domingo, 30 de dezembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Preparando um campeão.
Prezados leitores e amigos! Depois de um ´´tour´´ pelos psitacídeos e cativar o público feminino vamos falar de papo de homem que são os Torneios de Fibra. Em minhas idas e vindas pelos clubes cariocas e vendo algumas etapas do nosso estadual e o Nacional disputado aqui no RJ sempre vem alguém e me pergunta: Como um Trinca ou Coleiro pode superar os 200 cantos tão fácil!? Será que eles usam algum estimulante na água!? Então trazendo mais uma vez a verdade de uma forma descontraída estaremos hoje no nosso artigo abordando um tema muito polêmico que é o estímulo em aves de torneio.
A preparação de uma ave de torneio já começa no ano anterior fazendo com que essa ave faça a muda na época certa, fazendo com que esteja apta logo nas primeiras etapas o que garante uma enorme vantagem, pois depois tirar a diferença é meio difícil hein!? Essa preparação passa ainda pelos exames rotineiros (parasitológico de fezes) e até mesmo cultura e antibiograma e micoplasmose. Depois disso eu diria que você já pode ir começando a prepará-la para entrar no ritmo de torneio, ok.
Aí me vem a pergunta: Como esse coleiro canta tanto?! Há pássaros que são fenômenos e nasceram para isso. É o Pele das aves e Pele só teve um até agora. Mas o que vocês vêem hoje começou ano passado com uma pequena ajuda do veterinário especializado. A dinâmica de um Torneio é meio complexa e desgastante, então aí vem a nossa primeira preocupação. Alguém já viu atleta sério dormir tarde ou sair em noitadas!? É dedicação exclusiva pensando 24 horas na competição. Assim deve ser com nossas aves. Dormir cedo e em silêncio é fundamental. Dieta equilibrada e poleiros adequados também.
Outro fator interessante é que algumas aves quase não comem no dia do torneio e conseqüentemente o tempo perdido em que estariam comendo estão cantando, aumentando assim sua média final. Tem aves que realmente são muito guerreiras e disputam o tempo todo e quase não comem, mas tem aves que precisam de uma ajudinha para isso. A genética influencia com certeza; umas visitinhas no mato para badernar com ave solta também, mas a ciência explica o resto.
Mas já vi colocarem de tudo na água pensando neste propósito. Já vi usarem uma marca famosa de repositor hidroeletrolico com esse objetivo; só esqueceram de mencionar que ave não sua, ok. Já vi colocarem inúmeros suquinhos no bebedouro. Mas o que surte o efeito tão sonhado e esperado é aumentar a glicose de sua ave naquele momento. Só sentimos fome porque os níveis de glicose no sangue caem e o nosso cérebro avisa que é hora de comer! Então a única forma de fazer com que sua ave não sinta tanta fome é aumentando o nível de glicose circulante naquele momento.. simples né?!
Pensando nesse intuito os açúcares de cadeia curta e fácil digestão seria os mais indicados como os usados para Beija Flor. Mas cuidado, não é toda ave que gosta da água com o produto; por isso façam um teste antes, ok. Essa meus amigos é o único ´´dopping´´ que vocês vão ver ou realizar em uma roda de pássaros, aumentando em média 10% o número de cantos o que pode te render algumas colocações e até mesmo beliscar um Troféu, ok. Não caiam no papo de passarinheiro quando dizem que colocam testosterona na água; injeção de ADE no peito e por aí vai as besteiras propagadas e faladas .. tudo baboseira!
Estou me mudando para uma sede nova, maior, melhor e 24horas. Vem novidade boa por aí. Aguardem. Na próxima edição eu volto com mais um tema polêmico. Deixo o pensamento do dia: ´´ “Se respeitar às aves como elas são, você poderá ser mais eficaz ajudando-as a se aperfeiçoarem. Pense nisso e até a próxima!
___________________________________________________
Dr. Felipe Victório de Castro Bath
Médico Veterinário CRMV-RJ 8772
Especialista em Biologia, Manejo e Medicina da Conservação dos Animais Selvagens
Mestre em Microbiologia Veterinária pela UFRRJ
Tel.: (21)81014122/ (21)78795270
ID.:10*96860 / (21)22786652
História do curió Ana Dias.
O Curió Ana Dias ficou conhecido por esse nome por ter sido capturado no Distrito de Ana Dias, Município de Itariri no Litoral de São Paulo em 1955/56, era pardo no ano de 1956/57, constatando-se também que foi negaça (caçador) e grande repetidor no seu canto original.
O Curió Ana Dias chamou a atenção por dois motivos, em primeiro lugar por ser um grande repetidor dotado de belíssima voz, em segundo lugar pela facilidade com que aprendia novas notas com outros Curiós e as incorporava ao seu canto.
Adquirido pelo Sr. Luiz Pintor foi levado para São Vicente (já preto), passando por diversos proprietários, os mesmos procuraram aprimorar as notas do canto "Praia Grande" o que só veio acontecer por volta de 1960, pois na época já cantava o estilo "Pedro Taques", isto é, com as notas "QUIM-QUIM" e "Batidas de Praia".
A nota Samaritá "UIL-UIL" (característica herdada dos Curiós da Região vizinha à Estação Ferroviária de Samaritá) e a invertida de canto foram assimiladas de um Curió chamado Jurubatuba (capturado próximo a cachoeira do Rio Jurubatuba).
Em propriedade do Sr. João Massarella na Cidade de São Vicente, Walter Moretti ficou conhecendo o Ana Dias, e ao ouvir o seu extraordinário canto rico em Melodia e Voz, teve o pressentimento de que estava diante de um futuro Campeão e acabou o adquirindo em Janeiro de 1964.
O disco gravado com o canto do Ana Dias teve a finalidade de difundir o canto "Praia Grande", na modalidade "Clássico" servindo para aprendizado e aperfeiçoamento de alunos, foi também por esse motivo uma homenagem a todos os seus ex-proprietários que sempre souberam zelar pela sua preservação e pelo seu maravilhoso canto.
Foram portanto seus proprietários até 1964: Luiz Pintor, Lucas (Chocolate), Zé Galinheiro, Germano, André, Joel, Nestrói e João Massarella.
De 1964 em diante: Walter Moretti, Sebastião Ramos, Antonio Scarabeleni, Dr. Licínio Hilmar de Oliveira Arantes e Carlos Checoli.
Em 26 de outubro de 1984, apesar de sua idade, novamente Ana Dias passa para a propriedade de Walter Moretti, nos intervalos entre os últimos proprietários, o Curió Ana Dias passou por diversas vezes pelas mãos de Walter Moretti, o que comprova que não resistia a saudade e a grande estima dedicada a esse pássaro.
O curió Ana Dias recebeu o anel nº 1.534/IBDF/77, na sua voz característica de "Praia Grande", cujo som melodioso nos lembra os acordes de um violino, no seu perfeito canto classifica-se na modalidade de "Clássico".
NOTAS DE CANTO DO CURIÓ ANA DIAS:
TI TU Í - três notas de entrada de canto
TÉ TÉ - duas notas de ligação
QUIM QUIM TÓI - duas notas de QUIM-QUIM seguidas da nota TÓI
TÉ TÉ - duas notas de ligação
TUÉ TUÉ - duas ou mais notas de batida de praia
QUIM QUIM - duas notas de QUIM-QUIM
TÉ TÉ - duas notas de ligação
UIL UIL - duas notas de Samaritá
TÉ TÉ - duas notas de ligação
QUIM QUIM TÓI - duas notas de QUIM-QUIM seguidas da nota TÓI
TÉ TÉ - duas notas de ligação
TUÉ TUÉ - duas ou mais notas de batida de praia
TI TU Í - três notas de entrada de canto
TÉ TÉ - duas notas de ligação
QUIM QUIM TÓI - duas notas de QUIM-QUIM seguidas da nota TÓI
TÉ TÉ - duas notas de ligação
TUÉ TUÉ - duas ou mais notas de batida de praia
QUIM QUIM - duas notas de QUIM-QUIM
TÉ TÉ - duas notas de ligação
UIL UIL - duas notas de Samaritá
TÉ TÉ - duas notas de ligação
QUIM QUIM TÓI - duas notas de QUIM-QUIM seguidas da nota TÓI
TÉ TÉ - duas notas de ligação
TUÉ TUÉ - duas ou mais notas de batida de praia
O fechamento do canto poderá ser com as notas de batida de praia ou acrescida com PURRU.
O inigualável Curió Ana Dias que emocionou aos amantes do Canto Praia Grande na Categoria "Clássico", morreu em 22 de abril de 1987, aos 32 anos de idade em propriedade do Sr. Walter Moretti na cidade de Jundiaí.
FONTE PRIMÁRIA: Disco de Vinil - Homenagem aos 30 anos de um Mestre Canto Praia Grande Super Clássico / Jundiaí, março de 1985
REGISTRO DA MARCA NO INPI Nº 811956601
SPHAN-FUNDAÇÃO NACIONAL PRÓ-MEMÓRIA
BIBLIOTECA NACIONAL - MINISTERIO DA CULTURA
REGISTRO Nº 36.467
REGISTRO DA MARCA NO INPI Nº 811956601
SPHAN-FUNDAÇÃO NACIONAL PRÓ-MEMÓRIA
BIBLIOTECA NACIONAL - MINISTERIO DA CULTURA
REGISTRO Nº 36.467
FONTE SECUNDÁRIA: Profº José Sérgio; João Paulo Buciani Franco e Eurídio Faxina diretamente do grupo ornitológico virtual criacaoavancada@grupos.com.br
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Distúrbio das fêmeas.
O sucesso da criação depende do bom comportamento das fêmeas. Normalmente a fêmea colocada na presença do macho, faz o ninho, põe, choca os ovos e alimenta os filhotes.
O macho pode ajudar na construção do ninho e participa na alimentação dos filhotes; a sua função torna-se cada vez mais importante à medida que os filhos crescem.
Os principais problemas do comportamento concernentes às fêmeas são os seguintes:
- A fêmea não põe
- A fêmea destrói constantemente o ninho
- A fêmea põe fora do ninho
- A fêmea põe sem parar
- A fêmea põe, mas não incuba
- A fêmea pica os ovos
- Os filhotes são atirados para fora do ninho
- Os filhotes são pouco ou mal nutridos
- A fêmea pica os filhotes
Analisemos os diferentes casos.
A FÊMEA NÃO PÕE
Normalmente a postura é desencadeada pela visão do ninho; ela é favorecida pela presença do macho. Na ausência de ninho, a presença dum recipiente côncavo pode incitar a fêmea a por; até pode pôr num comedouro.
Mas é necessário que a fêmea esteja pronta para pôr, mesmo que o seu ovário contenha os futuros óvulos. Isto supõe que a temperatura e a luz tenham variado normalmente como aquelas produzidas na Primavera. Muita luz e sem muito calor ou o inverso, muito calor e pouca luz, provocam uma alteração do ciclo sexual, que é frequentemente acompanhada por uma muda parcial.
Se a fêmea não põe, malgrado a presença do ninho e do macho, pode-se mudar o macho e trocá-lo por outro mais ardente, mais viril. Se o comportamento da fêmea não muda, é necessário troca-la por uma outra.
A melhor fêmea é uma de dois anos, cujo comportamento terá sido testado no ano anterior. Uma fêmea muito velha pode estar inapta à postura: torna-se estéril.
A FÊMEA DESTRÓI O NINHO CONSTANTEMENTE
A maioria das fêmeas constrói metodicamente o ninho: empregam materiais grosseiros, depois materiais finos para o acabamento. Algumas começam a construção do ninho sem contudo acabar: elas confundem frequentemente os materiais e finalmente o primeiro ovo é posto num ninho inacabado e muito mal feito. Geralmente este comportamento é hereditário. Ele persiste de ano a ano. A fêmea não sabe fazer o ninho, porque nasceu, geralmente, num ninho mal feito.
O criador deve intervir para terminar o ninho ou oferecer à fêmea um ninho completamente feito.
No caso dum ninho de canários, pode-se colocar um ninho de fibras de coco comprado no comércio. Aos exóticos pode-se oferecer um ninho bola, em vime, no interior do qual se cola um revestimento macio, que o pássaro não poderá arrancar. Geralmente o criador contenta-se em terminar o ninho, colocando um suplemento de materiais e construindo uma cavidade para os ovos. Ele pode obter esta cavidade, fazendo rodar uma maçã no ninho, ou moldando com sua mão.
Como no curso de criação, o ninho se suja, ele não pode hesitar em mudar o revestimento no momento em que ele se torne muito sujo. Os filhotes têm necessidade de asseio e esta limpeza agirá sobre o comportamento de adulto. Isto é sobretudo necessário quando o número de filhotes é importante. Isto é indispensável no momento em que os filhotes defecam sobre as paredes do ninho e quando os pais penetram no ninho para alimentá-los.
A FÊMEA PÕE FORA DO NINHO
Sucede que uma jovem fêmea põe fora do ninho, seja sobre o fundo da gaiola, seja num comedouro. Ela não compreendeu a função do ninho que o criador lhe ofereceu, e não o adoptou.
O mais simples é colocar o ovo no ninho onde ele deveria ser posto; faz-se o mesmo para o segundo ovo, e assim por diante até a obtenção duma postura normal. Se a postura se faz num comedouro, tira-se o comedouro à noitinha, uma vez que a postura tem geralmente lugar ao nascer do dia. Para seduzir a fêmea no ninho, pode-se aí colocar um ovo claro (dum outro casal) ou um ovo falso. Quando se trata dum ninho caixa, junta-se materiais que se deixam passar pela abertura; esses materiais excitarão a curiosidade da fêmea, que visitará então o ninho.
É possível que a fêmea não ponha no ninho, porque está infestado pelos piolhos ou porque não é suficientemente próprio. O asseio é necessário e é preciso então mudar ao menos o revestimento do ninho, entre duas ninhadas.
A FÊMEA PÕE SEM PARAR
Encontra-se no ninho um número de ovos anormal. No caso de uma espécie onde o macho e a fêmea são parecidos, é possível que o casal compreenda duas fêmeas. É necessário sexar atentamente os pássaros.
Mas num casal normal, a fêmea pode pôr numerosos ovos. Geralmente são ovos claros e isto ocorre porque quando uma primeira postura era feita de ovos claros, a fêmea continuava a pôr.
Uma observação atenta do número de ovos teria permitido ao criador ver que não se trata duma só postura, mas de duas sucessivas separadas por 5 a 6 dias. Algumas fêmeas são capazes desde o 5º dia de reconhecer se um ovo está claro ou não; neste momento elas podem abandonar o ninho ou pôr de novo.
Uma perturbação do comportamento pode explicar uma postura abundante e contínua. A fêmea é vitima dum desarranjo endócrino. Normalmente quando a postura atingiu a cifra própria à espécie (5a 6 ovos no máximo), uma inibição se produz e isto bloqueia a produção de óvulos pelo ovário. Em alguns pássaros mais sensíveis que outros, o bloqueio tem lugar mais cedo e a fêmea põe menos ovos. A postura torna-se contínua quando o bloqueio não tem lugar. É necessário tirar a fêmea e trocá-la por uma outra. Esta perturbação desaparece geralmente quando a fêmea é colocada em viveiro não contendo qualquer ninho, sobretudo na ausência de machos. Pode também atenuar-se pouco a pouco: a fêmea podendo pôr ainda alguns ovos num comedouro, antes de se tirar definitivamente.
A FÊMEA PÕE MAS NÃO INCUBA
Esta perturbação pode ter várias causas:
O desenvolvimento é desfavorável: há muito barulho ou a fêmea está inquieta. Pode ser suficiente mudar o lugar do ninho ou aquele da gaiola: a primeira ninhada estará perdida, mas uma segunda será levada a termo. A fêmea não choca porque os ovos estão claros, e isto porque ela não foi coberta pelo macho. É necessário tirar os ovos e aguardar uma segunda postura. Se a fêmea não choca, é preciso mudar o macho. O melhor macho é aquele que não somente cobre frequentemente a fêmea, mas também que a ajuda a ir para o ninho. Alguns machos chocam tanto e mesmo mais que a fêmea, mas o mais frequente e necessário é que a fêmea comece a chocar.
A FÊMEA PICA OS OVOS
Acontece quando os pássaros comem os ovos. O criador que constata a presença dum ovo e não o vê no dia seguinte ou quando o número de ovos diminui. Frequentemente não fica nenhum traço do ovo desaparecido: ele foi comido. Um pássaro pode muito bem comer um ovo. Ás vezes um filhote eclode e não se acha a casca: ela comeu-a, e isto evita que ela atraia a atenção dum predador, o que pode ter lugar quando a casca vazia é lançada fora do ninho. Sabe-se assim quando os pássaros de gaiola podem consumir os fragmentos de cascas; esses fragmentos dados pelo criador são uma fonte de cálcio. Por prudência, ele vai dar o melhor, (por ex. ostras trituradas ou fragmentos de cascas de ovos...)
É normal que um ovo seja comido depois de ter sido posto. Geralmente, o criador acusa o macho. Pensa-se que o macho viu no ovo um corpo estranho que ele quer tirar do ninho; o ovo é quebrado e comido. Isto é possível, mas a fêmea pode comer os ovos. É o que tenho constatado com um casal de mandarins. Para saber se comia o ovo, coloquei sobre a casca um produto utilizado para impedir as crianças de roer as unhas. Um primeiro ovo desapareceu sem problema aparente nos pássaros. Porém após o desaparecimento dum segundo ovo, a fêmea foi gravemente intoxicada, enquanto que o macho ficou normal. A mãe era, pois, culpada. É preciso, então, no momento em que os ovos desaparecerem depois de terem sido postos, tirar a fêmea e trocá-la por uma outra.
OS FILHOTES SÃO LANÇADOS PARA FORA DO NINHO
Acontece quando os filhotes são encontrados fora do ninho, sobre o fundo da gaiola.
Frequentemente apresentam feridas provocadas por cortes de bico.
No momento em que o criador se apercebe, rapidamente deve colocar os filhotes no ninho.
Podem cair acidentalmente ou ser assassinados pelas patas da fêmea, quando abandona muito brutalmente o ninho. É necessário então evitar assustar a fêmea que choca, e cuidar para que o ninho seja suficientemente profundo.
Mas é possível que os filhotes tenham sido lançados para fora do ninho por um dos pais. Pouco depois da eclosão, o principal culpado é o macho; ele não reconhece no filhote o produto dum ovo, e lança-o para fora numa preocupação de propriedade, ou de defesa do ninho. Neste caso, é preciso tirar o macho, esperando-se que todos os filhotes tenham eclodido e chegado a ser bastante grandes. No Diamante Gould, mais sujeito ao stress, o macho pode reagir a uma perturbação (barulho, visitante estranho...), lançando os filhotes pouco depois.
No momento em que os filhotes estão emplumados e prontos para sair do ninho, podem ser lançados pela fêmea desejosa de limpar o ninho para tornar a pôr. Algumas fêmeas tornam a pôr num ninho ocupado, mas outras expulsam os filhotes a golpes de bico. O sangue pode ocasionar a picagem: os filhotes se estiverem ainda depenados podem morrer.
OS FILHOTES SÃO POUCO OU MAL ALIMENTADOS
O crescimento dos filhotes é programado; se ele é retardado, os pais podem abandoná-los. Na natureza um retardamento no crescimento corresponde a uma doença ou ainda afecta o último nascido; esses pássaros estão condenados; eles não darão jamais um adulto robusto; os pais têm pressa de fazer uma nova ninhada, e cessam de alimentar os atrasados. Este comportamento permite a selecção natural indispensável à sobrevivência da espécie.
Na criação, o atraso de crescimento tem as mesmas causas, mas o abandono é menos brutal.
Um pássaro cego será alimentado tanto quanto será capaz de pedir com insistência sua alimentação: cessará de o ser quando não virar mais o bico do lado certo. Os filhotes debilitados por uma doença (frequentemente colibacilose) serão cada vez menos alimentados visto que eles terão cada vez menos força para pedir, levantar a cabeça e abrir o bico.
No que concerne aos filhotes de crescimento mais lento numa ninhada, trata-se de mutantes, ou de últimos nascidos. Para salvá-los, o criador confiá-los-á a outros pais, que tenham filhotes no mesmo tamanho. Para que todos os filhotes duma ninhada sejam salvos é necessário que a ninhada fique homogénea, isto quer dizer que todos os filhotes cresçam regularmente.
Pode-se activar o crescimento dos filhotes, dando-lhes uma pasta enriquecida em vitaminas. No início do crescimento, os protídios devem representar perto de 25% da ração; a seguir sua taxa deve diminuir regularmente em benefício dos glucídios (amidos dos grãos). Na natureza, os pássaros aí compreendidos, os granívoros, fornecem aos recém-nascidos uma alimentação muito rica à base de insectos e de pólen, bem como filhotes de larvas e grãos germinados. Por conseguinte, eles dão mais grãos de amoras.
Se é necessário, em caso de doença, utilizar um antibiótico, ele deve ser associado a uma mistura vitaminada e de grãos germinados. Um antibiótico pode provocar uma carência em vitaminas e retardar o crescimento.
A FÊMEA PICA OS FILHOTES
Dissemos que a fêmea desejosa de pôr pode expulsar os filhotes para fora do ninho e picá-los para arrancar-lhes as penas. Esta hostilidade cessa no momento em que os filhotes deixam o ninho, salvo se o sangue correu. No último caso, a visão do sangue tem um efeito agressivo: ele estimula a picagem. É necessário isolar o filhote, tirar a pena que sangra e colocar um pó bactericida sobre a ferida.
Filhotes machos podem ser igualmente picados pelo pai que o deseja expulsar. Se os filhotes devem ser deixados na presença dos pais, é necessário dispor duma gaiola suficientemente grande ou colocar uma separação através da qual os pais poderão alimentar os filhotes. Quando uma gaiola é muito pequena, os pais têm tendência a picar os filhotes. Pode-se também evitar isto, colocando os pais e os filhotes que deixaram o ninho numa outra gaiola, onde não haverá ninho.
CONCLUSÃO
Os distúrbios de comportamento não são raros numa criação. Isto vem do fato de que se está longe das condições naturais bem como em matéria de ambiente, quer de material ou de alimentação. Cuidados de atenção e a experiência permitem evitá-los ou tratá-los. A maior parte dessas perturbações não são hereditárias e não duram de ano a ano. O criador deve ter interesse em possuir muitas fêmeas e vários machos de reserva; mudam o macho ou a fêmea sendo este o meio mais eficaz para pôr fim a uma distúrbio de comportamento que torna um casal improdutivo.
O macho pode ajudar na construção do ninho e participa na alimentação dos filhotes; a sua função torna-se cada vez mais importante à medida que os filhos crescem.
Os principais problemas do comportamento concernentes às fêmeas são os seguintes:
- A fêmea não põe
- A fêmea destrói constantemente o ninho
- A fêmea põe fora do ninho
- A fêmea põe sem parar
- A fêmea põe, mas não incuba
- A fêmea pica os ovos
- Os filhotes são atirados para fora do ninho
- Os filhotes são pouco ou mal nutridos
- A fêmea pica os filhotes
Analisemos os diferentes casos.
A FÊMEA NÃO PÕE
Normalmente a postura é desencadeada pela visão do ninho; ela é favorecida pela presença do macho. Na ausência de ninho, a presença dum recipiente côncavo pode incitar a fêmea a por; até pode pôr num comedouro.
Mas é necessário que a fêmea esteja pronta para pôr, mesmo que o seu ovário contenha os futuros óvulos. Isto supõe que a temperatura e a luz tenham variado normalmente como aquelas produzidas na Primavera. Muita luz e sem muito calor ou o inverso, muito calor e pouca luz, provocam uma alteração do ciclo sexual, que é frequentemente acompanhada por uma muda parcial.
Se a fêmea não põe, malgrado a presença do ninho e do macho, pode-se mudar o macho e trocá-lo por outro mais ardente, mais viril. Se o comportamento da fêmea não muda, é necessário troca-la por uma outra.
A melhor fêmea é uma de dois anos, cujo comportamento terá sido testado no ano anterior. Uma fêmea muito velha pode estar inapta à postura: torna-se estéril.
A FÊMEA DESTRÓI O NINHO CONSTANTEMENTE
A maioria das fêmeas constrói metodicamente o ninho: empregam materiais grosseiros, depois materiais finos para o acabamento. Algumas começam a construção do ninho sem contudo acabar: elas confundem frequentemente os materiais e finalmente o primeiro ovo é posto num ninho inacabado e muito mal feito. Geralmente este comportamento é hereditário. Ele persiste de ano a ano. A fêmea não sabe fazer o ninho, porque nasceu, geralmente, num ninho mal feito.
O criador deve intervir para terminar o ninho ou oferecer à fêmea um ninho completamente feito.
No caso dum ninho de canários, pode-se colocar um ninho de fibras de coco comprado no comércio. Aos exóticos pode-se oferecer um ninho bola, em vime, no interior do qual se cola um revestimento macio, que o pássaro não poderá arrancar. Geralmente o criador contenta-se em terminar o ninho, colocando um suplemento de materiais e construindo uma cavidade para os ovos. Ele pode obter esta cavidade, fazendo rodar uma maçã no ninho, ou moldando com sua mão.
Como no curso de criação, o ninho se suja, ele não pode hesitar em mudar o revestimento no momento em que ele se torne muito sujo. Os filhotes têm necessidade de asseio e esta limpeza agirá sobre o comportamento de adulto. Isto é sobretudo necessário quando o número de filhotes é importante. Isto é indispensável no momento em que os filhotes defecam sobre as paredes do ninho e quando os pais penetram no ninho para alimentá-los.
A FÊMEA PÕE FORA DO NINHO
Sucede que uma jovem fêmea põe fora do ninho, seja sobre o fundo da gaiola, seja num comedouro. Ela não compreendeu a função do ninho que o criador lhe ofereceu, e não o adoptou.
O mais simples é colocar o ovo no ninho onde ele deveria ser posto; faz-se o mesmo para o segundo ovo, e assim por diante até a obtenção duma postura normal. Se a postura se faz num comedouro, tira-se o comedouro à noitinha, uma vez que a postura tem geralmente lugar ao nascer do dia. Para seduzir a fêmea no ninho, pode-se aí colocar um ovo claro (dum outro casal) ou um ovo falso. Quando se trata dum ninho caixa, junta-se materiais que se deixam passar pela abertura; esses materiais excitarão a curiosidade da fêmea, que visitará então o ninho.
É possível que a fêmea não ponha no ninho, porque está infestado pelos piolhos ou porque não é suficientemente próprio. O asseio é necessário e é preciso então mudar ao menos o revestimento do ninho, entre duas ninhadas.
A FÊMEA PÕE SEM PARAR
Encontra-se no ninho um número de ovos anormal. No caso de uma espécie onde o macho e a fêmea são parecidos, é possível que o casal compreenda duas fêmeas. É necessário sexar atentamente os pássaros.
Mas num casal normal, a fêmea pode pôr numerosos ovos. Geralmente são ovos claros e isto ocorre porque quando uma primeira postura era feita de ovos claros, a fêmea continuava a pôr.
Uma observação atenta do número de ovos teria permitido ao criador ver que não se trata duma só postura, mas de duas sucessivas separadas por 5 a 6 dias. Algumas fêmeas são capazes desde o 5º dia de reconhecer se um ovo está claro ou não; neste momento elas podem abandonar o ninho ou pôr de novo.
Uma perturbação do comportamento pode explicar uma postura abundante e contínua. A fêmea é vitima dum desarranjo endócrino. Normalmente quando a postura atingiu a cifra própria à espécie (5a 6 ovos no máximo), uma inibição se produz e isto bloqueia a produção de óvulos pelo ovário. Em alguns pássaros mais sensíveis que outros, o bloqueio tem lugar mais cedo e a fêmea põe menos ovos. A postura torna-se contínua quando o bloqueio não tem lugar. É necessário tirar a fêmea e trocá-la por uma outra. Esta perturbação desaparece geralmente quando a fêmea é colocada em viveiro não contendo qualquer ninho, sobretudo na ausência de machos. Pode também atenuar-se pouco a pouco: a fêmea podendo pôr ainda alguns ovos num comedouro, antes de se tirar definitivamente.
A FÊMEA PÕE MAS NÃO INCUBA
Esta perturbação pode ter várias causas:
O desenvolvimento é desfavorável: há muito barulho ou a fêmea está inquieta. Pode ser suficiente mudar o lugar do ninho ou aquele da gaiola: a primeira ninhada estará perdida, mas uma segunda será levada a termo. A fêmea não choca porque os ovos estão claros, e isto porque ela não foi coberta pelo macho. É necessário tirar os ovos e aguardar uma segunda postura. Se a fêmea não choca, é preciso mudar o macho. O melhor macho é aquele que não somente cobre frequentemente a fêmea, mas também que a ajuda a ir para o ninho. Alguns machos chocam tanto e mesmo mais que a fêmea, mas o mais frequente e necessário é que a fêmea comece a chocar.
A FÊMEA PICA OS OVOS
Acontece quando os pássaros comem os ovos. O criador que constata a presença dum ovo e não o vê no dia seguinte ou quando o número de ovos diminui. Frequentemente não fica nenhum traço do ovo desaparecido: ele foi comido. Um pássaro pode muito bem comer um ovo. Ás vezes um filhote eclode e não se acha a casca: ela comeu-a, e isto evita que ela atraia a atenção dum predador, o que pode ter lugar quando a casca vazia é lançada fora do ninho. Sabe-se assim quando os pássaros de gaiola podem consumir os fragmentos de cascas; esses fragmentos dados pelo criador são uma fonte de cálcio. Por prudência, ele vai dar o melhor, (por ex. ostras trituradas ou fragmentos de cascas de ovos...)
É normal que um ovo seja comido depois de ter sido posto. Geralmente, o criador acusa o macho. Pensa-se que o macho viu no ovo um corpo estranho que ele quer tirar do ninho; o ovo é quebrado e comido. Isto é possível, mas a fêmea pode comer os ovos. É o que tenho constatado com um casal de mandarins. Para saber se comia o ovo, coloquei sobre a casca um produto utilizado para impedir as crianças de roer as unhas. Um primeiro ovo desapareceu sem problema aparente nos pássaros. Porém após o desaparecimento dum segundo ovo, a fêmea foi gravemente intoxicada, enquanto que o macho ficou normal. A mãe era, pois, culpada. É preciso, então, no momento em que os ovos desaparecerem depois de terem sido postos, tirar a fêmea e trocá-la por uma outra.
OS FILHOTES SÃO LANÇADOS PARA FORA DO NINHO
Acontece quando os filhotes são encontrados fora do ninho, sobre o fundo da gaiola.
Frequentemente apresentam feridas provocadas por cortes de bico.
No momento em que o criador se apercebe, rapidamente deve colocar os filhotes no ninho.
Podem cair acidentalmente ou ser assassinados pelas patas da fêmea, quando abandona muito brutalmente o ninho. É necessário então evitar assustar a fêmea que choca, e cuidar para que o ninho seja suficientemente profundo.
Mas é possível que os filhotes tenham sido lançados para fora do ninho por um dos pais. Pouco depois da eclosão, o principal culpado é o macho; ele não reconhece no filhote o produto dum ovo, e lança-o para fora numa preocupação de propriedade, ou de defesa do ninho. Neste caso, é preciso tirar o macho, esperando-se que todos os filhotes tenham eclodido e chegado a ser bastante grandes. No Diamante Gould, mais sujeito ao stress, o macho pode reagir a uma perturbação (barulho, visitante estranho...), lançando os filhotes pouco depois.
No momento em que os filhotes estão emplumados e prontos para sair do ninho, podem ser lançados pela fêmea desejosa de limpar o ninho para tornar a pôr. Algumas fêmeas tornam a pôr num ninho ocupado, mas outras expulsam os filhotes a golpes de bico. O sangue pode ocasionar a picagem: os filhotes se estiverem ainda depenados podem morrer.
OS FILHOTES SÃO POUCO OU MAL ALIMENTADOS
O crescimento dos filhotes é programado; se ele é retardado, os pais podem abandoná-los. Na natureza um retardamento no crescimento corresponde a uma doença ou ainda afecta o último nascido; esses pássaros estão condenados; eles não darão jamais um adulto robusto; os pais têm pressa de fazer uma nova ninhada, e cessam de alimentar os atrasados. Este comportamento permite a selecção natural indispensável à sobrevivência da espécie.
Na criação, o atraso de crescimento tem as mesmas causas, mas o abandono é menos brutal.
Um pássaro cego será alimentado tanto quanto será capaz de pedir com insistência sua alimentação: cessará de o ser quando não virar mais o bico do lado certo. Os filhotes debilitados por uma doença (frequentemente colibacilose) serão cada vez menos alimentados visto que eles terão cada vez menos força para pedir, levantar a cabeça e abrir o bico.
No que concerne aos filhotes de crescimento mais lento numa ninhada, trata-se de mutantes, ou de últimos nascidos. Para salvá-los, o criador confiá-los-á a outros pais, que tenham filhotes no mesmo tamanho. Para que todos os filhotes duma ninhada sejam salvos é necessário que a ninhada fique homogénea, isto quer dizer que todos os filhotes cresçam regularmente.
Pode-se activar o crescimento dos filhotes, dando-lhes uma pasta enriquecida em vitaminas. No início do crescimento, os protídios devem representar perto de 25% da ração; a seguir sua taxa deve diminuir regularmente em benefício dos glucídios (amidos dos grãos). Na natureza, os pássaros aí compreendidos, os granívoros, fornecem aos recém-nascidos uma alimentação muito rica à base de insectos e de pólen, bem como filhotes de larvas e grãos germinados. Por conseguinte, eles dão mais grãos de amoras.
Se é necessário, em caso de doença, utilizar um antibiótico, ele deve ser associado a uma mistura vitaminada e de grãos germinados. Um antibiótico pode provocar uma carência em vitaminas e retardar o crescimento.
A FÊMEA PICA OS FILHOTES
Dissemos que a fêmea desejosa de pôr pode expulsar os filhotes para fora do ninho e picá-los para arrancar-lhes as penas. Esta hostilidade cessa no momento em que os filhotes deixam o ninho, salvo se o sangue correu. No último caso, a visão do sangue tem um efeito agressivo: ele estimula a picagem. É necessário isolar o filhote, tirar a pena que sangra e colocar um pó bactericida sobre a ferida.
Filhotes machos podem ser igualmente picados pelo pai que o deseja expulsar. Se os filhotes devem ser deixados na presença dos pais, é necessário dispor duma gaiola suficientemente grande ou colocar uma separação através da qual os pais poderão alimentar os filhotes. Quando uma gaiola é muito pequena, os pais têm tendência a picar os filhotes. Pode-se também evitar isto, colocando os pais e os filhotes que deixaram o ninho numa outra gaiola, onde não haverá ninho.
CONCLUSÃO
Os distúrbios de comportamento não são raros numa criação. Isto vem do fato de que se está longe das condições naturais bem como em matéria de ambiente, quer de material ou de alimentação. Cuidados de atenção e a experiência permitem evitá-los ou tratá-los. A maior parte dessas perturbações não são hereditárias e não duram de ano a ano. O criador deve ter interesse em possuir muitas fêmeas e vários machos de reserva; mudam o macho ou a fêmea sendo este o meio mais eficaz para pôr fim a uma distúrbio de comportamento que torna um casal improdutivo.
Fonte: www.naçaodoscanarios.com.br
Causas do ovo branco.
Causas Ambientais - soluçõesO ovo mantido em ambiente com ar de má qualidade absorve através dos poros a sujeira, os gases nocivos e os microorganismos patogênicos para o embrião. O embrião morre antes do sétimo dia da incubação, fazendo com que o criador fique confuso no diagnóstico de fecundação. As causas ambientais e suas soluções são:
· Ventilação insuficiente - procure abrir janelas na parte de baixo do criatório, usar tela ou invés de vidro nas janelas, conter vento com cortinas.
· Renovação do ar insuficiente - fazer saídas de ar nos pontos mais altos da sala de criação, ou nas paredes opostas a entrada de ar, exceto na parede voltada para o Sul. Fazer sempre saídas altas de ar .
· Qualidade baixa do ar - veja renovação de ar, mantenha limpeza do criatório diária.
· Ausências de saídas de ar - o ar quente sobe, juntamente com partículas de sujeira e microorganismos, dificultando as trocas de ar.
· Sujeira em excesso - Procure trocar ninhos sujos, bandejas com odor forte, bandejas úmidas e fétidas.
· Trocas de bandeja inadequadas - Troque as bandejas pelo menos 1 vez por semana. Não acumule papéis sobrepostos nas bandejas.
· Varredura de penas - Procure usar aspirador de pó para limpeza do criatório, pois faz pouco pó.
· Excesso de pó na criação - use aspirador de pó, ou molhe o chão antes de varrer. Use uma bisnaga de água que faça uma pulverização fina sobre a sujeira.
· Mudanças bruscas de temperatura - fora do controle dos criadores, as alterações bruscas de temperatura podem causar baixa fertilidade no macho, morte embrionária na primeira semana da incubação e perda "da libido", ou seja , os reprodutores não ficam mais fogosos.
Causa de Manejo
O ovo se contamina no meio ambiente através dos poros. Microorganismos da mão dos tratadores e dos criadores podem contaminar o embrião. Da mesma forma como descrita anteriormente, o embrião morre antes do sétimo dia da incubação, ou um pouco mais velho, fazendo com que o criador fique confuso no diagnóstico de fecundação ou perca a postura da fêmea no choco. As causas de manejo e suas soluções são:
· Ventilação dos ovos na espero do choco - deposite os ovos que aguardam a volta para o choco em algodão, ou papel toalha amassado ou papel higiênico amassado.
· Contaminação - Nunca coloque os ovos em espera sobre sementes, pois estas riscam a casca do ovo e seus fungos e bactérias entram através dos poros do ovo, matando o germe do embrião.
· Bactérias da mão das pessoas - Streptococcus e Staphylococcus são bactérias que existem nas mãos das pessoas, e que passam para a casca dos ovos, matando filhotes. Pesquisas revelam que foram a causa de morte de 85% de embriões de periquitos australianos. Causa a mesma morte em canários e outras aves. Use luvas ou pinças de plástico para segurar os ovos para ovoscopia e para o repouso antes do choco.
· Ovoscopia - choques térmicos e choques mecânicos matam os embriões. Cuidados com ovoscópios sem proteção térmica para apoio dos ovos para a leitura. Forre a borda com cortiça renovável ou espuma. Evite choques do ovo com o ninho ou com o ovoscópio, ou mesmo choques ao transportá-los.
· Medicações indevidas - as Sulfas causam ausência de produção de espermatozóides nos machos durante 30a40 dias, a chamada azoospermia. Nenhum ovo será galado nestas condições. Não use Sulfas para reprodutores próximo à fase de reprodução.
Causas Nutricionais
As principais causas de ovo branco são as de origem nutricional:
· Desbalanceamento nutricional das farinhadas caseiras - fazer testes de bromatologia e suplementação das deficiências. Use farinhadas comerciais registradas. Exemplo a Farinatta Bianco, Farinatta Suprema e Farinatta Intensive Red.
· Falta de premix vitamínico, mineral e de aminoácidos nas farinhadas - Use premix nutricional para suplementação das farinhadas caseiras, exemplo, o Premix A e Premix B.
· Falta ou excesso de vitaminas - nestas condições os sintomas são semelhantes, e de difícil diagnóstico. A história da criação é a melhor forma de diagnóstico. Na falta de vitaminas acrescente premix na farinhada, ou vitaminas solúveis, exemplo Rovital-C, 5dias seguidos, com manutenção 1a3 vezes na semana.
· Falta de minerais - os ovos podem ficar frágeis, com casca porosa ou irregular, causando fraturas de casca, contaminações mais freqüentes, perda de fêmeas em acidentes na oviposição. Use Macromix, fonte de cálcio e fósforo nas farinhadas, use farinha de ostra na areia, use farinhadas balanceadas. Ele melhora a formação da casca dos ovos, prevenindo a ocorrência ovos de casca mole, aumenta a resistência do ovo à incubação. Promove contração sincronizada do oviducto, prevenindo a retenção de ovos virados nas fêmeas em postura. Previne a baixa postura.
· Ação do complexo de vitaminas - exemplo Rovital-C usado para manter e restabelecer a saúde dos com desgaste da reprodução e da cobertura nos machos, desgaste da postura e criação dos filhotes nas fêmeas, desgaste físico do desmame, calor e frio excessivos, variações bruscas de temperatura, deficiências nutricionais, todas causas de ovo branco. Tem grande indicação na reprodução para melhorar a fertilidade de fêmeas e de machos, e preparar os jovens reprodutores, age nos picos de produção de ovos.
· Deficiência de aminoácidos - exemplo metionina e lisina. Devemos acrescentar estes elementos quando do diagnóstico, são encontrados comercialmente como Metionina e Lisina. Exemplo de suas ações. A Metionina promove aumento no tamanho dos ovos das fêmeas em postura, aumento da fertilidade dos machos e melhora da eclosão dos ovos. A Lisina previne o canibalismo de filhotes e de ovos.
· Vitamina A encontrada na forma de Vitamin A atua em casos de baixa fertilidade.
· Vitamina E encontrada na forma de Vitamin E com Levedura seca de cana tem ação importante na reprodução. Previne a morte embrionária, a baixa eclosão dos ovos, a degeneração testicular dos machos.
· Biotina é uma vitamina encontrada como Vitamin H (Biotina) é indicada na baixa eclosão de ovos, morte embrionária.
· Levedo de Cana é um alimento natural rico em proteínas, minerais, vitaminas do complexo B (vitamina B1, B2, B6), bem como vitaminas do tipo ácido nicotínico, ácido pantotênico e ácido fólico, e quando usado de forma contínua, auxilia na reprodução das aves, colaborando com a ação das outras vitaminas importantes para a reprodução, citadas acima. Pode ser encontrado da forma pura ou agregado à outras vitaminas.
Causas Infecciosas
As principais causas infecciosas de ovo branco são mycoplasmose e bactérias secundárias encontradas no meio ambiente ou na mão dos tratadores. O mycoplasma afeta os reprodutores de forma lenta, podendo se manifestar até 1,5 ano após a contaminação. Devemos utilizar medicações preventivas de forma estratégica nas fases críticas da criação.
· Mycoplasmose - causa infertilidade de machos (diagnosticada como ovos brancos), infertilidade de fêmeas, morte do embrião no ovo, principalmente antes da eclosão. Fraqueza de filhotes, morte de filhotes na primeira semana de vida. Para tratamento e prevenção da mycoplasmose e de suas conseqüências, existe um forma estratégica de prevenir a criação com o Nalyt H Fases, fazendo com que as aves recebem em cada fase crítica o medicamento que controla o desenvolvimento da infecção por este agente. O Nalyt 100 Plus é indicado para o tratamento de casos mais graves, para posterior entrada na fase de prevenção. Atua nos quadros de infertilidade infecciosa dos machos, reduzindo o número de ovos brancos. A prevenção pode ser feita com a linha Fases para muda de penas, reprodução, baby, que inclui o tratamento de filhotes na primeira semana de vida e no desmame.
· Nos filhotes a mycoplasmose age - controlando os agentes que acometem os filhotes na primeira semana de vida e na semana seguida ao desmame. Nestas fases os filhotes fiquem estressados, com queda de resistência, acarretando as grandes perdas da criação. A medicação preventiva reduz quadros de "pinta-preta", retenção de saco da gema, diarréia de ninho, riscos de sapinho, morte do filhote na primeira semana de vida, auxilia na reabsorção perfeita do saco da gema, reduz problemas respiratórios e a diarréia dos filhotes no desmame.
· Nos adultos a prevenção atua na infertilidade dos machos, na causa de ovos brancos, e de ovos não galados, na mortalidade do embrião e na bicagem do ovo.
· Pesquisas mostram que os bioflavonóides contribuem para o aumento da produção de ovos e sobrevivência dos embriões. No mercado encontramos o Prevent, que é um derivado de ácidos orgânicos de alta biodisponibilidade. Promove a manutenção da criação nos períodos de stress, estimula o sistema imunológico, melhora na produção dos ovos, auxilia na prevenção e no controle da Salmonelose e Colibacilose.
· Probióticos - são indicados para a formação de uma flora microbiana gástrica e intestinal saudáveis nos adultos, pois desta forma, quando regurgitarem o primeiro alimento para o filhote, estarão passando esta flora para formação nos filhotes. O ProbLac é um exemplo de probiótico, previne a diarréia de ninho dos filhotes, auxilia na redução da "pinta preta" e na retenção do saco da gema nos filhotes.
A melhor forma do criador evitar ou reduzir a formação de ovos brancos é a realização de exames dos ovos e dos reprodutores na época da postura, e organizar um programa de prevenção na criação, que inclui desde a desinfecção do ambiente de criação, até o fornecimento das medicações preventivas e mesmo curativas para todo o plantel. O esquema de prevenção com medicação não pode falhar em nenhuma ave, pois aquelas que não participam da prevenção podem se tornar portadoras caso estejam com o agente. Procure identificar e corrigir todos os pontos descritos neste artigo, para que possa minimizar os riscos de ovos brancos na criação."
Veterinária especializada em Aves - Dra. Stella Maris Benez.
· Ventilação insuficiente - procure abrir janelas na parte de baixo do criatório, usar tela ou invés de vidro nas janelas, conter vento com cortinas.
· Renovação do ar insuficiente - fazer saídas de ar nos pontos mais altos da sala de criação, ou nas paredes opostas a entrada de ar, exceto na parede voltada para o Sul. Fazer sempre saídas altas de ar .
· Qualidade baixa do ar - veja renovação de ar, mantenha limpeza do criatório diária.
· Ausências de saídas de ar - o ar quente sobe, juntamente com partículas de sujeira e microorganismos, dificultando as trocas de ar.
· Sujeira em excesso - Procure trocar ninhos sujos, bandejas com odor forte, bandejas úmidas e fétidas.
· Trocas de bandeja inadequadas - Troque as bandejas pelo menos 1 vez por semana. Não acumule papéis sobrepostos nas bandejas.
· Varredura de penas - Procure usar aspirador de pó para limpeza do criatório, pois faz pouco pó.
· Excesso de pó na criação - use aspirador de pó, ou molhe o chão antes de varrer. Use uma bisnaga de água que faça uma pulverização fina sobre a sujeira.
· Mudanças bruscas de temperatura - fora do controle dos criadores, as alterações bruscas de temperatura podem causar baixa fertilidade no macho, morte embrionária na primeira semana da incubação e perda "da libido", ou seja , os reprodutores não ficam mais fogosos.
Causa de Manejo
O ovo se contamina no meio ambiente através dos poros. Microorganismos da mão dos tratadores e dos criadores podem contaminar o embrião. Da mesma forma como descrita anteriormente, o embrião morre antes do sétimo dia da incubação, ou um pouco mais velho, fazendo com que o criador fique confuso no diagnóstico de fecundação ou perca a postura da fêmea no choco. As causas de manejo e suas soluções são:
· Ventilação dos ovos na espero do choco - deposite os ovos que aguardam a volta para o choco em algodão, ou papel toalha amassado ou papel higiênico amassado.
· Contaminação - Nunca coloque os ovos em espera sobre sementes, pois estas riscam a casca do ovo e seus fungos e bactérias entram através dos poros do ovo, matando o germe do embrião.
· Bactérias da mão das pessoas - Streptococcus e Staphylococcus são bactérias que existem nas mãos das pessoas, e que passam para a casca dos ovos, matando filhotes. Pesquisas revelam que foram a causa de morte de 85% de embriões de periquitos australianos. Causa a mesma morte em canários e outras aves. Use luvas ou pinças de plástico para segurar os ovos para ovoscopia e para o repouso antes do choco.
· Ovoscopia - choques térmicos e choques mecânicos matam os embriões. Cuidados com ovoscópios sem proteção térmica para apoio dos ovos para a leitura. Forre a borda com cortiça renovável ou espuma. Evite choques do ovo com o ninho ou com o ovoscópio, ou mesmo choques ao transportá-los.
· Medicações indevidas - as Sulfas causam ausência de produção de espermatozóides nos machos durante 30a40 dias, a chamada azoospermia. Nenhum ovo será galado nestas condições. Não use Sulfas para reprodutores próximo à fase de reprodução.
Causas Nutricionais
As principais causas de ovo branco são as de origem nutricional:
· Desbalanceamento nutricional das farinhadas caseiras - fazer testes de bromatologia e suplementação das deficiências. Use farinhadas comerciais registradas. Exemplo a Farinatta Bianco, Farinatta Suprema e Farinatta Intensive Red.
· Falta de premix vitamínico, mineral e de aminoácidos nas farinhadas - Use premix nutricional para suplementação das farinhadas caseiras, exemplo, o Premix A e Premix B.
· Falta ou excesso de vitaminas - nestas condições os sintomas são semelhantes, e de difícil diagnóstico. A história da criação é a melhor forma de diagnóstico. Na falta de vitaminas acrescente premix na farinhada, ou vitaminas solúveis, exemplo Rovital-C, 5dias seguidos, com manutenção 1a3 vezes na semana.
· Falta de minerais - os ovos podem ficar frágeis, com casca porosa ou irregular, causando fraturas de casca, contaminações mais freqüentes, perda de fêmeas em acidentes na oviposição. Use Macromix, fonte de cálcio e fósforo nas farinhadas, use farinha de ostra na areia, use farinhadas balanceadas. Ele melhora a formação da casca dos ovos, prevenindo a ocorrência ovos de casca mole, aumenta a resistência do ovo à incubação. Promove contração sincronizada do oviducto, prevenindo a retenção de ovos virados nas fêmeas em postura. Previne a baixa postura.
· Ação do complexo de vitaminas - exemplo Rovital-C usado para manter e restabelecer a saúde dos com desgaste da reprodução e da cobertura nos machos, desgaste da postura e criação dos filhotes nas fêmeas, desgaste físico do desmame, calor e frio excessivos, variações bruscas de temperatura, deficiências nutricionais, todas causas de ovo branco. Tem grande indicação na reprodução para melhorar a fertilidade de fêmeas e de machos, e preparar os jovens reprodutores, age nos picos de produção de ovos.
· Deficiência de aminoácidos - exemplo metionina e lisina. Devemos acrescentar estes elementos quando do diagnóstico, são encontrados comercialmente como Metionina e Lisina. Exemplo de suas ações. A Metionina promove aumento no tamanho dos ovos das fêmeas em postura, aumento da fertilidade dos machos e melhora da eclosão dos ovos. A Lisina previne o canibalismo de filhotes e de ovos.
· Vitamina A encontrada na forma de Vitamin A atua em casos de baixa fertilidade.
· Vitamina E encontrada na forma de Vitamin E com Levedura seca de cana tem ação importante na reprodução. Previne a morte embrionária, a baixa eclosão dos ovos, a degeneração testicular dos machos.
· Biotina é uma vitamina encontrada como Vitamin H (Biotina) é indicada na baixa eclosão de ovos, morte embrionária.
· Levedo de Cana é um alimento natural rico em proteínas, minerais, vitaminas do complexo B (vitamina B1, B2, B6), bem como vitaminas do tipo ácido nicotínico, ácido pantotênico e ácido fólico, e quando usado de forma contínua, auxilia na reprodução das aves, colaborando com a ação das outras vitaminas importantes para a reprodução, citadas acima. Pode ser encontrado da forma pura ou agregado à outras vitaminas.
Causas Infecciosas
As principais causas infecciosas de ovo branco são mycoplasmose e bactérias secundárias encontradas no meio ambiente ou na mão dos tratadores. O mycoplasma afeta os reprodutores de forma lenta, podendo se manifestar até 1,5 ano após a contaminação. Devemos utilizar medicações preventivas de forma estratégica nas fases críticas da criação.
· Mycoplasmose - causa infertilidade de machos (diagnosticada como ovos brancos), infertilidade de fêmeas, morte do embrião no ovo, principalmente antes da eclosão. Fraqueza de filhotes, morte de filhotes na primeira semana de vida. Para tratamento e prevenção da mycoplasmose e de suas conseqüências, existe um forma estratégica de prevenir a criação com o Nalyt H Fases, fazendo com que as aves recebem em cada fase crítica o medicamento que controla o desenvolvimento da infecção por este agente. O Nalyt 100 Plus é indicado para o tratamento de casos mais graves, para posterior entrada na fase de prevenção. Atua nos quadros de infertilidade infecciosa dos machos, reduzindo o número de ovos brancos. A prevenção pode ser feita com a linha Fases para muda de penas, reprodução, baby, que inclui o tratamento de filhotes na primeira semana de vida e no desmame.
· Nos filhotes a mycoplasmose age - controlando os agentes que acometem os filhotes na primeira semana de vida e na semana seguida ao desmame. Nestas fases os filhotes fiquem estressados, com queda de resistência, acarretando as grandes perdas da criação. A medicação preventiva reduz quadros de "pinta-preta", retenção de saco da gema, diarréia de ninho, riscos de sapinho, morte do filhote na primeira semana de vida, auxilia na reabsorção perfeita do saco da gema, reduz problemas respiratórios e a diarréia dos filhotes no desmame.
· Nos adultos a prevenção atua na infertilidade dos machos, na causa de ovos brancos, e de ovos não galados, na mortalidade do embrião e na bicagem do ovo.
· Pesquisas mostram que os bioflavonóides contribuem para o aumento da produção de ovos e sobrevivência dos embriões. No mercado encontramos o Prevent, que é um derivado de ácidos orgânicos de alta biodisponibilidade. Promove a manutenção da criação nos períodos de stress, estimula o sistema imunológico, melhora na produção dos ovos, auxilia na prevenção e no controle da Salmonelose e Colibacilose.
· Probióticos - são indicados para a formação de uma flora microbiana gástrica e intestinal saudáveis nos adultos, pois desta forma, quando regurgitarem o primeiro alimento para o filhote, estarão passando esta flora para formação nos filhotes. O ProbLac é um exemplo de probiótico, previne a diarréia de ninho dos filhotes, auxilia na redução da "pinta preta" e na retenção do saco da gema nos filhotes.
A melhor forma do criador evitar ou reduzir a formação de ovos brancos é a realização de exames dos ovos e dos reprodutores na época da postura, e organizar um programa de prevenção na criação, que inclui desde a desinfecção do ambiente de criação, até o fornecimento das medicações preventivas e mesmo curativas para todo o plantel. O esquema de prevenção com medicação não pode falhar em nenhuma ave, pois aquelas que não participam da prevenção podem se tornar portadoras caso estejam com o agente. Procure identificar e corrigir todos os pontos descritos neste artigo, para que possa minimizar os riscos de ovos brancos na criação."
Veterinária especializada em Aves - Dra. Stella Maris Benez.
Assinar:
Postagens (Atom)