabines de isolamento acústico fabricadas pela Grataner, em um cômodo isolado, onde nenhum som de pássaros podia ser ouvido. A sonorização empregada também foi fabricada pela Grataner. Adotamos o CD original Ana Dias Selo Prata. Fora das cabines foi mantido um rádio sintonizado em uma estação FM durante o dia. O banho de sol foi substituído pela exposição a um refletor com lâmpada especial da Arcadia Birds, sempre um filhote de cada vez, de modo que um não comprometesse o aprendizado do outro. O resultado não foi bom. Um filhote cantou um praia liso razoável, dois cantaram um canto com algumas notas de praia e um inventou um canto que não pode ser enquadrado em nenhum dialeto. Curiosamente, o de pior resultado foi o que custou mais caro. O que cantou praia liso mostrou-se bom repetidor e será aproveitado como reprodutor no plantel de um amigo. Os demais foram doados para pessoas que apenas queriam um curiozinho, sem nenhuma expectativa.

Decidimos não divulgar os criatórios que forneceram os filhotes. Não podemos julgar a qualidade de um plantel ou a idoneidade de um criador pelo resultado de um único filhote. Esse nunca foi o objetivo do experimento. Pretendíamos avaliar, simplesmente, as chances de sucesso de alguém que se inicia no canto de curiós apenas com informações disponíveis na internet. Certamente essa é a realidade de muitos.

        Há necessidade de muita paciência. É importante visitar criatórios, observar galadores. Um galador não conservará um canto perfeito, mas manterá um canto com alguma qualidade. Um pássaro que, em uma condição ideal de manejo, não conseguiu aprender o canto, dificilmente transmitirá essa habilidade para a sua progênie. São importantes as indicações das pessoas de nossa confiança que detêm conhecimento sobre a atividade.

  Na hipótese de aquisição de pássaros adultos, devemos nos acostumar a comprar o que estamos vendo e ouvindo. Se um pássaro apresentado por um vendedor estiver cantando e passando uma ou duas repetições, devemos avaliá-lo pelo que está mostrando. Acreditar nas histórias de que um seu irmão passa 40 samaritás, que dois filhos seus já foram vendidos por uma fortuna, de que não está repetindo agora por estar enxugando a muda ou estar muito enfemado, mas que é um grande repetidor, é certeza de comprar frustrações.

        Devemos observar as anilhas. Verificar se não foram adulteradas. Se estão no diâmetro correto. Se a data de nascimento corresponde à idade do pássaro que estamos observando. Se a anilha está na relação e pode ser transferida ou se a nota fiscal foi emitida no nome de quem está dispondo do pássaro ou se o mesmo possui o termo de transferência da propriedade, com firma reconhecida pelo cedente. De nada adiantará alegar inocência se for inspecionado pela fiscalização e apanhado com um pássaro com anilha irregular.

        Para a aquisição de fêmeas a preocupação é a mesma. Devemos evitar as chamadas fêmeas comprovadas, que somente produzem filhotes bons. Fêmeas com essas qualidades não são comercializadas por nenhum criador e se forem, será por valores muito elevados. Melhor adquirirmos filhotas de cruzamentos que já deram bons resultados. Normalmente, no próximo ano já estarão prontas para a reprodução, o seu preço será mais acessível e as chances de sucesso serão maiores.

         Não devemos iniciar com a aquisição de muitos pássaros. A reprodução dos curiós em ambiente doméstico é relativamente fácil e logo serão produzidos muitos filhotes.

        Juntar mais de um filhote em um mesmo ambiente, com a finalidade de encartar canto clássico, não dará certo. Há necessidade de isolamento acústico para aumentar o efetivo.

         Devemos lembrar sempre que a procura é por acasalamentos de resultado comprovado e não por curiós dessa ou daquela linhagem.

        Devemos ter muita paciência.

O Canto Praia Grande Clássico 2

Apesar de receber o nome em alusão à Ilha Grande, no litoral paulista, atribuindo-se a origem do dialeto aos curiós nativos dessa região, sabe-se que, como o conhecemos atualmente, jamais foi cantado por um pássaro em vida livre.

        O canto Praia Grande Clássico evoluiu a partir da gravação que o senhor Walter Moretti fez do curió Ana Dias, em 1985.

        O curió Ana Dias ficou conhecido por esse nome por ter sido capturado no Distrito de Ana Dias, Município de Itarirí, localizado entre o Vale da Ribeira e o litoral paulista, em 1955.
        O Ana Dias chamou a atenção, em primeiro lugar por ser um grande repetidor, dotado de belíssima voz. Em segundo lugar, pela facilidade com que aprendia novas notas com outros curiós e as incorporava ao seu canto.
        Como exemplo podemos citar a incorporação das notas Quim Quim e das batidas Tuá Tuá, típicas de curiós da região de Pedro Taques, SP.
        As notas Uil Uil, características do canto dos curiós da região vizinha à estação ferroviária de Samaritá, e as notas Té- Té, foram incorporadas ao seu canto durante a convivência com um curió chamado de Jurubatuba, que recebeu esse nome por ter sido capturado próximo a cachoeira do rio Jurubatuba.

   Assim, o canto do curió Ana Dias tornou-se, ao longo dos mais de 30 anos de sua vida, um canto de exceção, que encantava a todos que tinham a oportunidade de ouvi-lo. Felizmente seu canto foi eternizado pela gravação do sr. Moretti e é cantado atualmente por muitos curiós que aprenderam por lições de canto reproduzidas em vinil, fitas magnéticas e CDs.

Notas do canto Praia Grande Clássico
Entrada Longa ou Canto Básico
TI TUI 2 notas de entrada de canto
TÉ TÉ 2 notas de preparação ou ligação
QUIM QUIM TÓI 2 notas de quim quim com tói
TÉ TÉ 2 notas de preparação ou ligação
TUÁ TUÁ TUÁ ou TUÉ TUÉ TUÉ são representações das mesmas notas. 3 notas de batida praia
Sonograma do Canto Básico
Sonograma do Canto Básico ou Entrada Longa.

Fica evidente pela análise do sonograma, que a entrada de canto é composta por 3 notas, cuja sonoridade se aceita representar apenas por Ti-Tuí. Esse sonograma reflete o canto do Curió Maruc, Campeão Nacional Praia Clássico sem repetição pela FEBRAPS no ano de 2006. Canta o canto do curió Ana Dias com perfeição incomum.
Ouça o canto básico com intervalo entre os grupos de notas
Ouça o canto básico com andamento normal
Módulo de repetição
QUIM QUIM 2 notas de quim
TÉ TÉ 2 notas de preparação ou ligação
UIL UIL 2 notas de samaritá
TÉ TÉ 2 notas de preparação ou ligação
QUIM QUIM TÓI 2 notas de quim quim com tói
TÉ TÉ 2 notas de preparação ou ligação
TUÁ TUÁ TUÁ ou TUÉ TUÉ TUÉ são representações das mesmas notas. 3 notas de batida praia
Sonograma do módulo de repetição
Ouça o módulo de repetição com intervalo entre os grupos de notas
Ouça o módulo de repetição com andamento normal
Se continuar repetindo, repetirá sempre o módulo de repetição, iniciando pelas notas de Quim - Quim. É desejável que encerre a cantada com 4 ou 5 notas de batida de praia.

Contagem das repetições
Uma cantada é constituída pelo modulo básico ou entrada longa mais, ao menos, um módulo de repetição.
Ti Tuí, Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué + Quim Quim, Té Té, Uil Uil, Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué
Uma cantada poderá incluir uma entrada longa e várias repetições do módulo de repetição.
Ti Tuí, Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué + Quim Quim, Té Té, Uil Uil, Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué + Quim Quim, Té Té, Uil Uil, Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué + Quim Quim, Té Té, Uil Uil, Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué

A forma ortodoxa de contagem dos cantos se fundamenta nas batidas de praia.
Assim, no exemplo, diz-se que o curió passou uma cantada de quatro cantos. O primeiro referente a entrada longa ou canto básico e mais trêas refentes a execuções do módulo de repetição.
Ti Tuí, Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué (1º canto)+ Quim Quim, Té Té, Uil Uil, Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué(2º canto) + Quim Quim, Té Té, Uil Uil, Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué (3º canto)+ Quim Quim, Té Té, Uil Uil, Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué(4º canto).

Há muitos que contam os cantos pelas notas de samaritá ( Uil-Uil).
Para esses, a mesma cantada seria de três samaritás, ou cantos. Isso por não o samaritá na Entrada Longa, presente apenas no módulo de repetição.
Ti Tuí, Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué + Quim Quim, Té Té, Uil Uil (1º canto), Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué + Quim Quim, Té Té, Uil Uil (2º canto), Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué+ Quim Quim, Té Té, Uil Uil (3º canto), Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué
Há alguns, ainda, que contam os cantos pelas notas de samaritá, mas assumem um canto para cada nota do samaritá (Uil) ou dois cantos para cada conjunto de notas do samaritá emitido pelo pássaro. Isso só faria sentido se o pássaro executasse uma cantada com apenas um módulo de repetição.
Para esses, o mesmo exemplo seria considerado como uma cantada de seis cantos.
Ti Tuí, Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué + Quim Quim, Té Té, Uil Uil (1º samaritá), Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué + Quim Quim, Té Té, Uil Uil (2º samaritá), Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué + Quim Quim, Té Té, Uil Uil (3º samaritá), Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué
3 Samaritás X 2 = 6 cantos
Para efeito de contagem de cantos em torneios, costuma-se contar o número de cantos pelo conjunto de notas Quim-Quim. Esse método de contagem é considerado ultrapassado e muitos regulamentos já adotam a contagem pelas batidas de praia.
Nesse caso, no mesmo exemplo, teríamos uma cantada de quatro cantos.
Ti Tuí, Té Té, Quim Quim (1º canto) Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué + Quim Quim (2º canto), Té Té, Uil Uil , Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué + Quim Quim (3º canto), Té Té, Uil Uil , Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué+ Quim Quim (4º canto), Té Té, Uil Uil , Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué

Canto Praia Liso ou Praia Grande
Consideramos que um pássaro canta Praia Grande Clássico quando emite o conjunto de notas de samaritá em, pelo menos, 80% das cantadas.
Quando um curió canta as notas do canto clássico, mas nega o samaritá em mais de 20% das cantadas, é considerado um curió de canto Praia Liso ou, simplesmente, Praia Grande. Os curiós com canto Praia Liso negam o samaritá e o segundo conjunto TÉ-TÉ do módulo de repetição. Cantam:
Ti Tuí, Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué + Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué (faltam, no módulo de repetição, as notas Uil Uil , Té Té).
Quim Tói
Embora não configure uma categoria, é comum ouvir alguém se referir a determinado curió como sendo um Quim-Quim-Tói ou, simplesmente, um Quim-Toi.
Essa designação deve-se ao grave defeito de omitir oito notas no módulo de repetição, cantando:
Ti Tuí, Té Té, Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué + Quim Quim Tói, Té Té, Tué, Tué, Tué (faltam as notas Quim Quim, Té Té, Uil Uil, Té Té)

Fonte: http://www.cantoefibra.com.br/Curio/FrameCantoCurio/CantoCurio.htm

Conceitos Básicos Sobre Nutrição dos Pássaros.

O assunto "Nutrição Dos Pássaros" tem sempre suscitado questões interessantes.
Sempre que temos a oportunidade de discutir o assunto, duas situações acontecem, ou aprendemos mais ou firmamos nossas convicções.
        Gostaria apenas de lembrar alguns conceitos importantes:
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        "Os seres vivos são dotados da capacidade de retirar dos alimentos as suas necessidades nutricionais".
        Podemos concluir sem muito embaraço que devemos disponibilizar aos nossos pássaros uma alimentação saudável e nutritiva, (em condições normais) eles se incumbirão do resto.

        "Os Pássaros necessitam processar Os Alimentos através da digestão".
        "Os alimentos são substâncias que quando ingeridas se decompõem e se transformam mediante processos de assimilação pelo organismo, para a sustentação da vida e de suas atividades".
        "Os pássaros são dotados da capacidade de prover reservas nutricionais em seus organismos, visando atender a situações de escassez alimentar, ou suprir incapacidades de busca pelo alimento durante a muda de penas, incubação das fêmeas, invernos rigorosos, inundações temporárias, calamidades em seu habitat etc."
        "Todo nutriente (sólido ou líquido) passará obrigatoriamente pelo trato digestivo e será processado e filtrado pelo Fígado e Rins. Uma vez satisfeitas as condições de nutrição e reserva, todo excesso acarretará sobrecarga ao organismo e terminará excretado."

    NOÇÕES BÁSICAS DE NUTRIÇÃO
        Devemos ter em mente os princípios da Nutrição Básica dos nossos pássaros e total observância aos mesmos. A busca por formulas "Milagrosas" de nutrição, tem nos conduzido à certeza de que estamos no caminho errado. Observe que não estamos aqui tratando da questão das carências alimentares ou das deficiências metabólicas, estamos tratando da Nutrição Básica para formação de um estado vital duradouro, produtivo e equilibrado.
Acho oportuno lembrar que nos anos 70 apregoávamos que no ano 2000 a alimentação mundial seria concentrada a base de micro e macro nutrientes, indispensáveis ao homem do novo milênio. Lembro-me da alimentação concentrada e comprimida em tabletes que iria substituir as refeições tradicionais com vantagens.
Nada disto se verificou, muito pelo contrário. O homem do segundo milênio busca cada vez mais os produtos orgânicos e naturais, por serem estes saldáveis e mais completos.
Entendemos que tão saldáveis sejam os nossos pássaros quanto mais pratiquemos a sua nutrição com competência e conhecimentos dos conceitos básicos..
        NUTRIÇÃO BÁSICA

        GENERALIDADES:

        ALIMENTO: Toda matéria sólida ou líquida que levada ao trato digestivo serão utilizadas para manter e formar tecidos, regular processos corporais e fornecer calor, e desta maneira manter a vida.

   COMPOSIÇÃO DOS ALIMENTOS:
        1. Compostos orgânicos: carboidratos, proteínas, lipídios, e vitaminas.
        2. Compostos inorgânicos: minerais e água

        METABOLISMO: Processo químico de transformação dos alimentos em substâncias assimiláveis pelo organismo, produzindo calor e energia. Divide-se em:
        1. Anabolismo: síntese da matéria celular para o crescimento, manutenção e reparo dos tecidos.
        2. Catabolismo: quebra do material celular complexo para materiais mais simples, para produção de energia ou eliminação.

        MACRONUTRIENTES

        CARBOIDRATOS (GLICÍDIOS)
        A estrutura básica dos carboidratos (base alimentar dos pássaros) é formada por carbono, hidrogênio e oxigênio.
        A principal função dos carboidratos é fornecer energia, sendo que cada 1g de carboidrato, fornece 4kcal (unidade que mede o valor energético do alimento).
        A grande vantagem da ingestão do carboidrato é que eles são de fácil digestão e rápida absorção. (Condição indispensável aos pássaros.) A glicose é a unidade básica dos carboidratos, é a energia pronta para o organismo sob forma de glicogênio. O glicogênio fica armazenado nos músculos e no fígado, e é ele que fornece energia para a contração muscular de potência durante o voo.
        Sendo assim devemos manter em nossos pássaros uma taxa de glicogênio sempre alta para obtermos um melhorrendimento.

     FONTES: Sementes, Rações, Frutas, cereais e vegetais.

        PROTEÍNAS (PROTÍDOS)
        Sua estrutura é formada por carbono, oxigênio, nitrogênio, hidrogênio e outros elementos como ferro, potássio, cobalto, etc. As proteínas são formadas por unidades estruturais chamadas aminoácidos (aa). Esses aminoácidos se combinam de diferentes formas e produzem muitos tipos de proteína, cada uma com uma função.
        Os aminoácidos dividem-se em dois tipos:
        1.Essenciais: são aqueles que retiramos dos alimentos.
        2. Naturais: são aqueles que nosso organismo produz.
        Funções das proteínas:
        Reparar e construir tecidos.
        Fonte de energia. 1g fornece 4kcal (sua digestão e absorção são mais lentas e dificultosas)
        É responsável pela formação de enzimas e hormônios. Fornecimento de aminoácidos. Forma imunoglobinas (anticorpos).

  FONTES:
        As fontes completas são ovos cozidos, Insetos vivos (cupins, larvas, grilos, etc.).
        OBS: embora a principal função da proteína alimentar seja contribuir para o fornecimento de aminoácidos destinados aos vários processos anabólicos (já citados como funções), a proteína pode ser catabolizada para produção de energia nos pássaros.

        GORDURAS (LIPÍDIOS)
        São formados por carbono, oxigênio e hidrogênio, mas diferenciam-se dos carboidratos pela ligação dos átomos. Elas podem ser sólidas ou líquidas (óleos)


        FUNÇÕES:
        Fonte de energia, sendo que 1g de gordura fornece 9kcal (é o macronutriente mais difícil de ser digerido pelos pássaros).
        Manutenção de órgãos e nervos do corpo protege contra lesões traumáticas e choques (isolante térmico).
        Carreador de vitaminas e depressor da fome. A saída do processo digestivo é muito demorada.

        COLESTEROL
        Um importante derivado da gordura. Ele é necessário em muitas funções corporais, incluindo a síntese dos hormônios masculinos e femininos e também desempenha papel importante na formação das secreções biliares, que participam da digestão dos alimentos.

 BIOREGULADORES DO METABOLISMO (Importante nos Pássaros)

        VITAMINAS
        Dividem-se em:
        1. Hidrossolúveis: são vitaminas do complexo B e a vitamina C . São armazenadas no organismo e são solúveis em água.
        2. Liposolúveis: são as vitaminas A, D, E e K . São armazenadas no organismo, geralmente no fígado.
        A principal função das vitaminas é participar em muitas reações orgânicas, contribuindo para a manutenção e equilíbrio do organismo.
        OBS: As vitaminas são acalóricas (não possuem valor energético).

        MINERAIS
        São substâncias inorgânicas, com funções específicas e agem como bioreguladores orgânicos. (Muito importante aos pássaros)

ÁGUA
        A água no corpo corresponde a 2/3 do peso total, cerca de 70%.
        A água é mais importante para os pássaros, que o alimento sólido: A desidratação é quase sempre fatal.
        FUNÇÕES:
        Meio de transporte (sangue, linfa e urina).
        Auxilia na digestão, absorção e excreção dos alimentos.
        Regula a temperatura do corpo.
        Lubrificação das funções mecânicas
        Estes são os conceitos básicos da Nutrição. O criador atento deve observar sempre o atendimento a estas questões nos seus pássaros, buscando nutri-lo, mediante o exercício orgânico das suas funções básicas, permitindo que o seu pássaro retire da sua dieta diária, os nutrientes necessários a manutenção das suas funções, nas quantidades que só o próprio organismo é capaz de dosar de forma adequada.




Autor
Gilson Ferreira Barbosa
gilsonferreirabarbosa@hotmail.com
Tel - 73- 211 8233 613 4442
Rua da Espanha, n° 86.
Itabuna-BA. CEP- 45.605-130

Canto Praia Grande Clássico

Estrutura
O Canto Praia Grande Clássico possui uma Estrutura Musical composta por dois movimentos. O Primeiro Movimento ou Antífona (movimento anterior ao principal) é composto por 12 (doze) notas musicais agrupadas em Tríades (conjunto de três notas) e Duais (conjunto de duas notas). É executado uma única vez em cada cantada, e tem como função, a introdução do Segundo Movimento. O Segundo Movimento ou Movimento Principal também conhecido como Módulo de Repetição é composto por 16 (dezesseis) notas musicais, agrupadas com a predominância de Duais. É à parte do canto que o Curió repete, sendo que a última repetição do Módulo é denominada de Canto de Saída devendo apresentar de 4 (quatro) a 5 (cinco) Batidas de Praia arrematadas com Prrru, este denominado de Arremate proporciona o fechamento das cantadas com 8 (oito) ou mais Repetições.
Primeiro Movimento
As 12 notas musicais que compõem o Primeiro Movimento São:
Ti Tui Ti
TéTé
Quim Quim Toí
Té Té
TuéTué

Segundo Movimento
As 16 notas musicais que compõem o Segundo Movimento São:
Quim Quim
Té Té
Uil Uil
Té Té
Quim Quim Toí
Té Té
TuéTuéTué



Sonogramas
Primeiro Movimento Compassado
Elaboramos o Sonograma do Primeiro Movimento intercalando as Tríades e Duais com 1,5 segundos de tempo para facilitar a assimilação auditiva e visual. A audição com notas agrupadas deste arquivo deve ser efetuada mediante acompanhamento no sonograma abaixo. O arquivo de Som anexo também compassado corresponde rigorosamente ao Sonograma e foi didaticamente elaborado para facilitar a concepção por parte dos interessados.

Sonograma Primeiro Movimento Compassado













OBS:
É importante observar a existência de "Tríade" na Entrada de Canto e não de Dual conforme se tem preconizado. A terceira nota "Ti" que comprova a existência da Tríade de Entrada de Canto está destacada na cor vermelha para maior compreensão.
Primeiro Movimento Contínuo

Elaboramos o Sonograma do Primeiro Movimento de forma contínua, devendo-se ouvi-lo após várias audições do primeiro Movimento Compassado, facilitando assim a assimilação auditiva e visual do movimento contínuo. A audição deste arquivo deve ser efetuada mediante acompanhamento no sonograma abaixo, que representa a execução do Primeiro Movimento com andamento normal.
Sonograma Primeiro Movimento Contínuo

 
Vale aqui salientar por questões didáticas, que o Primeiro Movimento também é conhecido como Canto de Entrada, esta designação antiga refere-se ao conjunto das 13 (treze) notas do Primeiro Movimento. Por este motivo prefiro a designação de Tríade de Entrada do Primeiro Movimento, fundamentada na existência da terceira nota "Ti" destacada em vermelho nos dois canais (Efeito Estéreo) representados no Sonograma acima. Complementam o estudo do Primeiro Movimento dois arquivos audíveis denominados:

Primeiro Movimento Ana Dias Compassado.
Primeiro Movimento Ana Dias Contínuo.

Segundo Movimento Compassado
Elaboramos o Sonograma do Segundo Movimento intercalando as Tríades e Duais com 1,5 segundos de tempo a exemplo do movimento anterior para facilitar a assimilação auditiva e visual. A audição com notas agrupadas deste arquivo deve ser efetuada mediante acompanhamento no Sonograma abaixo. O arquivo de Som anexo também compassado corresponde rigorosamente ao Sonograma e foi didaticamente elaborado para facilitar a concepção por parte dos interessados.

Sonograma Segundo Movimento Compassado


















Obs:
Vale aqui salientar que o Dual de Samaritá "Uil Uil" confere ao canto Praia Grande o Status de Clássico Padrão Exemplar, incorporando originalidade e pureza de estilo na sua forma mais perfeita. Sendo assim tornou-se Modelo Padrão digno de imitação. Obra consagrada da mais alta categoria canora.

Segundo Movimento Contínuo

Elaboramos o Sonograma do Segundo Movimento de forma contínua, devendo ser ouvi-lo após várias audições do Segundo Movimento Compassado, facilitando assim a assimilação auditiva e visual do movimento contínuo. A audição deste arquivo deve ser efetuada mediante acompanhamento no sonograma abaixo, que representa a execução do Segundo Movimento com andamento normal.
Sonograma Segundo Movimento Contínuo















Obs:
Vale aqui observar no Segundo Movimento a repetição do trecho do primeiro Movimento que compreende a Tríade de Quim Quim Toí até as notas de Batidas de Praia. Saliento ser desejável no Módulo de Repetição apenas 2 (duas) ou no máximo 3 (três) Batidas de Praia sendo ainda desejável 4 (quatro) ou no máximo 5 (cinco) no Canto de Saída.
Complementa este estudo experimental do Canto Praia Grande Clássico, quatro arquivos audíveis para acompanhamento e entendimento dos Sonogramas aqui demonstrados, sendo que dois arquivos já foram citados quando da conclusão do Primeiro Movimento, e dois citaremos agora.
Ana Dias Segundo Movimento Compassado
Ana Dias Segundo Movimento Contínuo.
Esperando ter contribuído (com a divulgação destes conhecimentos) para o esclarecimento de enumeras questões que envolvem o aprendizado do Dialeto Praia Grande Clássico, Estilo Ana Dias por parte dos criadores iniciantes, ponho-me ao alcance de todos os interessados através do E-mail - gilsonferreirabarbosa@hotmail.com bem como pelos Tel - (0xx73) - 3211-8233 ou 3211-8436 para os esclarecimentos que se façam necessários.
O Autor
Gilson Barbosa-BA.

Aptidão para a Fibra

 Critérios de Seleção:
        "A fibra" embora seja um conceito intuitivo e de fácil compreensão, não nos tem permitido avançar no seu estudo por questões de "Gênese". A complexidade que envolve o conceito "Fibra" é fator inibidor e porque não dizer desestimulador das manifestações sobre o assunto, daí, supormos a existência de "Técnicas & Manejos" inconfessáveis por parte daqueles que as usam e conseguem extraordinário sucesso nos Torneios. (Competição de Roda)
A conceituação da "Fibra" e aí generalizo (Curió, Bicudo, Coleiro, Azulão Sicalis etc.) é o principal fator de entendimento das bases que levará um criador a proceder a uma seleção criteriosa para obtenção de bons pássaros de fibra. (para competição de "Roda").
        Precisamos em primeira instância estabelecer quais "Fatores de Qualidade" deverá possuir determinado pássaro para qualificar-se como "Pássaro de Fibra" (para competição de "Roda"). A identificação destes "Fatores" e a sua priorização no plantel, bem como os percentuais de ocorrências destes, para que o pássaro renda de forma satisfatória, constitui a base da formação de um bom Exemplar de Fibra. (Para competição de Roda).
        Faz-se necessário que se estabeleça quais fatores são Genéticos (Hereditários) e quais fatores são adquiridos mediante Manejo (Treinamento). É de suma importância na Fibra o conhecimento dos aspectos Genéticos e dos aspectos Adquiridos para que não se busque na genética comportamentos que só obteremos mediante muito condicionamento e treino. Esta distinção é fundamental, bem como, os métodos para sua obtenção. Sabemos que inclusive podem variar de um pássaro para o outro, isto em função do Gênero e dos percentuais genéticos dos ditos "Fatores" responsáveis pelo surgimento da Fibra.

 Identificação e Determinação dos Fatores que compõem a Fibra:
        A identificação e determinação dos fatores que compõem a Fibra de um pássaro (entendemos a "Fibra" como sendo a capacidade que determinado pássaro possui de manter por várias horas o seu temperamento valente, quando exposto à presença de seus semelhantes) podem ser observados a partir de procedimentos práticos que nos levarão a identifica-los e qualifica-los quanto a sua presença e intensidade. Podemos ainda identificar os níveis de agressividade e eficiência na competição de Roda. Esta determinação dos fatores envolvidos na Fibra e portada por determinado pássaro, são medidos em função das suas reações na presença de um semelhante. Teremos aí alguns aspectos a observar:
        1. Aproximamos a gaiola de um pássaro adulto, a gaiola de um outro semelhante. Se ocorrer o "Atesto" ou seja, ambos os pássaros atiram-se contra as grades da gaiola demonstrando valentia e agressividade "Física" a ponto de se mutilarem mutuamente caso ocorra o contato físico. Observamos aí a presença do "Fator de Ataque" que se externa como postura de defesa da Gaiola pela simples aproximação do semelhante. Neste caso, habituam-se a este comportamento e muitas vezes são estimulados (treinados) pelos seus proprietários a agirem desta forma como demonstração de "Valentia". Esta prática é condenável e totalmente equivocada, pois, estimula o pássaro a desenvolver o fator de "Ataque Físico" inutilizando-o para o desenvolvimento do fator de "Disputa Canora".
Pássaros viciados em "Atesto" com alto desenvolvimento do fator "Ataque Físico" geralmente se estressam com a presença do semelhante, apresentando um "Enfezamento" de tal ordem, que só após algum tempo, às vezes até horas, abrem o conto no estilo "Surdina" e apresentam um estado de agitação capaz de se auto demolir em muito pouco tempo. Outros só abrem o canto após passarem pela prova de "Atesto", e necessitam deste estimulo com muita freqüência para se manter cantando. Pássaros dotados do fator "Ataque Físico" não desenvolvem satisfatoriamente o fator de "Disputa Canora" não atingindo a performance hoje exigida nos Torneios de Disputa de Fibra em Roda, com gaiolas desencapadas e aproximação lateral máxima de 20,0cm.

 2. Aproximamos a gaiola de um pássaro adulto, a gaiola de um outro semelhante. Não observamos propriamente um "Atesto" e sim um comportamento de "Armada", "Pegada" ou "Presa". Um dos Pássaros em questão efetua uma movimentação característica conhecida com o nome de "Armadilha" resultando na "Pegada" do adversário mediante a "Presa" conhecida como "Presa de Acorrentamento" neste caso não necessariamente ocorre o Fator de Ataque Físico e sim a "Pegada ou Presa". Os pássaros que assim se comportam demonstram a sua valentia de forma bastante diferenciada daquela que buscamos desenvolver nas competições de Fibra mediante a disputa de canto, logo, pássaros com estas características não se enquadram no perfil exigido para Torneios de Fibra.

        3. Aproximamos a gaiola de um pássaro adulto, a gaiola de um outro semelhante.
Aparentemente nada acontece!!! Percebemos uma certa indiferença entre eles, chegando a ponto de um posar de costas para o outro.
Estaríamos a observar dois pássaros "Frios de Temperamento?" Talvez... Se logo em seguida um deles não abrisse o canto, para desespero do outro. Estamos finalmente a observar pássaros dotados do "Fator Fibra" aonde se estabelece a liderança sem lutas corporais, única e exclusivamente mediante o fator de "Disputa Canora" para estabelecimento da hierarquia e dominação.
A Disputa Canora entre Curiós neste caso é "Inata" e deve ocorrer sem "Atestos" ou provocações mediante posturas agressivas. O curió deve manter-se calmo e sem perturbações de qualquer ordem, o canto deve fluir impávido (sem pavor, destemido, afoito, intrépido denodado e ameaçador) e manter-se pelo tempo que se fizer necessário.

Mediante o exposto, podemos sem embaraço identificar se determinado Pássaro possui ou não aptidão para Fibra. É necessário que demonstre a presença do "Fator Fibra" em seu temperamento. A identificação do "Fator Fibra" é "Pré-Requisito" indispensável para que se possa iniciar um trabalho de condicionamento e treinamento na "Roda" objetivando dotar o Curió em questão das condições necessárias a competição.

        Produção e Desenvolvimento de Curiós Para Fibra
        A Origem
        Até bem pouco tempo a maioria dos curiós com aptidão para fibra eram procedentes da Caça Silvestre. Ressalvo aí o trabalho de abnegados criadores que na sua maioria produziam excelentes pássaros com aptidão para fibra apesar de serem obrigados a competir com a abundante oferta mateira proveniente do tráfico. A oferta de Curiós portadores de "Canto Mateiro" proveniente da caça predatória, ocorria aos milhões por todo o Brasil. Esta oferta constituía um gigantesco universo a disposição dos interessados, que, selecionavam os melhores exemplares entre milhares que chegavam ao seu alcance. Este fato prejudicou em muito o desenvolvimento das criações voltadas a Fibra, que se desenvolviam dentro de um universo bem mais restrito. Enquanto um "Mega" criador produzia 300 filhotes machos por ano para dentre eles selecionar os 10 melhores, a oferta "Mateira" a depender da região superava esta quantidade de filhotes aos milhares. A competição era desigual e provocava um desestimulo muito grande a produção dos curiós portadores do "Fator Fibra".

  A Legislação
        Graças à interferência do Ministério Público Federal na Bahia, vivenciamos as In(s) 5 e 6 e mais recentemente a IN-1 / 93. A legislação é finalmente aprimorada. Os Criadores Comerciais passam a dispor dos instrumentos adequados para desenvolverem o seu trabalho sem a competição predatória e abundante dos "Mateiros", daí a busca e o interesse pelas Técnicas de Produção e Manejo para obtenção de excelentes pássaros de fibra. O momento é sem dúvida de aprendizado. Com a redução do universo da oferta mateira e da conseqüente seleção, a atenção se volta para a produção em ambiente doméstico, e não podemos produzir 300 para selecionar 10. Daí a necessidade do estabelecimento dos "Critérios de Seleção" e "Aprimoramentos Genéticos".
        Precisamos sem dúvida conhecer mais esta característica tão apreciada que é a Fibra, o momento é de aprendizado, e não podemos conviver com "Segredinhos" simplesmente porque eles não existem. O retorno das nossas observações à vida silvestre, em busca das verdadeiras informações que conduzirão a criação nacional à obtenção de excelentes pássaros de Fibra, é sem dúvida o maior segredo. A natureza é a grande escola de todos nós, observar o comportamento dos Curiós de Fibra em seu habitar natural é sem dúvida a grande saída para o aprimoramento das criações domésticas.

 A Seleção para Fibra
        A exemplo do que observamos na natureza, implantamos na vida doméstica. Reproduzimos o mesmo ambiente observado na vida silvestre, é claro que em escala infinitamente menor, entretanto, mantemos as mesmas características observadas na natureza para que se manifestem os mesmos comportamentos. É como se observássemos a vida silvestre em escala reduzida no quintal da nossa casa, sobre o nosso controle, daí não só entenderemos o processo, como seremos capazes de interferir para aprimora-lo.
        Neste processo que propomos não existem segredos, o criador apenas necessita ser dotado da aptidão para observar o comportamento em grupo dos Curiós, proporcionando a seleção dos mais aptos a desenvolverem a Fibra".
        Para obtenção de Curiós dotados do "Fator Fibra" torna-se indispensável que seus genitores portem estes fatores, logo, obteremos na prole a transmissão mediante processo de hereditariedade.
        O "Fator Fibra" se manifestará espontaneamente nos filhotes após conclusão da Muda de Ninho e precisam ser exercitados. Este exercício define a hierarquização e socialização entre os componentes do grupo que iremos formar. Como não poderia deixar de ser, as observações serão feitas em grupo. A pratica do treinamento na "Roda" nada mais é que a repetição do que ocorre na vida silvestre, logo, precisamos conduzir os filhotes desde muito sedo a desenvolver em grupo as suas aptidões de "Liderança" mediante o exercício do canto fibra.
Os filhotes comprovadamente machos são conduzidos para um amplo viveiro em número máximo de 5 a 8 filhotes, sendo introduzidos todos simultaneamente (no mesmo momento). É importante que se proceda a uma única introdução para que compitam em condições igualitárias entre si.
Observamos aí todo o período do Corrichar que no caso dos Curiós Geneticamente Aprimorados ou em fase de aprimoramento dura no máximo 90 dias, quando se iniciam os primeiros assovios.

   Observações a serem feitas:
        1. Corricham em grupo (bando) de forma harmônica e pacifica.
        2. Observamos o surgimento entre eles de uma "Hierarquia" com o surgimento de um ou dois lideres que cantam mais, e cada vez mais alto.
        3. Observamos a liderança destes sobre o resto do grupo.
        4. Observamos o surgimento dos primeiros assovios dos líderes do grupo que iniciam a cantoria "Na Cara" dos demais componentes do grupo.
        5. Surgem em seguida as disputas de canto com o estabelecimento de territórios que vai desde o líder impedir os demais de beberem água ou de pousarem em determinado poleiro, pois estabelecera como seu território o bebedouro ou até mesmo comedouro, observamos aí o surgimento de "perseguições" entre eles.
        6. Neste momento devemos separar os dois líderes em gaiolas individuais que permanecerão dentro do viveiro até a muda de ninho, quando serão removidos para um recinto tranqüilo para efetuarem a muda.
        7. Nesta fase os demais membros do grupo ainda poderão ser usados por mais 10 meses após a muda dos lideres (acredito) com estes no interior do viveiro, contudo, engaiolados.
        8. Após a muda de ninho os lideres de um grupo de 08 já com canto definido passarão a exercitar-se na Arte da Fibra em Rodas, retornando-se sempre ao viveiro aonde permanecerão engaiolados na presença dos demais membros do grupo, que permanecerão sempre soltos.
        9. Após 14 meses já pretos procedemos gradativamente ao "Desmame" ou seja, a retirada gradual do convívio dos companheiros de viveiro.
        Saliento que os indivíduos pertencentes ao grupo deverão continuar os treinamentos na Roda. Incorporamos de forma gradual novos elementos a cada treino e não mais retornamos ao convívio coletivo do viveiro. Este procedimento visa a adaptação gradual e progressiva da incorporação de novos indivíduos a Roda até o momento em que chegaremos ao primeiro torneio de fibra.
        Acreditamos ser este o melhor método para a seleção e desenvolvimento de pássaros para a pratica da disputa em Rodas de Fibra. É como se fosse uma Escola de Formação de filhotes para Fibra, entretanto, muito do que relato carece de estudos mais apurados para estabelecimento do Manejo, que pode diferir entre os mais variados grupos.

A complexidade do assunto bem como o equacionamento de todas as variáveis envolvidas no desenvolvimento da Fibra tem dentre muitas, uma de primordial importância que é a "Vetorização do Canto Fibra", que deve ter características próprias e bem definidas como, por exemplo, ser "Curtíssimo e Ameaçador", dotado de alto nível de agressividade, se possível envolvendo sons emitidos pelos Predadores da Espécie em questão.

Autor
Gilson Ferreira Barbosa
gilsonferreirabarbosa@hotmail.com
Tel - 73- 211 8233 613 4442
Rua da Espanha, n° 86.
Itabuna-BA. CEP- 45.605-130

Poleiros

Assim como uma boa alimentação, oferecer poleiros adequados pode ajudar ainda mais a saúde dos pés dos pássaros. É comum encontrar casos de aves com calos nos pés ou mesmo que contraíram fungos e sarnas e até mesmo pássaros com pés atrofiados devido ao tipo de poleiro utilizado na gaiola. Esse item muitas vezes é considerado de pouca importância para criadores amadores ou iniciantes, muitos deles não se preocupam em oferecer bons poleiros para seus pássaros.
Problemas causados por poleiros inadequados
Na natureza os pássaros usam os galhos das árvores como poleiro, e como todos sabemos as árvores possuem galhos não lineares com diversas espessuras e com vários tipos de revestimento natural, isso ajuda no exercício das articulações e circulação. Porém em cativeiro devemos tentar reproduzir esse tipo sensação.
Um poleiro muito grosso pode fazer com que os pássaros venham a entortar as unhas laterais e traseiras, e expondo-o a contrair o famoso chifre de carneiro nos dedos conhecido também como “esporão”.
Poleiros muito finos são ótimos para os pássaros dormirem, conhecidos também como poleiro de descanso ou dorminhoco. Existem alguns dorminhocos que já vem com uma tira de lixa na parte de baixo, esse modelo não é muito apreciado pelas aves para dormirem, pois dificulta o travamento da musculatura dos pés. O travamento da musculatura dos pés no poleiro pode ajudar no retardamento do crescimento das unhas, devido ao fechamento da circulação sanguínea.
Poleiros de uma só espessura podem afetar seriamente as articulações e músculos, pois não exercitam as juntas dos pés dos pássaros.
Poleiros ideais
Procure sempre variar a espessura e o acabamento dos poleiros, coloque 2 ou 3 tipos diferentes. Atualmente é fácil encontrar poleiros de vários tipos em lojas especializadas em pássaros, procure colocar poleiros frisados e lisos de espessuras entre 8 e 12 milímetros; um poleiro com lixa também pode ser colocado para ajudar a manter as unhas em bom tamanho.
Nunca coloque um poleiro em cima do outro e nem em cima de recipientes de alimentos, pois as fezes e sujeiras liberadas pela ave podem cair sobre eles facilitando a ingestão ou contato com bactérias que favorecem o aparecimento de doenças.
Devemos sempre observar se a ave esta conseguindo se apoiar bem nos poleiros se estes estão bem firmes e com os tamanhos e espessuras corretas, tudo isso pode influenciar na saúde do pássaro deixando-os cansados e estressados.
Tipos de poleiros:



Resumo
O poleiro deve ser bem redondo e a superfície deve conter ranhuras para facilitar a acomodação e evitar escorregamentos, não deve conter nenhum tipo de impureza, não deve ser feito de material frio e pouco poroso, nunca deixar um poleiro debaixo do outro, deve ser limpo e desinfetado constantemente e a altura dos poleiros deve permitir que o pássaro fique confortavelmente ereto.
Logicamente que existem casos e casos de criadores que utilizam outros tipos de poleiros como poleiros plásticos, revestidos com algum tipo de material emborrachado, poleiros com cavas para pássaros que já possuem problemas de calos, poleiros de materiais mais macios e etc.. Tudo isso deve ser analisado de caso para caso, porem quero através desse artigo alertar a todos os criadores que revejam seus cuidados com poleiros para que os pássaros possam ter o melhor cuidado possível, pois na natureza esses problemas são supridos como vimos no inicio, sendo assim por se tratar de pássaros de cativeiro tentar oferecer o mínimo de cuidados para que eles tenham a mesma sensação que na natureza, é o mínimo que podemos fazer.

Escrito por M.v. Jacqueline R. F. Cremoneze