sexta-feira, 7 de junho de 2013

Micotoxinas

Passeriformes (Sabiás, Trinca-ferros, Canários Bicudos, Curiós, Cole iras, etc)
Ana Roberta de Almeida
Médica Veterinária
Revista Pássaros 50
Micotoxinas
As micotoxinas săo produtos metabólicos de alguns fungos. Os alimentos contaminados por fun­gos podem conter micotoxinas. Os grăos, amendoim, girassol, comedouros (principalmente os de madeira), que facilitam a retençăo de umidade, sementes mal acon­dicionadas, ou seja, guardadas em ambientes sujos e/ou empoeirados e farinhadas de procedęncia duvi­dosa, constituem alguns dos ali­mentos sobre os quais esses bolo­res podem crescer. As micotoxinas săo indetectáveis pela visăo, olfato ou gosto. As micotoxinas clinica­mente importantes incluem aflatoxina, ocratoxina, desoxi­nivalenol, tricotecenos, oosporeína e citrinina. Os sinais clínicos săo freqüentem ente vagos e podem mimetizar outras doenças. Podem incluir depressăo, anorexia, hemor­ragia, poliúria, hematoquezia, le­sőes erosivas, paralisia, lesőes constritivas dos dedos e emplu­mamento deficiente. A sua ingestăo pode resultar em hepa­topatias ou nefropatias ou em uma imunossupressăo com sinais rela­cionados a uma falha nesses siste­mas de órgăos. Tem-se observado dermatite de contato no caso de uma exposiçăo ŕs toxinas de tricotecenos. O diagnóstico de micotoxicose se baseia no achado da toxina no alimento ou no con­teúdo gastrointestinal. O diagnós­tico é complicado pelo fato de que o alimento já possa ter sido consu­mido e năo se encontre mais dis­ponível para teste.
Politetrafluoroetileno ( Toxicose por Teflon)
Muito cuidado com pássaros que ficam na cozinha! Pode-se pro­duzir um gás tóxico quando se aque­cem superfícies năo aderentes. Essa toxicose é bastante comum nas aves de estimaçăo. As aves afetadas ge­ralmente colapsam subitamente, mas os sinais clínicos que podem ocorrer incluem depressăo, dispnéia, chiado, ataxia, fraque­za e ataques convulsivos. No exame postmortem, geralmente observam-se hemorragia e congestăo pulmonar. As aves geral­mente mor­rem antes que possa ser ad­ministrada uma terapia. Se houver sus­peita de uma exposiçăo a esse gás tóxico, proporcione ar fres­co a ave e leve imediatamente ŕ um Médico Veterinário.
Vitamina D
Cuidado com medicamentos polivitaminicos, usados de forma in­correta ou desnecessária! A toxicose por vitamina D pode resultar em hipercalcemia e mineralizaçăo renal, hepática, gástrica, intestinal, cardía­ca e dos vasos sangüíneos. As fontes de vitamina D incluem administra­çăo excessiva de vitamina por parte do proprietário, raçăo peletizada co­mercial suplementada com vitami­nas, causas iatrogęnicas e uma ingestăo de rodenticida com colecalciferol. A toxicose por vitami­na D3 é mais comum nos neonatos manualmente alimentados com uma fórmula caseira. Os sinais clínicos incluem letargia, anorexia, poliúria e diarréia. O diagnóstico se baseia na anamnese dietética, em uma pos­sível exposiçăo a um rodenticida, si­nais clínicos, níveis sangüineos de cálcio e na radiologia. Pode-se ob­servar radiograficamente uma nefrocalcinose. 
Evite a toxicose por vitami­na D relacionada ŕ nutriçăo atra­vés do oferecimento de uma raçăo formulada completa. Cuidado com raçőes utilizadas para mamíferos (căes, coelhos ou hamster), estas raçőes foram formuladas para es­tas espécies e jamais devem ser utilizadas na alimentaçăo dos pás­saros, pois as doses de vitaminas contidas nestas podem causar in­toxicaçőes ou danos futuros aos pássaros, caso ocorra algum des­tes sintomas em seus pássaros pro­cure assistęncia Médica Veteriná­ria, pois os primeiros socorros săo imprescindíveis
 
Dra. Ana Roberta e um bicudo recuperado após tratamento

Reprodutor Cinco Oitavos

Reprodutor Cinco Oitavos
 
Com uma boa dose de atençăo e utilizando-se de procedimentos simples, como a heteroze e complementariedade, criadores podem formar reprodutores de qualidade inquestionável.
 
Por Luiz Antonio Taddei de Freitas
Há algumas ediçőes atrás, nossa revista trouxe ao amigo leitor um trabalho acompanhado de um pequeno gráfico que instruía os criadores quanto aos procedimentos a serem adotados na formaçăo de um Reprodutor Homozigoto; reconhecido como aquele que apresenta pureza total na representaçăo de determinada linhagem.
Identificando que os cruzamentos consangüíneos năo săo muito bem aceitos por uma parcela dos criadores, apresentamos agora, uma outra alternativa: a formaçăo do Reprodutor 5/8 (Ieia-se: cinco-oitavos). Os estudos sobre a obtençăo e as vantagens de um Reprodutor e de um grupo de indivíduos com esse grau de sangue surgiram com os bovinos e os resultados altamente positivos săo confirmados pelos excelentes níveis atingidos pelo rebanho bovino nacional, que transformaram o Brasil num dos principais expor­tadores de carne do mundo.
Primeiras eleiçőes no início da seleçăo
Qual é a resposta mais rotineira quando fala­mos sobre os caracteres a se­rem selecionados?
Repetiçăo, canto, valentia, fibra, etc. So­mente o criador Paulo Rui Camargo (Săo Paulo­SP), deu outra resposta: saúde, fertilidade, qualidade de plumagem, longevidade, postura ...
Entăo vemos que os bons caracteres a selecionar num mesmo criatório săo muitos. Alguns săo aparentes e representam a bandeira do criador, mas uma boa linhagem deve contemplar muito mais que algumas poucas qualidades aparentes e passíveis de mensuraçăo.
Volto ŕ posiçăo do criador Paulo Rui Camar­go, endossando-a e com plementando-a com a seguinte informaçăo: "Todas as espécies selecionadas pelo homem, o item Saúde dos indivíduos postos ŕ reproduçăo devem ser inquestionáveis. Em seguida devem ser observados: longevidade, fertilidade, intervalo entre posturas; machos com facilidade na cópula e as qualidades maternas nas fęmeas”.
Acredito também que uma das qualidades Prioritárias a serem observadas e perseguidas na seleçăo seja a "Predisposiçăo ao aprendizado do canto". Para tanto, devem ser sumariamente eliminados da reproduçăo todos os machos que tenham cantos năo condizentes aos padrőes atualmente aceitáveis. As únicas e possíveis exceçőes seriam para machos que apresentem tantas outras qualidades que justifiquem o emprego do "Grego".
Certas qualidades passíveis de mediçăo, ou verificaçăo, tipo "Repetiçăo" ou "Mutaçăo" săo aparentemente mais fáceis de serem alcançadas e talvez fixadas, enquanto outras, como a fibra, cujos critérios de avaliaçăo subjetivos e individuais, tęm entendimentos vários, săo aparentemente mais difíceis e vejo que somente será possível, dentro em pouco tempo, se forem observadas e comparadas o Conjunto da linhagem e năo apenas um único indivíduo.
Daí a importância da formaçăo de linhagem própria ou que representa um conjunto ou grupo de criadores.
Transcrevo:
"Concordo em gęnero e grau que dois pontos săo fundamentais para o sucesso:
1- formar linhagens próprias, originárias de verdadeiros raçadores.
2- Analisar o conjunto da produçăo para ter um verdadeiro resultado do trabalho realizado. De nada adianta o criador se empolgar com um ou outro produto muito bom ou até excepcional, se o resultado da avaliaçăo, na média, foi um retrocesso.
Tenho dentro da minha perspectiva que na avaliaçăo de qualquer individuo sujeito ŕ seleçăo genética, existem 2 tipos de elementos:
1- mensuráveis; 2- subjetivos.
Tal qual o grande Mestre Paulo Rui, indica, săo de extrema importância os elementos relativos ŕ rusticidade, e ŕ aptidăo reprodutiva. Estes sim (da mesma forma que nos animais de produçăo industrial), săo mesuráveis. Podemos, portanto, saber quantos ovos uma fęmea botou, quantos estavam férteis, quantos filhotes nasceram, quantos foram efetiva­mente criados, quantas posturas a fęmea fez, se ela chocou ou năo, etc etc. etc. Dessa forma, pode-se traduzir em números e estatísticas, o desempenho de cada matriz. Também se pode medir, a quantidade de cantos de uma ave, o tempo de cada canto, etc. Estes elementos săo de um valor inestimável para ter um verdadeiro controle de qualidade da produçăo, sem o qual, parece impossível imaginar um avanço genético".
(Álvaro Blasina - Rio de Janeiro ­RJ.)
Considerando que o vemos comumente nos criatórios săo indivíduos de qualidade, um dos caminhos a seguir para a constituiçăo de um bom plantel é adotar uma seqüęncia de cruza­mentos específicos e formar um Reprodutor 5/8, e com ele formar o plantel com essas boas qualidades de apenas alguns indivíduos. A idéia é a obtençăo de um produto mais rústico, com características próprias, com alto grau de heterose, que consiga promover a uniăo das boas qualidades de duas raças distintas (Complemen­taridade) e o principal: que perpetue essas qualidades em seus descen­dentes, nas próximas geraçőes.
D e s t a c o:
1) Complementaridade (essa é a palavra chave): - A combinaçăo das qualidades desejáveis das duas raças ou linhagens.
2) Heterose:- Mantém-se um bom grau de heterose. (Vigor, resistęncia, etc.).
Seqüęncia de cruzamentos para a formaçăo do 5/8 (cinco oitavos)
·No gráfico, entendam como o pássaro preto representa macho e o branco a fęmea.
·0 ideal seria se os 2 pássaros brancos (a fęmea inicial e o branco que está ao lado e que só irá acasalar com a fęmea 3/4) sejam irmăos de ninho. Esse é o 5/8 perfeito.
·É bom que sejam irmăos de ninho ou próprios, e melhor se os dois machos (de excelente qualidade) tiverem as qualidades principais diferentes. Ex.: Um macho (o preto) é disposto e muito cantador e o outro macho (branco) é de muita fibra e regular na performance (pode ser também um cantador e outro repetidor).
·É mais fácil fazer com dois machos excelentes e uma fęmea também filha de outro macho de excelente qualidade.
Vejam que o Macho Inicial (preto), reproduz 2 vezes e o outro (branco) apenas 1 vez, na conclusăo do programa, porém será dele o 5 (do 5/8). Portanto de maior influęncia.
-Esse 5/8 foi o "pulo do gato" como o gado bovino e será com nossos pássaros.
o único grau de sangue que consegue (depois do puro) transmitir e fixar qualidades.
-Esse grau de sangue é o da Complementaridade.
-Esse programa năo invalida nem substitui aquele outro programa de formaçăo do Reprodutor Homozigoto; este visa ŕ pureza dos caracteres desejados. O 5/8 visa ŕ obtençăo de um produto de resultados, de alta performance.
-Se por um lado o Reprodutor Homozigoto é o puro, esse 5/8 consegue manter um excelente grau de Heterose o que lhe garante muito vigor. Testes em bovinos compro­varam ser esse grau de sangue o responsável pelo surgimento do "Boi Indus­trial", ou seja, o 5/8 é aquele rústico, com vigor, fertilidade, produtividade e principal­mente com grande perfor­mance.
"Deixe-me dizer uma coisa: vocę pode possuir um Doutorado em genética, mas se năo sabe como e o que selecionar vocę estará descartado. Deixe-me dizer mais uma coisa: poderíamos ambos começar a criar exatamente com os mesmos pombos. Vocę poderia utilizá-Ias um ano e eu poderia utílizá-Ios no próximo ano. O que poderia ser mais próximo do que exatamente a mesma origem? Mas vocę sabe de uma coisa? Poderíamos perfeitamente terminar, após algumas geraçőes, com resultados opostos no que diz respeito até mesmo ŕs características. Por quę? Por causa da seleçăo. Tudo é devido ŕ seleçăo. Em resumo, o fator importante, o segredo do mito, repousa em ser capaz de selecionar, esse é o verdadeiro segredo, mas somente uns poucos indivíduos seletos conseguem dominar tal habilidade." (Mauricio Jemal - criador e selecionador de pombos - México).
Revista passarinheiros & cia 33

Ornitologia.

Por Marcelo Oliveira
Ornitologia é o ramo da Biologia dedicado aos estudos das aves no que se refere à sua distribuição nos continentes e suas características peculiares, classificando-as em espécies, gêneros e famílias.
A ornitologia tem na observação direta uma rica fonte de informações, embora se prevaleça também de técnicas e instrumentos modernos, como o anilhamento de aves, radar e radiotelemetria, além de contribuições feitas por amadores.
Um dos pioneiros nesta ciência foi Aristóteles ao escrever sobre a história dos animais, obra que foi continuada séculos depois por Plínio, o Velho. Como essa, muitas outras obras da Idade Média e Início da Era Moderna registram observações pessoais relevantes sobre o assunto. As aves brasileiras tiveram seu primeiro registro graças ao alemão Hans Staden, que caiu prisioneiro dos índios por volta de 1553.
Dentre os principais estudos ornitólogos brasileiros podem ser destacados os trabalhos realizados no Museu Nacional, no Rio de Janeiro; no Museu Emílio Goeldi, em Belém do Pará; e no Museu Paulista.
As aves possuem algumas características em comum com os répteis e mamíferos, como a notocorda, estrutura de sustentação situado na linha mediana dorsal do corpo, entre os tubos nervoso e digestivo e que aparecem na fase embrionária, sendo substituída pela coluna vertebral na vida adulta. As fendas branquiais na faringe, orifícios que desaparecem na fase adulta em algumas espécies, o tubo nervoso dorsal e a cauda pós-anal, cujo desenvolvimento e função variam nos diferentes grupos de espécies, também são características exclusivas deste grupo de animais do mesmo filo.
A classe das aves pertence ao filo Chordata e está dividida em diversas ordens, cada uma com suas famílias e espécies específicas. Formam uma classe constituída por espécies vertebrados, bípedes, homeotérmicos, ovíparos, caracterizados principalmente por possuírem penas, apêndices locomotores anteriores modificados em asas, bico córneo e ossos pneumáticos, chegando à cerca de 9000 espécies no mundo.
Dentre as aves existem as espécies que voam e as que não voam, sendo que as que possuem esta habilidade, considerada secundária, adquiriram a partir de ancestrais que podiam voar. As não-voadoras são vulneráveis à extinção devido à destruição do habitat e da poluição, ou por causa da introdução de plantas e animais.
A endotermia, as penas, os ossos pneumatizados, a ausência de bexiga urinária e o corpo leve e aerodinâmico são algumas das características adquiridas durante o processo evolutivo que permitiram algumas aves alçar vôo.
As ordens da classe Aves são:
  • Aberratiodontuiformes
  • Aegotheliformes
  • Aepyornithiformes
  • Alexornithiformes
  • Ambiortiformes
  • Anseriformes
  • Apodiformes
  • Apterygiformes
  • Archaeopterygiformes
  • Bucerotiformes
  • Caprimulgiformes
  • Casuariiformes
  • Cathayornithiformes
  • Chaoyangornithiformes
  • Charadriiformes
  • Ciconiiformes
  • Coliiformes
  • Columbiformes
  • Confuciusornithiformes
  • Coraciiformes
  • Craciformes
  • Cuculiformes
  • Dinornithiformes
  • Eoenantiornithiformes
  • Euenantiornithes Incertae Sedis
  • Euornithiformes
  • Eurolimnornithiformes
  • Falconiformes
  • Galbuliformes
  • Galliformes
  • Gastornithiformes
  • Gansuiformes
  • Gobipterygiformes
  • Gaviiformes
  • Gruiformes
  • Hesperornithiformes
  • Ichthyornithiformes
  • Liaoxiornithiformes
  • Liaoningornithiformes
  • Lithornithiformes
  • Longipterygiformes
  • Musophagiformes
  • Omnivoropterygiformes
  • Opisthocomiformes
  • Palaeocursornithiformes
  • Passeriformes
  • Patagopterygiformes
  • Pelecaniformes
  • Phoenicopteriformes
  • Piciformes
  • Podicipediformes
  • Procellariiformes
  • Psittaciformes
  • Protoaviformes
  • Protopterygiformes
  • Pteroclidiformes
  • Rheiformes
  • Saurornithes Incertae Sedis
  • Sphenisciformes
  • Strigiformes
  • Struthioniformes
  • Tinamiformes
  • Trochiliformes
  • Trogoniformes
  • Turniciformes
  • Upupiformes
  • Yandangithiformes
  • Yanornithiformes
Fontes:
http://www.institutoaqualung.com.br/info_aves16.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ornitologia
http://www.wildanimalsonline.com/birds/

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Sinusite Crônica em Aves: A famosa verruga no nariz

Sinusite Crônica em Aves: A famosa verruga no nariz


Prezados leitores e amigos! Apesar de ser um fã inveterado de Trinca Ferro e competições admito que adorei escrever sobre psitacídeos. A resposta das meninas (especialmente as de Niterói) ao tema passado (Clamidiose) foi ótima. E para você que me acompanha nessa maravilhosa coluna há algum tempo presenteio vocês, meninos e meninas (como diria Renato Russo), com um tema bem interessante que é sinusite em aves. Então, senta aí e vamos embarcar comigo nessa leitura.
A sinusite crônica em aves ao pé da letra seria uma inflamação dos seios nasais e paranasais normalmente associada a uma causa infecciosa ou parasitária. Apenas para constar o pús na ave é denominado cáseo e se apresenta de forma endurecida e nunca líquido igual ao nosso. O sinal clássico da sinusite crônica é o aumento do diâmetro da narina normalmente de um dos lados e ainda a presença de uma massa endurecida nessa narina.
Aí é que começam as historias de passarinheiros.. muita gente diz que a ave tem verruga, pipoquinha, caroço, bouba, tumor.. dizem de tudo menos que é sinusite. Qualquer ave pode ser acometida. É muito comum em Coleiros e Trinca Ferro, mas Calopsitas e Papagaios também podem apresentar. Essa massa na narina da ave deve ser removida e evidenciar a causa primaria é fundamental.
Não adiante querer usar produtos a base de iodo ou colírios humanos na narina da ave.. Agentes bacterianos normalmente estão envolvidos, mas ácaros no sistema respiratório não são raros. A cura completa da ave é conseqüência de um diagnóstico correto. O tratamento muitas vezes é de médio prazo e além do uso de antibióticos muitas vezes é fundamental aumentar a imunidade da ave.
Os fatores predisponentes que levam a doença são diversos, como exposição ao frio ou vento, fatores alérgicos, etc mas sempre estão relacionados a uma queda de imunidade da ave; então na verdade muitas vezes uma ave acometida por sinusite demonstra que algo está errado e causas sistêmicas devem ser investigadas como clamidiose, coccidiose ou qualquer outra doença que leva a baixa imunológica, ok.
A narina assim como o bico em casos mais graves ficam deformados para sempre. Se não tratado a sinusite pode evoluir levando a ave a óbito ou a seqüelas no canto se esta for de competição/torneio. Aves que apresentam rouquidão em decorrência de sinusite normalmente ficam fanhas para sempre.
Se sua ave apresenta sinusite a melhor opção é consultar o seu veterinário especializado. Despeço-me por aqui e como não poderia faltar deixo o pensamento do dia: ´´ Cuidado com o atendimento leigo, pois de boas intenções o inferno está cheio´´ Pensem nisso e até a próxima!


Foto 1.: Agapornes apresentando o sinal clássico de sinusite que é o aumento do diâmetro da narina normalmente de um dos lados.


Foto 2 e 3.: Curio femea apresentando massa caseosa na narina. Observe a deformidade no bico e o tamanho da narina.

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Dr. Felipe Victório de Castro Bath
Médico Veterinário CRMV-RJ 8772
Especialista em Biologia, Manejo e Medicina da Conservação dos Animais Selvagens
Mestre em Microbiologia Veterinária pela UFRRJ
Tel.: (21)81014122/ (21)78795270 / ID.:10*96860
(21)22786652 / (21)32341775

Muda Vitaminada: Certo ou errado?!

Muda Vitaminada: Certo ou errado?!
Prezados leitores a amigos! Estamos em uma época propícia ao tema daí a nossa escolha. A pergunta do momento é: o que posso fazer quando meu pássaro está em muda? A resposta é complexa e vamos tentar discutir alguns pontos.
 Quando a ave está nesse período de muda seja de penas ou de bico é uma fase de sensibilidade da ave e é neste momento que uma consulta de rotina com o seu médico veterinário especializado deve ser realizada, juntamente com um exame parasitológico de fezes e até outros mais elaborados como salmonelose e mocoplasmose. É o momento também de descanso dessa ave, principalmente se está for de competição.
Esse período de muda seja de penas e/ou bico a ave fica mais quieta e letárgica mesmo. O canto diminui bastante e este não deve ser estimulado. Nessa fase coloque sua ave em local tranqüilo, mais escuro e sem contato visual ou sonoro com outra ave. Pode se manter na capa na maioria do tempo para proteção mesmo. O uso de ferro ou iodo na água só deve ser feito com o acompanhamento de seu veterinário e o intuito é forçar ainda mais essa queda de penas. Vejo muita gente usando ferro após a muda de penas e o resultado é um repasse de penas. Tem o momento certo de se usar esse artifício, ok.
 Neste período além do reforço na dieta as aves devem ter uma maior percentual de proteína na dieta, assim como de vitamina A, além dos aminoácidos essenciais para que estas penas e/ou bico se renovem mais rapidamente e com qualidade. Isso é alcançado se fornecendo farinhada de ovo a elas, ou ainda outra fonte de proteína como o próprio ovo cozido e tenébrias. Mas cuidado para não engordar essa ave.
 O uso de vitaminas do complexo B não tem muita utilidade nesse período. Primeiro que não vai ajudar em nada nesse período e por acabar estimulando a ave a comer mais podemos terminar a muda com uma pequena a dieta a fazer depois. 
O bico também passa por uma renovação natural e fica descascando ou com o aspecto rachado. Esse é um processo de maior sensibilidade nesse bico onde a alimentação deve ser tenra e verduras verdes escuras (couve, chicória, almeirão) são bem vindos na dieta assim como milho e pepino, por exemplo.
 Ainda em relação ao bico uma técnica simples que suaviza a muda é lixar o bico com uma lixa de unha mesmo removendo as imperfeições; após isso pode se passar no bico óleo de cravo que se compra em lojas de produtos naturais. Cuidado com a narina do pássaro e para ele não comer o produto. Na duvida procure auxilio veterinário especializado, ok.



Despeço-me por aqui e um grande abraço a todos!


Figura 1 e 2.: A foto da esquerda mostra um curió que além da muda de bico possui um crescimento anormal de bico inferior. A foto da direita mostra a mesma ave após lixar e passar o óleo de cravo. 

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Dr. Felipe Victório de Castro Bath
Médico Veterinário CRMV-RJ 8772
Especialista em Biologia, Manejo e Medicina da Conservação dos Animais Selvagens
Mestre em Microbiologia Veterinária pela UFRRJ
Tel.: (21)81014122/ (21)78795270 / ID.:10*96860
(21)32341775 / (21)22786652

quinta-feira, 25 de abril de 2013

A importância de um correto manejo da desinfecção

A importância de um correto manejo da desinfecção
Por: Eduardo C. Rosatti
Quinabra - Quimica Natural Brasileira Ltda
INTRODUÇÃO
Atualmente, para sustentar bons resultados e manter a lucratividade na atividade avícola, principalmente em sistemas de produção intensiva, devemos levar em conta três fatores básicos: higiene e sanidade animal, melhoramento genético e alimentação adequada.
Uma boa prática de higiene e sanidade, requer a adoção de medidas preventivas que melhoram a qualidade de vida dos animais e com isso reduz o uso de medicamentos, além de reduzir a taxa de mortalidade, aumentar a taxa de crescimento e melhorar a conversão alimentar.
O correto manejo da desinfecção é uma das principais ferramentas de higiene e sanidade que consiste na destruição ou controle de agentes infecciosos presentes no meio ambiente, por processos químico ou físico. O uso de produtos químicos é a prática mais usual e efetiva na desinfecção.
Vazio sanitário
O primeiro passo de um bom processo de desinfecção é fazer uma limpeza rigorosa das instalações e equipamentos eliminando ao máximo a matéria orgânica das superfícies. O processo de limpeza, após a saída do lote, consiste em retirar o esterco, varrer o piso, remover restos de ração nos comedouros, lavar as gaiolas vazias e o galpão com água pressurizada. Com a remoção da matéria orgânica, a atuação do desinfetante será mais efetiva. Após a aplicação do desinfetante, esperar por sete dias para entrada do novo lote.
Manutenção
Com as novas aves alojadas nas gaiolas, fazer a desinfecção uma vez por semana, pulverizando a solução sobre as aves, atentando para o uso de produtos não tóxicos e nem irritantes para os animais.
Vale lembrar que o manejo de desinfecção é somente um suporte e não substituto de outras medidas higiênicas tais como a proibição ou o controle de entrada de veículos na granja, cinturão verde, depósito de esterco afastado da granja entre outros. Em um programa de desinfecção, nunca misturar ou combinar desinfetantes, pois esse procedimento pode surtir efeito negativo como a neutralização ou até mesmo obtendo-se um subproduto tóxico.
Desinfetantes
Os desinfetantes comumente usados são a amônia Quaternária, Glutaraldeído e a Soda Cáustica. Os compostos de Amônia Quaternária são empregados em pisos, paredes e equipamentos, tem boa ação penetrante, por isso são muito úteis em superfície porosa, mas tem pouca ação contra fungos e vírus e atividade reduzida na presença de água dura. O Glutaraldeído é um desinfetante de largo espectro e é ativo na presença de matéria orgânica, mas não se recomenda sua aplicação sobre os animais, além de seus resíduos contaminarem os alimentos. A soda cáustica inibe o crescimento e desenvolvimento de muitas bactérias, mas não tem efeito sobre os esporos bacterianos, além de ser tóxico, irritante e corrosivo.
Novas tecnologias em desinfetantes vêm sendo amplamente desenvolvidas, dentre as quais podemos citar os ácidos orgânicos (ácido ascórbico, cítrico e lático), que possuem amplo espectro de ação, boa estabilidade na presença de matéria orgânica e podem ser aplicado sobre os animais e na presença do homem por não serem tóxicos, quando nas dosagens corretas, além de serem biodegradáveis.
A importância do Rodízio
Como sabemos, a maioria dos desinfetantes quimioterápicos, quando usados constantemente, abrem a possibilidade dos microrganismos adquirirem resistência à sua ação desinfetante, tornando-se ainda mais agressivas e conseqüentemente causando mais danos, por isso é extremamente importante fazer rodízios de desinfecção visando anular essa possibilidade.
Custo x benefício
O investimento em higiene e sanidade é justificável, pois ele irá reduzir a incidência de enfermidades, tais como Gumboro, Laringotraqueíte entre outras, que atuam negativamente sobre a produção. Conseqüentemente o granjeiro terá menor queda de produtividade o que resulta em uma maior rentabilidade, além disso irá desembolsar menos recursos com medicamentos, o que nos leva a concluir que o investimento em desinfecção realmente vale a pena.
Fonte: www.criadourorenascer.com.br

Alimentos Funcionais - Prebióticos e probióticos

Alimentos Funcionais - Prebióticos e probióticos
Por ALFONSO BARRA,
Membro da C.R.O./COM
Tradução: Eduardo C. Rosatti
Quinabra - Quimica Natural Brasileira Ltda
INTRODUÇÃO
Recentemente tem surgido com todo seus atrativos entre os criadores que praticam a Ornitologia Desportiva (que já conhecíamos e tínhamos experiência com o uso de algum probiótico em nosso aviário) a inquietude em conhecer e entender o que são e como atuam no organismo dos pássaros de gaiola os prebióticos.
Dado a novidade do tema e a importância que, para melhorar a salubridade, evitar o stress, retardar o envelhecimento e proporcionar uma ótima qualidade de vida aos pássaros de companhia, pode implicar na aplicação de algum prebiótico ou probiótico, é o que me leva a publicar este trabalho meramente informativo.
Iniciarei indicando como define a palavra prebiótico a Dra. I. Goñi, da Faculdade de Farmácia da Universidade Complutense de Madrid, quando disse que é o “ingrediente alimentar não digestível que afeta beneficamente o hospedeiro que o ingere, estimulando de forma seletiva o crescimento e atividade, de um numero limitado de espécies bacterianas benéficas residentes no intestino”, que em nosso caso e o dos pássaros de gaiola.
Assim mesmo direi que a palavra probiótico é definida pelo Prof. B. Mayo, do C.S.I.C em Astúrias, como “suplementos alimentícios com bactérias vivas que contribuem para manter o equilíbrio microbiano do trato intestinal”.
Há mais de duas décadas a utilização de lactobacilos intestinais já era conhecido, se bem que atualmente se utilizam outras varias cepas de agentes microbianos “ amigos”.
Resumindo, creio que pode-se dizer que os prebióticos e os probióticos formam um conjunto de elementos conhecidos e denominados alimentos funcionais, que são “ingredientes alimentares que produzem efeitos benéficos para a saúde”; são básicos para entender como é possível operar de maneira natural e benéfica sobre o sistema imunológico dos pássaros para evitar, amenizar ou reduzir os efeitos nocivos das doenças, melhorando a qualidade de vida das aves em nossos aviários.
ANTIOXIDANTES NUTRICIONAIS
A informação e experiência sobre o uso e aplicação em meu aviário do prebiótico “EVENCIT ORNIT” é recente e conseqüência de haver contatado a Empresa Probena, S.L., com sede em Pinseque (Zaragoza), que é quem importa e comercializa dito produto, depois de haver lido na publicação “Selecciones Avícola” o trabalho “Vuelve el império de la natural”, de quem é autora a Dra. Elinor Mc. Cartney de Pen e Tec Consulting.
O prebiótico “EVENCIT ORNIT” é um extrato de cítricos bioestabilizados, que oferece alta disponibilidade de bioflavonóides e ácido ascórbico (vitamina C), entre outros componentes naturais próprios dos cítricos.
A empresa PROBENA, S.L. me colocou em contato com sua veterinária especializada em nutrição animal, Marta Navarro, que possui um alto nível cientifico e técnico e me serviu amplas informações sobre os benefícios que podem oferecer tal produto complementando a alimentação dos pássaros. Com seu assessoramento iniciei uma serie de testes práticos de aplicação dos prebiótico, corretamente dosado e administrado com a farinhada de cria.
Os resultados iniciais destes testes parecem ser positivos, razão pela qual me decidi a redigir este trabalho, uma vez que considero ser interessante para o conhecimento dos que praticamos a ornitologia desportiva.
Em qualquer aviário, pode ocorrer uma serie de circunstancias capazes de introduzir elementos patogênicos infecciosos com capacidade para provocar um stress social e ambiental, suficiente para incrementar as doenças de nossos pássaros. Circunstancias estas que podem ser:
Entrada de novos exemplares adquiridos ou intercambiados com o propósito de melhorar o plantel de reprodutores ou reduzir a consangüinidade;
Saídas de nossos exemplares para Concursos e Exposições;
Excessivos números de visitas não previstas ao aviário;
A aquisição e reposição de estoque de sementes e outros alimentos;
Mudanças bruscas de temperatura e outras circunstâncias do manejo diário.

Ademais, quando possuímos algum exemplar que por sua importância genética, sua qualidade reprodutora e sua beleza fenótipa, a qualidade na interpretação da partitura nos canários de canto, a beleza de sua forma ou posição quanto a postura, sem darmos conta dos cuidados especiais (geralmente sentimental) com as aves que envelhecem e são mais vulneráveis aos efeitos negativos citados anteriormente.
O envelhecimento dos pássaros de gaiola não se pode considerar como uma enfermidade, se não como uma perda progressiva e imperceptível da capacidade de adaptação como conseqüência de um déficit da reserva funcional de seus diferentes órgãos, ou seja, uma síndrome geriátrica.
Estudos recentes têm evidenciado que os antioxidantes nutricionais naturais, possuem capacidade suficiente para prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida dos seres que os ingerem. Cada vez adquire mais adeptos a idéia de que a administração prolongada de um suplemento, ou ingrediente adicional antioxidante a dieta diária é capaz de potencializar os mecanismos de defesa natural dos pássaros.
O prebiótico “EVENCIT ORNIT”, objeto deste trabalho, é um produto de origem natural obtido a partir de quatro variedades de cítricos: o pomelo, a tangerina, a bergamota e a laranja, todos eles ricos em vitamina C, bioflavonóides e ácidos graxos polinsaturados que atuam sobre o organismo do pássaro, com um período de ação lenta mas de forma progressiva e contínua.
A associação de bioflavonóides e vitamina C, possui efeitos sinérgicos que potenciam sua atividade antioxidante metabólica. O primeiro nível de atuação do produto se realiza no trato digestivo, onde exerce uma ação reguladora da flora intestinal, uma vez que protege as mucosas digestivas. Uma vez efetuada tal absorção protege o sistema imunológico do pássaro, com o que se melhora a resposta do organismo ao stress e as doenças.
A partir da segunda semana de administração do produto, quando comecei a observar que as fezes depositadas nas bandejas das gaiolas eram mais compactas (menos liquidas do que o normal), apesar de que os pássaros continuavam consumindo a mesma dieta habitual, incluindo o fornecimento diário de alface e maçãs. Até hoje venho observando:
Que o “odor clássico e peculiar do aviário”, como conseqüência do depósito – em meu aviário semanal – no fundo das bandejas de gaiolas, reduziu notavelmente apesar das elevadas temperaturas de verão;
Que o cruzamento continuou normal;
Que a muda ocorreu bem e a fixação dos pigmentos carotenóides, de uso habitual nos pássaros de fator vermelho foram assimilados perfeitamente;
Que não houve mortalidade com índices superiores ao normal neste período de cria e que os pássaros tanto jovens como adultos estão sadios, cantantod, bem pigmentados e com plumagem brilhante e aderido ao corpo.

Por tudo isso e a nível pratico, creio que a administração deste prebiótico seguramente nos ajudara a controlar patologias intestinais dos pássaros, a estimular o sistema imunológico, a reduzir o stress ambiental e a retardar o envelhecimento melhorando assim a saúde de nossos pássaros.
CONCLUSÕES
Para terminar, direi que o que de maneira especial me levou a redigir este trabalho informativo foi lembrar que “a arte de curar com elementos naturais originários do reino vegetal é tão antigo como a própria humanidade”, como já disse em trabalho anterior sobre fitoterapia.
As técnicas atuais permitem melhorar o conhecimento e o uso destas substancias naturais para nosso beneficio, o que facilita reservar as substancias sintéticas (como antibióticos) para combater situações infecciosas concretas e importantes, reduzindo a aparição de resistências bacterianas aos antibióticos.
Considero, pois, que pode ser interessante para os aficionados criadores de pássaros – sob orientação de seu veterinário habitual – estarem interados dos resultados de testes até hoje positivas, obtidas em meu aviário com o prebiótico “EVENCIT ORNIT”.
Referencias Bibliograficas:
Dra. Elinor Mc. Cartney, "Selecciones Avícolas" de abril de 2002
Prof. Baltasar Mayo. "Canal Salud", 2000-2001.
Dra. Isabel Goñi, Faculdad de Farmacia U. Complutense, Madrid.
Información Técnico-científica facilitada por Probena, S.L. – 2002.
Control de experimentación práctica dirigido por la veterinaria Marta Navarro.
Fonte: www.criadourorenascer.com.br